Discípulos de Cristo Jesus

Vivendo Para a Glória de Deus!

A vida cristã deve ser vivida para a glória de Deus somente. Em tudo o que nos empenhamos e fazemos devemos procurar a glória de Deus. Paulo chegou a dizer que até mesmo as coisas mais curriqueiras da vida como o beber e o comer devem ser feitos para a glória de Deus (1Co 10.31).

Nenhum de nós viveremos na plenitude se não vivermos voltados para a glória de Deus. Pois, a plenitude da vida está em viver para a glória de Deus. A glória de Deus produzirá a verdadeira vida plena de satisfação em Deus.

O pastor e escritor John Piper foi feliz quando afirmou que Deus é mais glorificado em nós quanto mais nos alegramos Nele. A glória de Deus e nossa alegria são faces de uma mesma moeda. Quando procuramos verdadeira satisfação vislumbramos e refletiremos a glória de Deus. Pois, a verdadeira alegria resulta na contemplação apaixonada do único ser no universo que tem toda a glória e beleza. A contemplação da beleza de Deus nos deixa encantados e sobressaltados ante inenarrável resplendor.

O Breve Catecismo de Westminster indaga: Qual o fim principal de todo o homem? Ele mesmo responde: O fim principal de todo homem é glorificar a Deus e se alegrar Nele para sempre.

A nossa alegria e a glória de Deus é o propósito de Deus para nossas vidas e o alvo da vida cristã. Toda a plenitude da vida cristã se resume na contemplação do Ser eterno de Deus na Pessoa maravilhosa de Cristo Jesus pela obra persuadora e renovadora do Espírito Santo.

Soli Deo Gloria!

sexta-feira, novembro 04, 2005

A Igreja e Suas Prioridades

Ev. Ivan Teixeira
Ministro do Evangelho CGADB: 32118.
Pregando em Salvador - BA.
Conferência Missionária
Residência: Juiz de Fora MG
(32) 3216-5566 e 8819-1352


Leituras Selecionadas: Jo 4.21-24; Jo 17.21-23; Mc 16.15-16.

I. A IGREJA FOI ESTABELECIDA PARA ADORAR A DEUS.
1. A visão bíblica da adoração.
Segundo a definição da Bíblia de Estudo Pentecostal, “a adoração se constitui de ações e atitude que reverenciam e honram a dignidade do grande Deus do céu e da terra. Ela exige uma entrega de fé ao Todo Poderoso e um reconhecimento de que Ele é Deus e Senhor”.
No encontro de Jesus com a mulher samaritana (Jo 4.20-24), Ele definiu a adoração como algo que deve ser feito em “espírito e verdade”. Em espírito, porque não depende de elementos litúrgicos externos que visibilizem o propósito do ofertante. É algo do coração, para ser visto por Deus, e não ser visto pelos homens. Não é, portanto, a aparência que determina o valor da adoração. É o conteúdo. Em verdade, porque deve ser fruto da sinceridade do pecador que, contrito, reconhece a sua total dependência de Deus, mediante a obra vicária de Cristo na cruz.

2. O povo de Israel chamado à adoração.
O Concerto de Deus com Israel tinha como selo a adoração ao Seu Nome. A chamada de Deus a Moisés, do meio da sarça, no Monte Sinai, deixa implícita essa verdade. Em Ex 3.12 o SENHOR estabelece como sinal do cumprimento de Sua promessa de libertação o fato que os israelitas o serviriam no mesmo lugar onde havia chamado Moisés. Servir, aqui, é plena adoração.
Em Ex 3.18b Moisés diz a faraó: ...Deixa-nos ir caminho de três dias para o deserto, para que sacrifiquemos ao SENHOR, nosso Deus. Sacrificar, aqui, é também plena adoração.
Posteriormente Deus, por Moisés e Arão, falaram a faraó em Ex 5.1b: ...Deixa ir o Meu povo, para que Me celebre uma festa no deserto. Celebrar uma festa, aqui, é mais uma vez plena adoração.

