ÁGUIA s.f. Ave de rapina de grande porte. / Insígnia, estandarte, bandeira que traz desenhada uma águia: as águias romanas. / Bras. Nome vulgar de algumas aves de rapina, como o gavião-real ou harpia. / Fig. Espírito superior, gênio. / Bras. Fam. Espertalhão, velhaco, tratante. // Olho, vista de águia, muito penetrante. // Nariz de águia, nariz adunco.
- A águia é uma das maiores e mais fortes aves do mundo. Em tamanho, só é ultrapassada pelo condor da Califórnia, ave de rapina norte-americana. Vistas de perto, as águias parecem bravas e altaneiras. Por isso, são representadas como caçadoras ferozes e corajosas. Algumas águias lançam-se graciosamente às alturas em busca da caça de que se alimentam. Essa é a razão por que as águias têm sido de longa data símbolos de liberdade e de poder. A águia-real é a que melhor se ajusta a essas descrições, e às vezes é chamada a rainha das aves. É uma das maiores aves de rapina. Estabelece imensos territórios de caça, onde voa em busca de alguma presa. Pode, em geral, capturar presas de cerca de 3,5 kg. A envergadura de suas asas pode chegar a 2,20 m, e as fêmeas, maiores do que os machos, podem pesar até 6 kg. Mas as águias nem sempre são tão audazes e ferozes como parecem. A águia-calva, por exemplo, não é tão graciosa como a águia-real, e como caçadora é tímida. Alimenta-se principalmente de peixes e de animais mortos.
As águias cuidam-se muito para evitar o perigo. Têm medo do homem e raramente atacam-no. Mas a águia pode lançar-se das alturas contra um homem que se aproxime muito de seu ninho, e atacá-lo com as garras. Uma águia-real atacará um cordeiro recém-nascido se o encontrar sozinho. Mas, em geral, não o atacará se a mãe andar por perto.
Os guerreiros romanos usavam a figura de uma águia como símbolo de força e bravura. Imperadores da Rússia e da Áustria também usaram águias como símbolos. Os E.U.A. escolheram a águia-calva como ave nacional em 1782.
CORPO DE UMA ÁGUIA
A águia-real e a águia-calva têm de 75 a 90 cm de comprimento, do bico à ponta da cauda. Pesam de 3,6 a 6 kg. Medem cerca de 2 m de envergadura (medida que se toma de ponta a ponta das asas abertas). Outras águias são muito menores. Por exemplo, as águias-falcões da África e da Ásia têm apenas 45 a 55 cm de comprimento. As águias fêmeas são ligeiramente maiores que os machos. As águias-reais são robustas. Com vento especialmente favorável, acredita-se que uma águia-real seja capaz de carregar até seu ninho uma presa tão pesada quanto ela.
A Cabeça é grande e coberta de penas. Apesar do nome, a águia-calva tem penas brancas na cabeça. Os olhos grandes da águia são situados nos lados da cabeça. Isto entretanto, não lhes prejudica a visão perfeita do que está à frente delas. A maioria das aves tem a visão mais apurada do que o homem e outros animais, mas dizem que as águias e os falcões são dotados de visão ainda melhor. É provável que as águias possam ver a presa enquanto se elevam rapidamente às alturas. Todavia, voam em geral rente ao solo quando estão caçando. As águias têm bicos fortes e grandes, com pontas agudas e recurvas, para dilacerar a presa. O bico da águia-real tem cerca de 5 cm de comprimento e 2,5 cm de espessura. O bico da águia-calva é maior ainda.
Pés e Pernas. As águias têm pernas e pés muito fortes. Os pés da maioria das águias são de colorido amarelo, vivo. As águias pegam e matam a presa com as garras compridas e encurvadas. Usam também as garras para carregar a presa até o local onde será comida. As pernas da águia-real são cobertas de penas. A parte inferior das pernas da águia-calva é despida de penas.
Penas e Asas. As águias têm as asas e caudas compridas e largas que parecem desajeitadas quando se acham no chão. Mas as asas suportam seu peso facilmente durante o vôo. As águias podem planar por longas distâncias mantendo as asas rijamente abertas. As longas penas das asas são fortes e rígidas, e sua conformação é tal que o ar desliza suavemente sobre a superfície das asas. Quando a águia sobe em seu vôo, as penas abrem-se em leque e encurvam-se nas pontas. Em combate, as águias mergulham em vôo picado, e procuram ferir o adversário com as garras.
A maioria das águias é pardo-escura ou preta, mas muitas apresentam algumas áreas brancas na plumagem. Os filhotes de águias só terão plumagem comparável à dos pais por volta dos quatro anos de idade.
