Com isso não quero dizer qual o sabor mais popular. Ou qual o sabor mais vendido. Mais simplesmente qual é o melhor sabor.
As respostas são variadas. Flocos. Brigadeiro. Floresta Negra. Napolitano. “Uva”.
A resposta correta é: Não há resposta correta. O melhor sabor de sorvete é aquele que você prefere particularmente. É simplesmente uma questão de preferência pessoal, ou talvez seja o sabor que você associa em sua mente com memórias agradáveis.
Com isto temos um exemplo de relativismo. Não existe denominador comum. Todos enlevam o sorvete de sua preferência.
Infelizmente, o que não é de preferência para as pessoas, dentro do Evangelho, é descartável. Não é relevante. O que é relevante é o que eu prefiro – é o meu sabor de sorvete. Para muitas pessoas o que vale são suas preferências pessoais. Para estas pessoas não importa o que Deus diz, mas sim o que elas preferem – Flocos, Uva, Floresta Negra, “Jujuba”.
A verdade relativa é baseada na imagem. Uma verdade pessoal não anula outras verdades igualmente atraentes. Eu sou livre para seguir minha verdade. Você é livre para seguir a sua.
Esta maneira de olhar a verdade é chamada de relativismo. De acordo com esta filosofia toda verdade é relativa. O que é verdade para você não tem que necessariamente ser verdade para qualquer pessoa e não pode ser verdade para todos.
É profundamente triste, até aterrorizante, saber que a religião da moda é baseada no relativismo.
No relativismo as pessoas querem ouvir pregações conforme suas preferências (2 Tm 4.3).
Nosso irmão Paulo nos advertiu:
Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te ( 2 Tm 3.1-5).
Estes são exemplos de pessoas caracterizadas pelo relativismo pós-moderno. Se não há verdade absoluta, eu faço o que quero. Realizou o que prefiro. Cada um no seu cada um. Se eu prefiro ser ingrato, ninguém fale nada porque eu preferi ser. Se eu prefiro ser desobediente, aliás, eu faço o que prefiro, eu sou a minha verdade. Eu me amo. E não deixarei ninguém me privar desta “verdade”. E ninguém se atreva a me impedir. Quem manda em minha vida sou eu!
R. C. Spruol argumenta sobre três critérios do relativismo. E ele começa citando frases de alguns alunos de universidades nos EUA.
“Se algo não é moralmente correto em minha opinião ou algo assim, então eu não vou praticá-lo. Mas se for algo bom para mim, se vai me dar o que quero, então eu faço...”
“Sim, eu posso ter uma sólida autoridade relativa”, esta pessoa pode dizer. “Eu julgo se uma coisa é valiosa, e, portanto, é moralmente correta se:
1. é boa para mim.
2. me faz feliz.
3. me dá o que quero.”
Outros utilizam um critério muito similar:
“Se algo faz com que eu me sinta bem, então é correto.”
Ou:
“Basicamente eu levo a minha vida do meu jeito.”
Todos estes critérios focalizam a imagem – sentimentos subjetivos de valor. Toda esta análise subjetiva pode não ser tão livre quando parece, pois os pais, os colegas, a sociedade, o humor, a saúde e até uma indigestão depois de se comer uma pizza de calabresa podem influenciar sentimentos subjetivos. Mas há uma suposição que demonstra claramente o modo como esta forma de análise funciona: “Eu creio que tomar esta atitude nesta situação é correto. Fazer qualquer outra coisa não seria tão ‘bom’.”
Pense sobre isto por um momento. Se meus sentimentos determinam minha moral e se realmente não há verdades absolutas com as quais devemos nos preocupar, então que diferença faz realizar o que os meus sentimentos subjetivos me dizem para fazer? Eu posso sentir que é certo ajudar uma velhinha a atravessar a rua, assim como posso sentir que é certo estrangula-la ou cortar sua garganta. Se não há um padrão absoluto, dizer que uma atitude é “correta” só porque você “sente” que ela é correta faz tanto sentido quando dizer que “você sente que algo é amarelo”.
Dizer que não há verdades absolutas, já é um absoluto. O absoluto de que não há verdades absolutas.
O verdadeiro Evangelho, que é as Boas Novas de salvação em Cristo Jesus, é a Verdade Absoluta danda por Deus para a salvação de quem crer (Rm 1.16).
O Senhor Jesus falou que a Palavra de Deus é a Verdade (Jo 17.17).
O Senhor Jesus é a própria verdade (Jo 14.6). Não só a verdade sobre o Pai, mas também a vida que promana do Pai, a essência da vida, o preservador da vida, o sustentador da vida. Ele não só é a única verdade e a verdadeira vida, mas, também, o único caminho que nos leva ao Pai. Ele não é um dos caminhos (realativismo), mas o caminho (absoluto) para a salvação da humanidade perdida. Neste mundo pluralista - de vários caminhos; Cristo é exclusivo, como providência do grande amor de Deus, para resgatarmos desde mundo hostil.
O evangelho de sorvete é atraente, mas é de pouca duração.
O evangelho de sorverte é saboroso, mas dá sede.
O evangelho de sorvete satisfaz a todos, menos a Ira de Deus.
O evangelho de sorvete tem estética, mas em contato com o sol se derrete.
O Evangelho que vos proclamo é as Boas Novas de salvação em Cristo Jesus.
O Evangelho de Cristo é o poder de Deus para a Salvação de todo aquele que crê.
O Evangelho de Cristo libertar os cativos.
O Evangelho de Cristo torna sã o doente.
O Evangelho de Cristo perdoa o mais vil pecador.
O Evangelho de Cristo não vem com aparência externa, como o evangelho de sorvete, mas opera no íntimo do homem. Operando em seu coração, centro de toda a maldade e engano, tranformando-o em um coração regenerado pela Graça do Espírito Santo.
O Evangelho de Cristo tira o coração de pedra e coloca um coração de carne.
Meu irmão e minha irmã, não abandonem esse Evangelho de Cristo pelo evangelho de sorvete!
Que Deus nos ajude.
Pr. Ivan Teixeia
Soli Deo Gloria!
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