3. A Igreja chamada à adoração.
A finalidade da igreja e dos seus membros é ministrar ao Senhor. Uma das afirmações mais sucintas e profundas da Bíblia refere-se ao culto a Deus: Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e verdade. Nessa única afirmação, o Espírito Santo revelou os elementos necessários de nosso ministério de adoração para o Senhor. São:
a) A Preeminência de Deus Como Objeto do Culto – A qualidade do nosso culto é determinada pelo objeto dele. Eis o primeiro mandamento da Lei: Não terás outros deuses diante de Mim (Ex 20.3). O NT afirma a mesma coisa de um modo positivo: Amarás ao Senhor teu deu de todo o teu coração... (Mt 22.37). Toda a estrutura da verdade espiritual apóia-se na Preeminência do próprio Deus. O próprio Deus precisa ser o objeto de valor máximo. Em questão de culto, Ele é um Deus zeloso. Ele precisa ser preeminente. A Igreja não pode servir a dois senhores. A lealdade não pode ser dividida. Nenhuma distração pode tirar o Objeto de culto de nossas vidas (Lc 10.38-42). Devemos fazer tudo com o objetivo de que Jesus Cristo seja exaltado e Deus seja glorificado!
b) A Transcendência ou Espiritualidade de Deus Como a Magnitude do Culto – Isto quer dizer que o verdadeiro significado da adoração não está em algo físico. O verdadeiro adorador não depende de postura, circunstância ou local. Jesus foi bem claro ao afirmar para a mulher samaritana que, nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai (Jo 4.21). Paulo e Silas estavam, na óptica humana da adoração, em um local, em uma circunstância e em uma postura nada aconselhável para a adoração. Todavia eles criam na Transcendência e Espiritualidade de Deus, ou seja, que Deus deve ser adorado independente das circunstancias (At 16.22-25).
c) E o Conhecimento de Deus Como Resultado do Culto – Se Deus for o objetivo de valor supremo e se formos capazes, pelo novo nascimento, de adorá-Lo em Espírito, então teremos um verdadeiro Conhecimento de Deus. É este o resultado da verdadeira adoração: a Igreja conhecerá o seu Deus. Qualquer igreja que conheça o Senhor terá um poder além de todos os recursos da terra (Dn 11.32). O NT não diz: “Conhecereis as regras e estareis presos a elas”, mas: Conhecereis a Verdade (Jo 8.32). A melhor coisa que se pode dizer de uma igreja é: os seus membros conhecem a Deus. Se não estivemos seguros a respeito de Deus, teremos insegurança em tudo que fizermos.
Porque a Igreja primitiva tinha tanta autoridade para realizar a obra de evangelização? Eles estavam seguros a respeito de Deus. Tinham fé a ponto de invadir o território do inimigo porque sabiam que Deus é maior do que qualquer coisa ou qualquer pessoa no mundo. A Igreja precisa redefinir todas as coisas à luz do Conhecimento de Deus (Cf. Os 6.3).


II. A IGREJA FOI ESTABELECIDA PARA A COMUNHÃO FRATERNAL.
1. O significado da comunhão.
Comunhão vem do grego koinwnia – koinõnía (como substantivo ocorre por dezoito vezes), Companhia, comunhão, co-participação, companheirismo, relações espirituais, comunicação, distribuição, contribuição e auxílio colaboração, comungar, união, comunidade, amizade íntima.
R. N. Champlin, em EBTFV1, acrescenta a respeito do termo Koinõnía: O termo envolve as idéias de participação, comunhão, companheirismo e contribuição, pois essa é uma maneira de compartilhar com outras pessoas de nossas posses materiais.
J. Schattenmann no DITNTV1 afirma que, no grego clássico, koinõnía significava a estreita união de laços fraternais entre os homens. E que em At 2.42, o termo pode ser traduzido como “comunhão” ou “fraternidade litúrgica na adoração”. Indica a unanimidade e unidade levada a efeito pelo Espírito. O indivíduo era completamente apoiado pela comunidade dos discípulos.
Comunhão é muito mais do que cumprimentar o irmão e desejar-lhe felicidades. É um relacionamento espiritual, pessoal e social entre os que compõem a comunidade eclesiástica. É um intenso compartilhamento de tudo quanto se relaciona à vida cristã.
A Igreja primitiva levou a comunhão tão a sério que todos tinham tudo em comum, de modo que não havia nela nenhum necessitado (At 4.32-34). Eram verdadeiros mordomos.

2. A busca da comunhão.
A comunhão não é algo que recebemos em um passe de mágica. Não é algo que ganhamos de presente, pelo contrário, comunhão é algo que nós conquistamos como discípulos de Jesus.
Buscar a comunhão com os demais crentes é uma condição básica para o êxito espiritual de cada crente. O Salmo 133 expressa essa necessidade e os resultados daí recorrentes: unção, bênção e vida para sempre. A mesma ênfase aparece na Oração Sacerdotal (Jo 17.20-23).