A VIDA DE UMA ÁGUIA
As águias vivem, geralmente, de 20 a 30 anos. Em cativeiro, podem viver 50 anos ou mais. As águias novas acasalam-se pela primeira vez com cerca de quatro anos de idade, e os casais ficam juntos pelo resto da vida. Mas se um morre, o outro procura, em geral, novo companheiro, e torna a acasalar-se no ano seguinte. No inverno, as águias podem reunir-se em áreas onde exista comida abundante. Mas na época do acasalamento cada par se apropria de um território em torno de seu ninho, e mantém a distância todas as outras águias. A águia-real defende um território de 50 a 160 km². A águia-calva declara-se dona de um território menor. Às vezes, encontram-se três ninhos de águias-calvas à distância de 1,5 km um do outro.
Ninhos. As águias-calvas constroem usualmente seus ninhos no topo de árvores altas perto de água. Algumas fazem o ninho em rochedos escarpados. As águias-reais costumam fazer o ninho em altos penhascos nas montanhas. Existem águias na Ásia que fazem o ninho no chão. As águias-calvas usam o mesmo ninho todos os anos. Muitas águias-reais têm dois ninhos em seu território. Usam um ninho em um ano, o outro no ano seguinte.
As águias constroem os ninhos com galhos finos de árvores. Freqüentemente decoram-nos com folhas verdes renovadas enquanto estão usando-os. Em cada ano que usam o ninho, acrescentam-lhe material novo, de modo que muitos ninhos antigos são bem grandes. Um ninho novo pode ter apenas 90 cm de diâmetro por 45 cm de profundidade. Mas um ninho antigo pode ter até 3 m de diâmetro por 6 m de fundo.
Os Ovos têm cerca de 8 cm de comprimento por 5 cm de diâmetro. A fêmea geralmente põe dois ovos, de ano em ano, raramente três. Os ovos da águia-real são brancos ou com manchas castanho-avermelhadas ou cinzentas. Os ovos da águia-calva são brancos, e enquanto no ninho ficam manchados de amarelo. As águias mais ao norte põem os ovos em março. As águias-calvas do sul põem os ovos em setembro ou outubro.
Os ovos têm de ser chocados durante cerca de 40 dias antes da eclosão (saída dos filhotes). A fêmea os choca durante a maior parte do tempo. O macho a substitui vez por outra, e traz comida à fêmea enquanto ela está no choco. Macho e fêmea montam guarda ao ninho, e trazem a comida dos filhotes.
As Aguiazinhas saem do ovo com os olhos abertos. São cobertas de uma penugem branco-acinzentada. As penas começam a nascer quando elas têm quatro semanas de idade. Os filhotes só são capazes de dilacerar a própria comida ao chegarem às seis ou oito semanas. Deixam o ninho com 11 ou 12 semanas, mas a princípio não sabem voar muito bem. Ficam por perto do ninho durante várias semanas. Os pais os alimentam durante alguns meses, até que os filhotes possam caçar suficientemente bem para conseguir seu próprio alimento.
As águias freqüentemente chocam dois ovos, mas não é comum que os dois filhotes sobrevivam. Geralmente um sai do ovo dois ou três dias antes do outro. Sendo o primeiro maior, apodera-se de uma parte da comida maior que a ração que lhe cabe. Além disso, ataca repetidamente o filhote menor, e pode matá-lo.
Alimento. As águias só caçam de dia. Passam a noite no ninho ou empoleiradas em lugar seguro. Com freqüência, duas águias caçam juntas. A águia-real come coelhos, lebres, esquilos de chão, marmotas e aves. Ocasionalmente, come veados e cordeiros novos, e também pode comer animais mortos. Em geral, voa baixo sobre as encostas abertas dos montes, precipitando-se rapidamente sobre a caça levantada.
A águia-calva come peixes. Apanha-os na água em pleno vôo, ou às vezes em súbito mergulho. As águias-calvas não sabem nadar. Afogar-se-iam se suas asas ficassem muito molhadas, impedindo-as de alçar vôo da água. Para encontrar os peixes, acompanham o vôo de outras aves que também se alimentam destes. Freqüentemente arrancam o peixe do bico de outras aves, especialmente do gavião-pescador. Às vezes as águias-calvas caçam gaivotas e outras aves marinhas, pairando sobre elas e forçando-as a mergulhar repetidamente, até que fiquem exaustas. As águias-calvas também comem animais mortos.
O regime alimentar das águias varia segundo os animais da parte do mundo em que vivem. Algumas águias comem macacos e preguiças, outras comem lagartos e cobras.