3. O exercício da comunhão.
A comunhão pode ser exercitada no amor ao irmão mais fraco, que depende de ajuda para manter-se de pé (Rm 14.1, 13), no companheirismo que honra o próximo ao invés de si mesmo (Rm 12.10), na solidariedade que assiste o irmão necessitado (Gl 6.10), no levar as cargas uns dos outros (Gl 6.2).


III. A IGREJA FOI ESTABELECIDA PARA A EVANGELIZAÇÃO.
1. O lugar da evangelização.
É comum colocar a evangelização como a prioridade número um da Igreja. Em certo sentido, não deixa de estar correto, pois em relação ao mundo esta é a sua principal tarefa. No entanto, neste comentário ela não foi colocada em terceiro lugar por acaso. Há uma razão. É que a evangelização só terá êxito, se os crentes estiverem bem ajustados quanto aos pontos anteriores.
Em Jo 17.23 esta seqüência aparece de maneira clara: Eu neles, Tu em Mim [Comunhão com Deus], para que eles sejam perfeitos em unidade [Comunhão uns com os outros], e para que o mundo conheça que Tu Me enviaste a Mim [Evangelização], e que os tens amado a eles como Me tens amado a Mim [O Motivo da Evangelização]. Uma igreja que não adora a Deus e onde não se exercita a comunhão uns com os outros não terá o brilho da verdadeira luz que atrai os pecadores (Mt 5.14-16). Antes de sair ao mundo para pregar a Igreja precisa desenvolver o seu relacionamento com Deus e a comunhão entre os membros que a compõem. Isto, por si só, bastará para que ela seja afogueada em seu desejo de ganhar as almas.

2. A ordenança da evangelização.
A evangelização é uma ordenação bíblica dada por Jesus à Sua Igreja (Mc 15.16; Mt 28.19; At 1.8). Deixar de evangelizar é desobedecer a uma ordem clara do Senhor Jesus. É não entender a obra do Calvário. É não concatenar com o Plano de Deus. É ser desobediente a visão celeste.

3. O imperativo da evangelização.
A evangelização é um imperativo porque este é o meio pelo quais os pecadores podem arrepender-se e chegar ao conhecimento da verdade.

4. A evangelização e a Grande Comissão.
Qual é a Grande Comissão dada por Cristo à Igreja?
Antes de deixar a terra na Sua Ascensão final, Cristo comissionou a Igreja para levar avante o ministério que ele começara. Em si mesma, era uma comissão impossível. Com a comissão, todavia, Jesus prometeu enviar um revestimento de poder do alto, que capacitaria aqueles homens a cumprir a Comissão. Mateus e Marcos registram a comissão dada aos discípulos. Será bom examinarmos cada frase desta comissão, para ver tudo o que ela inclui.
A Grande Comissão – Mt 28.18-20 e Mc 16.15-20.
a) Jesus disse:
Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra (Mt 28.18).
Quando Cristo comissionou os seus falhos e claudicantes seguidores fê-lo baseado na absoluta autoridade disponível para desempenhar aquela tarefa sobre-humana. Ninguém pode começar a suprir as necessidades, nem entender os problemas, enquanto não entender essa base e recurso no Senhor exaltado. Marcos dá uma definição muito prática das frases e aspectos deste poder e destes recursos que estão em Cristo.
Cristo deu poder referente ao:
1) Reino Espiritual, pois "Quem crer e for batizado será salvo" (Mc 16.16).
2) Reino Eterno, pois "quem, porém, não crer será condenado" (Mc 16.16).
3) Reino Satânico, pois "expelirão demônios" (Mc 16.17).
4) Reino Universal, pois "falarão novas línguas" (Mc 16.17).
5) Reino Animal, pois "pegarão em serpentes" (Mc 16.18).
6) Reino Mineral, pois "se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal" (Mc 16.18).
7) Reino Humano, pois "se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados" (Mc 16.18).
Marcos nos dá um quadro vivo explicando o que é "toda a autoridade" mencionada no Evangelho de Mateus. Isto nos mostra a autoridade que foi dada a Cristo, e que Ele deu à Igreja, para desempenhar o Seu ministério na terra. Que riqueza de poder o Senhor colocou nas mãos do Seu povo! Algumas pessoas nos querem roubar o poder de Deus, dizendo que esta parte de Marcos não consta nos melhores manuscritos originais, mas o que uma pessoa precisa fazer é só abrir no Livro de Atos, para ver uma dramática demonstração prática de tudo o que é sugerido nesta passagem de Marcos.
b) Jesus disse: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações" (Mt 28.19). O texto grego enfatiza melhor: poreuthéntes oun mathêteúsate pánta ta éthnê – Tendo ido, portanto, discipulai todas as gentes {NTI}.
Esta é a primeira ordem dada à Igreja. Marcos diz que devemos ir "por todo o mundo e pregar o evangelho a toda criatura" (Mc 16.15). Os pensamentos contidos neste versículo indicam que devemos pregar o Evangelho com o intento de fazer discípulos. A nossa função, como Igreja, não é apenas fazer com que as pessoas sejam salvas. Deus não está interessado em um grupo de fracos bebês espirituais, embora todos devam começar como tal. Ele não está interessado em um Corpo de Crentes que passe a maior parte da sua vida cristã desviando-se, e rededicando-se. Ele quer discípulos que estejam dispostos a entregar tudo, tomar a sua cruz a cada dia e segui-Lo. Para que isto aconteça, não podemos esconder o custo do discipulado, ao ensinar e pregar o Evangelho, mas precisamos dar a todas as pessoas a oportunidade de pesar os custos antes de começar a edificar.
c) Jesus nos mandou batizá-los "em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28.19).
É desta forma que uma Igreja Local é fundada. As pessoas em uma dada região, que receberam a Cristo e estão identificadas com o Seu Nome (Senhor Jesus Cristo) no batismo, unem-se por interesse comum. Este ato inicial de obediência a Cristo e identificação com Ele, é o alicerce da Igreja Local. Notamos que o batismo é uma ordem; não é apresentado como uma opção. Todos os que realmente entregaram a sua vida a Cristo, desejarão ser obedientes a todas as ordens do Evangelho.
d) Jesus nos mandou ensinar (Ensinando-os do grego– didáskontes: Instrução, Doutrina, Ensino) os novos convertidos "a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado" (Mt 28.20).
Deus não está interessado em apenas salvar pessoas. Se tudo o que fizermos for evangelizar o mundo, não cumprimos a Grande Comissão. Deus quer que ensinemos e instruamos na doutrina, todas as nações. Por quê? Porque Ele quer uma Igreja gloriosa, sem mancha nem ruga (Ef 5.26-27). Ele quer que todos cheguem à unidade da fé. Não podemos cumprir esta ordem através de uma "missão", um folheto ou um programa de rádio. Para que esta comissão seja cumprida, há necessidade do estabelecimento de uma Igreja Local que em cada localidade encare seriamente a ordem de Cristo. É necessário que haja um lugar em que as plantinhas novas possam ser nutridas e regadas. Bebês recém-nascidos em Cristo precisam ter um lar em que possam ser alimentados e estabelecidos na fé (Sl 68.6).
Da mesma forma como a sinagoga local era um lugar de ensino e instrução para os judeus, a Igreja Local deve ser um lugar de instrução disciplinada na Palavra de Deus. A Igreja deve ensinar todas as coisas ordenadas por Cristo. A missão da igreja vai muito além da evangelização. A Igreja deve ensinar as ordens e as doutrinas de Cristo. A Igreja deve integrar e discipular o novo crente.
e) Jesus disse: "E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século" (Mt 28.20).
Sem isto, não teríamos chance de cumprir o que Jesus ordenou. Quando permanecemos em Cristo, somos capazes de dizer ousadamente "O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem?" (Hb 13.6). É a presença de Cristo “no meio que torna a Igreja um lugar de poder e autoridade (Mt 18.20)”. Ele prometeu estar presente com poder no meio de um povo que louva (Sl 22.3) para assistir à ministração, e para manifestar confirmação sobrenatural do Evangelho (Mc 16.20). É a presença do Senhor que dá poder ao Evangelho. O poder da Sua Presença é prometido até “a consumação do século”! Isto significa que esse poder é para nós tanto quanto foi para a Igreja Primitiva. Que efeito pode ter a Igreja de hoje, se não for fortificada pela Presença de Seu Senhor? Precisamos andar como os discípulos andaram, ou então não poderemos absolutamente andar. Quando os discípulos receberam a ordem e saíram, o Senhor estava operando neles, "confirmando a Palavra por meio de sinais, que se seguiam" (Mc 16.20).
f) Jesus foi "recebido no céu, e assentou-se à destra de Deus” (Mc 16.19).
Jesus tomou o Seu Lugar como Cabeça Levantada da Igreja, que é o Seu Corpo. Quando Ele ascendeu e foi exaltado, tornou-se capaz de enviar a promessa do Pai, o Espírito Santo, para dirigir e administrar as igrejas que foram criadas pela proclamação da Grande Comissão. Cristo é a Cabeça e a autoridade final no Corpo de Cristo. Em nenhuma hipótese esta autoridade é dada a algum homem, conselho ou qualquer organização de homens. A autoridade é dada ao lugar onde Cristo está presente. (Mt 18.20). Ela é dada à igreja local, e é entregue aos homens fiéis em congregações locais, que mantém um contato direto com o Espírito Santo, e preste contas diretamente ao Senhor Jesus, e não apenas a alguma autoridade eclesiástica.
A comissão que Cristo deu à Igreja deve ser encarada em relação a cada crente, individualmente. É plenamente estabelecido pelo padrão da prática neo-testamentária, que esta comissão não foi limitada aos apóstolos e ministros ordenados ou qualquer grupo de cristãos, mas estende-se a todo o crente em Jesus Cristo. A Grande Comissão é a ordem do Senhor ressurreto aos Seus discípulos, onde quer que eles se encontrem. Toda pessoa que professa fé em Cristo precisará responder diante de Deus por sua obediência à ordem de Cristo.
A Igreja Primitiva demonstrou ou cumpriu a Comissão de Cristo?
O Livro de Atos demonstra que a Igreja Primitiva testificou do Senhor com grande poder, e Deus confirmou a sua palavra com os sinais que se seguiram. Eles demonstraram o seu poder sobre:
a) O Reino Espiritual, pois através do seu ministério muitos vieram a conhecer o Senhor como seu Salvador (At 2.40-41).
b) O Reino Eterno, pois os que não receberam os Apóstolos estavam rejeitando o próprio Cristo (Mt 10.40).
c) O Reino Satânico, pois os demônios precisavam fugir, às suas ordens (At 8.7, 19.12-13).
d) O Reino Universal, pois eles falaram em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem (At 2.4; 10.46; 19.6).
e) O Reino Animal, pois a víbora venenosa não pôde ferir o homem de Deus (At 28.3-5).
f) O Reino Mineral, pois o veneno injetado no corpo de Paulo não fez efeito (At 28.3-5).
g) O Reino Humano, pois eles impuseram as mãos sobre os doentes, e eles sararam (At 28.8).