ESPÉCIES DE ÁGUIAS
Existem aproximadamente 50 espécies de águias no mundo. As principais da América são a águia-real e a águia-calva.
A Águia-Real é castanho-escura, com uma mancha de penas castanho-douradas na parte de trás do pescoço. Enquanto nova, a águia-real é escura, com manchas brancas nas asas e na cauda. As águias-reais vivem na Europa, na Ásia e na maior parte da América do Norte. No rigor do inverno, algumas águias-reais migram para regiões mais ao sul, onde são caçadas pelos criadores para evitar que matem cordeiros. No Texas (E.U.A.), contratavam-se até caçadores para atirar nelas, de pequenos aviões em que voavam para esse fim. A águia-real também é caçada em muitas partes da Europa e da Ásia, mas agora fizeram-se leis para protegê-la evitando sua extinção.
A Águia-Calva não é realmente calva. Só parece ser calva por ter a cabeça coberta de penas brancas. A cauda também é branca. Quando nova, a águia-calva é castanho-escura, com marcas claras espalhadas pelo corpo.
A águia-calva somente é encontrada na América do Norte. Mas os caçadores já mataram tantas, que só restam atualmente poucas águias-calvas, a maioria delas no Alasca. Muitos conservacionistas (os que estudam os meios de conservar os recursos da natureza) temem que a espécie seja extinta. Entre 1917 e 1952, mataram-se a tiro mais de 125 mil águias-calvas, para proteger as indústrias da pesca de salmão e de peles de animais. Leis federais norte-americanas vieram proteger da matança as águias-calvas, que atualmente enfrentam um novo inimigo: os pesticidas (substâncias químicas destinadas ao combate de insetos e outras pragas).
Outras Espécies de Águias. Duas outras espécies de águia que às vezes alcançam a América do Norte, mas ali não se acasalam, são a águia-de-cauda-branca e a águia-marinha ou pigargo de Steller. Ambas são parentas próximas da águia-calva e têm hábitos similares aos desta. A águia-de-cauda-branca vive em muitas partes da Europa e Ásia, na Islândia e na Groenlândia. Tem a cauda branca como a águia-calva, mas sua cabeça é escura. A águia-marinha de Steller é escura, salvo a cauda e os encontros (parte superior das asas) que são brancos. É a maior e a mais poderosa das águias. Vive na costa da Sibéria (costa do oceano Pacífico) e na Coréia, e às vezes voa até as ilhas Aleutas, perto do Alasca.
A harpia da América do Sul (chamada gavião-real no Brasil) é uma das mais fortes representantes da família das águias de todo o mundo. Tem quase o tamanho de uma águia-real e vive nas densas florestas úmidas. A harpia come macacos, preguiças e outros mamíferos. É branca e preta, de cabeça cinzenta e com uma longa crista preta. Tem ninhadas de um só filhote, que é por ela criado até completar quase um ano de nascido. Provavelmente, as harpias só se acasalam de dois em dois anos.
Outra águia que se alimenta de macacos, encontrada somente nas Filipinas, parece-se muito com a harpia e tem um modo de vida muito semelhante ao dela. Come macacos e aves grandes. Constrói seu ninho em grandes pés da sumaúma produtora de capoque (fibra sedosa extraída das sementes), árvore que pela altura ultrapassa os gigantes da floresta úmida. Esta espécie vai rareando, por ser muito caçada e porque as florestas úmidas em que vive estão sendo derrubadas. A águia-coroada, da África, também vive em florestas úmidas e alimenta-se de macacos.
A Ásia e a África têm mais espécies de águias do que os outros continentes. Mas muitas dessas águias - conhecidas como águias-falcões - têm apenas 45 a 55 cm de comprimento, não sendo maiores do que um falcão comum. A águia-pescadora, da África, é aparentada com a águia-calva. Vive à margem de lagos e rios. Emite um grito agudo e selvagem, atirando a cabeça bem para trás das espáduas. Habita as margens de grandes lagos, rios e pântanos. Alimenta-se de peixes que são capturados com agilidade. A águia-marcial vive nas planícies cobertas de gramíneas, e sua presa predileta é o hírax ou daimão, pequeno mamífero aparentado com o elefante.
A águia-de-barriga-branca, do sudeste da Ásia e da Austrália, é uma ave cinzenta e branca, que vive nas costas tropicais, alimentando-se de peixes e cobras do mar, que arranca da água com suas garras. A águia-de-dedos-curtos, da Europa, Ásia e África, alimenta-se principalmente de serpentes. Caça-as pairando sobre as encostas secas dos montes. A águia-serpentária, da Ásia, vive no topo das árvores altas da floresta. Caça e devora lagartos e serpentes. A águia-das-estepes, da Ásia central, vive nas planícies despojadas de árvores. Algumas chegam a fazer o ninho no chão. Esta e outras espécies de águias migram para a África no inverno. Grandes bandos delas sobrevoam os desertos do Egito na primavera e no outono.
Classificação Científica. As águias pertencem à classe Aves, ordem Falconiformes. Fazem parte da subfamília Buteoninae na família dos gaviões, Accipitridae. Dentro da subfamília, as espécies maiores são geralmente chamadas de águias, e as espécies menores, falcões, bútios, mas neste particular não existe distinção rígida.
A águia-real pertence ao gênero Aquila e é da espécie A. chrysaetos. Do mesmo gênero são a águia-imperial, A. adalberti; e a águia-audaz, A. audax. A águia-de-rabo-vermelho é do gênero Buteo, espécie B. jamaicensis. A águia-pescadora africana é do gênero Haliaetus, espécie H. vocifer. A águia-pescadora, uma das aves mais cosmopolitas que existem pertencem a família dos Pandionídeos e são do gênero Pandion, espécie P. haliateus.
EM RESUMO
Nomes: Adulto, águia; filhote, aguiazinha, aguieta.
Período de Incubação: 35-45 dias, segundo a espécie.
Período de Emplumação: 9-12 semanas.
Duração de Vida: 20-50 anos.
Onde se Encontra: Em todas as partes do mundo, exceto na Antártida e onde foi exterminada pelo homem.
©2004 Enciclopédia Koogan-Houaiss Digital
Discípulos de Cristo Jesus
Vivendo Para a Glória de Deus!
A vida cristã deve ser vivida para a glória de Deus somente. Em tudo o que nos empenhamos e fazemos devemos procurar a glória de Deus. Paulo chegou a dizer que até mesmo as coisas mais curriqueiras da vida como o beber e o comer devem ser feitos para a glória de Deus (1Co 10.31).
Nenhum de nós viveremos na plenitude se não vivermos voltados para a glória de Deus. Pois, a plenitude da vida está em viver para a glória de Deus. A glória de Deus produzirá a verdadeira vida plena de satisfação em Deus.
O pastor e escritor John Piper foi feliz quando afirmou que Deus é mais glorificado em nós quanto mais nos alegramos Nele. A glória de Deus e nossa alegria são faces de uma mesma moeda. Quando procuramos verdadeira satisfação vislumbramos e refletiremos a glória de Deus. Pois, a verdadeira alegria resulta na contemplação apaixonada do único ser no universo que tem toda a glória e beleza. A contemplação da beleza de Deus nos deixa encantados e sobressaltados ante inenarrável resplendor.
O Breve Catecismo de Westminster indaga: Qual o fim principal de todo o homem? Ele mesmo responde: O fim principal de todo homem é glorificar a Deus e se alegrar Nele para sempre.
A nossa alegria e a glória de Deus é o propósito de Deus para nossas vidas e o alvo da vida cristã. Toda a plenitude da vida cristã se resume na contemplação do Ser eterno de Deus na Pessoa maravilhosa de Cristo Jesus pela obra persuadora e renovadora do Espírito Santo.
Soli Deo Gloria!
Nenhum de nós viveremos na plenitude se não vivermos voltados para a glória de Deus. Pois, a plenitude da vida está em viver para a glória de Deus. A glória de Deus produzirá a verdadeira vida plena de satisfação em Deus.
O pastor e escritor John Piper foi feliz quando afirmou que Deus é mais glorificado em nós quanto mais nos alegramos Nele. A glória de Deus e nossa alegria são faces de uma mesma moeda. Quando procuramos verdadeira satisfação vislumbramos e refletiremos a glória de Deus. Pois, a verdadeira alegria resulta na contemplação apaixonada do único ser no universo que tem toda a glória e beleza. A contemplação da beleza de Deus nos deixa encantados e sobressaltados ante inenarrável resplendor.
O Breve Catecismo de Westminster indaga: Qual o fim principal de todo o homem? Ele mesmo responde: O fim principal de todo homem é glorificar a Deus e se alegrar Nele para sempre.
A nossa alegria e a glória de Deus é o propósito de Deus para nossas vidas e o alvo da vida cristã. Toda a plenitude da vida cristã se resume na contemplação do Ser eterno de Deus na Pessoa maravilhosa de Cristo Jesus pela obra persuadora e renovadora do Espírito Santo.
Soli Deo Gloria!
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