A Igreja do Livro de Atos tinha a verdade toda operando em certa medida. Eles experimentaram:
a) Salvação pela fé (At 16.30-31).
b) Batismo nas águas por imersão (At 8.38-39).
c) Santidade e separação, como Paulo pregou aos coríntios (II Co 6.17).
d) Cura praticada em toda a Igreja do Novo Testamento (At 5.16).
e) Batismo com o Espírito Santo (At 2.4).
f) Imposição de mãos e profecia (At 13.3).
g) Ressurreição dos mortos (At 9.36-40).
h) Juízo eterno (At 5.1-11).
i) Louvor (At 16.25).
j) Alegria (At 13.52 e Rm 14.17).
Porque a Igreja Primitiva cria, pregava e praticava literalmente todo o Conselho e Palavra de Deus, enfrentou grande oposição e perseguição do reino das trevas. A perseguição sempre teve, pelo menos, três efeitos sobre a verdadeira Igreja de Deus. a) A perseguição conseguiu dispersar a Igreja (At 8.4); b) fazê-la aumentar (At 5.14) e c) aumentar a sua alegria (At 5.41).

5. A evangelização e os seus desdobramentos.
Finalmente, a evangelização não se esgota no ato de falar de Cristo a alguém. Ali apenas inicia-se o trabalho. A ordem do Mestre é clara: Fazei discípulos. É algo que começa com o anúncio das Boas Novas e continua até que Cristo seja formado em cada novo convertido. Tem os seguintes desdobramentos:
A INTEGRAÇÃO. O ato de tornar o novo crente parte natural do Corpo de Cristo.
O DISCIPULADO. O processo de formação espiritual do novo crente através do ensino bíblico adaptado para esta fase.
A integração e o discipulado são, portanto, prioridades da Igreja do Senhor Jesus em sua tarefa de trazer os pecadores a Cristo. Depois de detalharmos mais sobre evangelismo estaremos falando detalhadamente sobre estes dois importantes assuntos.

Extraido da minha Apostila: Evangelismo, Integração e Discipulado.

Sola Scriptura!

Nenhum comentário: