Discípulos de Cristo Jesus

Vivendo Para a Glória de Deus!

A vida cristã deve ser vivida para a glória de Deus somente. Em tudo o que nos empenhamos e fazemos devemos procurar a glória de Deus. Paulo chegou a dizer que até mesmo as coisas mais curriqueiras da vida como o beber e o comer devem ser feitos para a glória de Deus (1Co 10.31).

Nenhum de nós viveremos na plenitude se não vivermos voltados para a glória de Deus. Pois, a plenitude da vida está em viver para a glória de Deus. A glória de Deus produzirá a verdadeira vida plena de satisfação em Deus.

O pastor e escritor John Piper foi feliz quando afirmou que Deus é mais glorificado em nós quanto mais nos alegramos Nele. A glória de Deus e nossa alegria são faces de uma mesma moeda. Quando procuramos verdadeira satisfação vislumbramos e refletiremos a glória de Deus. Pois, a verdadeira alegria resulta na contemplação apaixonada do único ser no universo que tem toda a glória e beleza. A contemplação da beleza de Deus nos deixa encantados e sobressaltados ante inenarrável resplendor.

O Breve Catecismo de Westminster indaga: Qual o fim principal de todo o homem? Ele mesmo responde: O fim principal de todo homem é glorificar a Deus e se alegrar Nele para sempre.

A nossa alegria e a glória de Deus é o propósito de Deus para nossas vidas e o alvo da vida cristã. Toda a plenitude da vida cristã se resume na contemplação do Ser eterno de Deus na Pessoa maravilhosa de Cristo Jesus pela obra persuadora e renovadora do Espírito Santo.

Soli Deo Gloria!

quarta-feira, abril 19, 2006

"VITÓRIAS"

“Vitória” tem sido uma palavra muito usada no vocabulário evangélico. Temos até “cultos da vitória”. Pessoas são ensinadas a perseverarem para receberem vitórias. Campanhas são realizadas para alcançar vitórias. A humanidade está em busca de vitórias sobre suas necessidades imediatas. Há uma busca frenética por uma satisfação de vitória. Custe o que custar, as pessoas estão dispostas a aceitarem qualquer desafio para conseguir suas vitórias.

Não é errado almejarmos vitórias. Mas o que há de errado são os meios e motivos empregados e vistos para alcançarem essas vitórias. Muitos são os truques usados para alcançar tais vitórias. Muitos pregoeiros afirmam que estão “sentindo” que Deus está concedendo vitórias. Outros, visualizam bênçãos sendo entregues às pessoas que não têm nenhum compromisso em obedecer ao Evangelho. As pessoas estão sendo atraídas às igrejas não para a glória de Deus, mas para alcançarem algumas vitórias que, se obedecerem alguns caprichos inventados pelos homens, terão sucessos em consegui-las. Os valores são invertidos. Buscam não a Deus, mas as coisas de Deus. Buscam não a pessoa de Deus, mas aquilo que Sua pessoa oferece para as suas satisfações imediatas. Hoje não temos mais adoradores, mas, sim, consumidores. Não se oferece mais a morte ou a vida, para que escolhais. Mas, se oferece um produto barateado que não é o Evangelho do Senhor Jesus revelado nas Sagradas Escrituras. Não existem mais pregações tais como: “renunciem a si mesmos, renunciem seus desejos, seus familiares, suas posições e suas satisfações consumistas por amor de Mim e do Evangelho”. Não se ouve mais uma voz clamando: “O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no Evangelho” (Mc 1.15). Onde estão as mensagens que deixam os corações compungidos[1]? (At 2.37). Podem me dizer onde andam os pregadores que verbalizavam: “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem? (Mt 7.13-14)”. Hoje só ouvimos blá-blá-blás... Como doem nos ouvidos, e corações também, as palavras destes lobos em peles de ovelhas que visam não à glória de Deus, mas os seus bolsos. Creio que há ainda muitos pregadores e mestres que não dobraram os seus joelhos perante os baalim da pós-modernidade. O povo não busca mais santidade e comunhão com Deus, mas vitórias! Estas pessoas, e porque não dizer que os pregadores ensinam erradamente, e, assim, tiraram o foco de Deus para as coisas de Deus. Permeia em nossos arraiais uma coceira nos ouvidos dos crentes e, em conseqüência, falsos mestres adentram às nossas cátedras para satisfação deste populacho. É um povo que prefere os pepinos e melões do Egito, do que à satisfação da comunhão com o Deus que Se revela no Sinai. São os aventureiros da fé. Os que seguem o povo de Deus sem conhecê-Lo. Eles estão empolgados em sair do Egito em sua geografia, mas não em seus desejos. Os seus pés saem do Egito, mas os seus corações continuam nos panelões de carnes. Eles continuam, em vista as vicissitudes do caminho que nos leva a terra prometida, a desejar voltar à velha casa da escravidão – o Egito.

Que Deus levante jovens como Davi. Preocupados em vitórias, mas nas vitórias que proclamem o nome de Deus. Como já falei, não é errado querermos vitórias. Aliás, nascemos para vencer. Somos vencedores sobre o maligno (1Jo 2.14); já vencemos o mundo (1Jo 5.4-5; comp. Jo 16.33); o poder do pecado é vencido pelos que são nascidos de Deus (1Jo 3.9; comp. 1Pe 1.23 e Tg 1.18 – notem a importância da Palavra de Deus nestes versículos). Paulo afirma que “em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquEle que nos amou (Rm 8.35). Observem o que a palavrinha “estas” se refere no contexto.

Esta vitória nos é proporcionada por Deus o Pai, por intermédio do Senhor Jesus Cristo. Paulo falando sobre o aguilhão da morte que é o pecado, como também da força do pecado que é a lei, concluiu dizendo: “Mas graças a Deus que nos dá vitória por nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 15.57).

A Igreja edificada pelo Senhor Jesus jamais será vencida pelas portas levantadas do hades (Mt 16.18). O Senhor Jesus que começou a boa obra a completará sem dúvidas (Fl 1.6).

Mas o que torna a busca pela vitória errada é o egoísmo dos homens por autopromoção. Devemos sim, buscar vitórias, mas para a promoção do Reino de Deus e da Sua pessoa em nosso meio.

O que torna a busca pela vitória errada, falo no contexto do evangelicalismo atual, é busca cega pelas coisas materiais, físicas. O povo não quer ser salvo – a maior vitória conquistada para nós no Calvário por Cristo –, mas ser ricos, bem sucedidos em seus empreendimentos próprios. E com isso, o Reino de Deus sofre. O que precisamos é de vitórias verdadeiras conquistadas por jovens movidos pelo Espírito Santo, como Davi. Vitórias que promovam a santidade de Deus. Que o Seu louvor seja exaltado em nossas vidas, nas buscas pelas vitórias para Sua glória. A vitória do SENHOR é a nossa!

Jovens movidos pelo Espírito Santo são jovens que procuram vitórias para Deus. “Quem é, pois, este incircunciso filisteu, para afrontar os exércitos do Deus vivo?”. Esse filisteu tem afrontado não só a nós, mas ao nosso Deus. Se formos vitoriosos será pelo nosso Deus. O SENHOR nos proporcionará vitórias e mais vitórias se tão somente honramos o Seu nome e procurarmos promover a Sua glória. Que Deus no ajude nesta empreitada! E, a vitória é nossa pelo sangue e pela Palavra de Jesus! (Ap 12.11).


Soli Deo Gloria!

[1] katenygêsan aor. Pass. katanyssõ (1 – 1) ferir, dar uma forte ferroada. Usado de emoções dolorosas, que penetram o coração como um aguilhão (Meyer). Chave Lingüística do Novo Testamento Grego, Fritz Rienecker & Cleon Rogers – Edições Vida Nova, 1ª Edição em português: 1985. reimpressão: 2003.

quinta-feira, abril 13, 2006

A Palavra da Sabedoria - Dons Espirituais

I. A Palavra da Sabedoria. logos sophias.
Palavra é parte fragmentária da frase. Não existe o dom da sabedoria, mas a Palavra da Sabedoria, ou seja, parte da Sabedoria de Deus, somente aquilo que Ele quer que o homem saiba. Por meio da Palavra da Sabedoria, Deus capacita a mente humana para entender todos os fatos e circunstâncias, leis e princípios, tendências, influências e possibilidades.

A Palavra da Sabedoria é uma revelação sobrenatural pelo Espírito Santo de Deus a respeito do propósito e planos Divinos na Mente e na Vontade de Deus. Este é um dos melhores dons porque é uma revelação dos Planos e Propósitos da Mente de Deus.

VEJAMOS ALGUNS TIPOS DE SABEDORIA:
 SABEDORIA SATÂNICA – Ez 28.3, 12-17; Tg 3.14-16.
 SABEDORIA HUMANA – Lc 14.28-32; I Co 1.21, 26; 2.4-6
 SABEDORIA DIVINA – Rm 11.31; I Co 1.21, 24; 2.6-8. O que dizem alguns Teólogos sobre A Sabedoria de Deus.

Wayne Grudem: “Dizer que Deus tem Sabedoria significa dizer que Ele sempre escolhe as melhores metas e os melhores meios para alcançar essas metas”.

Louis Berkhof: “É a perfeição de Deus pela qual Ele aplica o Seu Conhecimento à consecução dos Seus fins de um modo que O glorifica o máximo. Implica um fim último ao qual todos os fins secundários estão subordinados; e, segundo a Escritura, este fim último é a Glória de Deus (Rm 11.33; 14.7-8; Ef 1.11-12; Cl 1.16)”.

Charles Hodge: “A Sabedoria de Deus, se manifesta na seleção de fins próprios para a consecução desses fins. É através da Igreja que Deus determinou manifestar, através de todos os séculos, aos principados e potestades, Sua multiforme Sabedoria”.

Henry Clarence Thiessen: “Sabedoria é a Inteligência de Deus aparente na escolha dos mais altos fins e dos melhores meios para atingir a esses fins. Apesar de Deus sinceramente tentar promover a felicidade de Suas criaturas e aperfeiçoar os santos em santidade, nenhum desses é o fim supremo. Esse fim é a Sua própria Glória”.

A. A. Hodge: “A Sabedoria de Deus é Infinita e Eterna. A concepção que fazemos dela é que Ele escolhe o fim, o mais exaltado possível – a manifestação da Sua própria Glória – e que escolhe e dirige, em todas as Suas operações, os melhores meios possíveis para conseguir esse fim. Sua Sabedoria se manifesta-nos de um modo glorioso nos grandes teatros da criação, da providência e da graça”.

 A PALAVRA DA SABEDORIA – I Co 12.8. Esta pode ser uma revelação da multiforme Sabedoria de Deus, por meio da Igreja, aos principados e potestades (Ef 3.10; Jó 11.6).

1. É um dom sobrenatural.
A Igreja é um corpo espiritual (II Pe 3.15-16) e, para resolver suas questões é necessária sabedoria espiritual.
Não é a mesma sabedoria de Tiago 1.5.
O dom é dado “pelo Espírito Santo” – I Co 12.8.

2. Pode ser usado na pregação – I Co 2.10.

3. Pode ser usado no governo da Igreja – At 6.1-7.

4. Pode ser usado em casos de emergência.
No ministério de Jesus – Mt 21.23-27.
Durante as perseguições – Lc 12.11-12.

5.O Dom da Palavra da Sabedoria no Antigo Testamento.
g José – Gn 41.38-39.
g Moisés e Arão – Ex 4.12, 15.
g Bezalel e Aoliabe – Ex 31.2, 3, 6.
g Josué – Dt 34.9.
g Salomão – I Rs 3.28; 4.29-30.
g Eliú – Jó 33.33.
g Isaías – Is 50.4.
g Jeremias – Jr 1.9.
g Daniel e seus companheiros – Dn 1.17.
g Jesus Cristo – mesmo antes de se humanizar, foi retratado no A.T. como sendo a própria Sabedoria (Pv 8.22-36). E no N.T. “foi feito por Deus Sabedoria” (I Co 1.30). o Espírito Santo ungiu a Jesus Cristo para ser a Sua Sabedoria. Isto é detalhado em Isaías 11.2. onde “E repousará sobre Ele o Espírito do Senhor, o Espírito de Sabedoria...”.
Nota: Elmer Towns, afirma: “Sabedoria é a capacidade de discernir a verdadeira natureza das coisas por baixo das aparências. Portanto, este título do Espírito Santo sugere a Sua capacidade para discernir a verdadeira natureza das pessoas e seus motivos”.
Severino Pedro da Silva declara: “Espírito de Sabedoria é a habilidade para compreender a essência e o propósito das coisas e descobrir os meios certos de realizar o propósito de Deus em cada vida”.

6. O Dom da Palavra da Sabedoria no Novo Testamento.
At 21.10-11 – Profeta Ágabo.
At 27.23-24 – Apóstolo Paulo.
Soli Deo Gloria!
Extraído de nossa apostila sobre os "Dons Espirituais".

A Marca da Vitória - Artigo

Leituras Seletas: I Sm 17.31-37; I Jo 2.14).

“Vitória” tem sido uma palavra muito usada no vocabulário evangélico. Temos até “cultos da vitória”. Pessoas são ensinadas a perseverarem para receberem vitórias. Campanhas são realizadas para alcançar vitórias. A humanidade está em busca de vitórias sobre suas necessidades imediatas. Há uma busca frenética por uma satisfação de vitória. Custe o que custar, as pessoas estão dispostas a aceitarem qualquer desafio para conseguir suas vitórias.

Não é errado almejarmos vitórias. Mas o que há de errado são os meios e motivos empregados e vistos para alcançarem essas vitórias. Muitos são os truques usados para alcançar tais vitórias. Muitos pregoeiros afirmam que estão “sentindo” que Deus está concedendo vitórias. Outros, visualizam bênçãos sendo entregues às pessoas que não têm nenhum compromisso em obedecer ao Evangelho. As pessoas estão sendo atraídas às igrejas não para a glória de Deus, mas para alcançarem algumas vitórias que, se obedecerem alguns caprichos inventados pelos homens, terão sucessos em consegui-las. Os valores são invertidos. Buscam não a Deus, mas as coisas de Deus. Buscam não a pessoa de Deus, mas aquilo que Sua pessoa oferece para as suas satisfações imediatas. Hoje não temos mais adoradores, mas, sim, consumidores. Não se oferece mais a morte ou a vida, para que escolhais. Mas se oferece um produto barateado que não é o Evangelho do Senhor Jesus revelado nas Sagradas Escrituras. Não existem mais pregações tais como: “renunciem a si mesmos, renunciem seus desejos, seus familiares, suas posições e suas satisfações consumistas por amor de Mim e do Evangelho”. Não se ouve mais uma voz clamando: “O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no Evangelho” (Mc 1.15). Onde estão as mensagens que deixam os corações compungidos[1]? (At 2.37). Podem me dizer onde andam os pregadores que verbalizavam: “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem? (Mt 7.13-14)”. Hoje só ouvimos blá-blá-blás... Como doem nos ouvidos, e corações também, as palavras destes lobos em peles de ovelhas que visam não à glória de Deus, mas os seus bolsos. Creio que há ainda muitos pregadores e mestres que não dobraram os seus joelhos perante os baalim da pós-modernidade. O povo não busca mais santidade e comunhão com Deus, mas vitórias! Estas pessoas, e porque não dizer que os pregadores ensinam erradamente, e, assim, tiraram o foco de Deus para as coisas de Deus. Permeia em nossos arraiais uma coceira nos ouvidos dos crentes e, em conseqüência, falsos mestres adentram às nossas cátedras para satisfação deste populacho. É um povo que prefere os pepinos e melões do Egito, do que à satisfação da comunhão com o Deus que Se revela no Sinai. São os aventureiros da fé. Os que seguem o povo de Deus sem conhecê-Lo. Eles estão empolgados em sair do Egito em sua geografia, mas não em seus desejos. Os seus pés saem do Egito, mas os seus corações continuam nos panelões de carnes. Eles continuam, em vista as vicissitudes do caminho que nos leva a terra prometida, a desejar voltar à velha casa da escravidão – o Egito.

Que Deus levante jovens como Davi. Preocupados em vitórias, mas nas vitórias que proclamem o nome de Deus. Como já falei, não é errado querermos vitórias. Aliás, nascemos para vencer. Somos vencedores sobre o maligno (1Jo 2.14); já vencemos o mundo (1Jo 5.4-5; comp. Jo 16.33); o poder do pecado é vencido pelos que são nascidos de Deus (1Jo 3.9; comp. 1Pe 1.23 e Tg 1.18 – notem a importância da Palavra de Deus nestes versículos). Paulo afirma que “em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquEle que nos amou (Rm 8.35). Observem o que a palavrinha “estas” se refere no contexto.

Esta vitória nos é proporcionada por Deus o Pai, por intermédio do Senhor Jesus Cristo. Paulo falando sobre o aguilhão da morte que é o pecado, como também da força do pecado que é a lei, concluiu dizendo: “Mas graças a Deus que nos dá vitória por nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 15.57).

A Igreja edificada pelo Senhor Jesus jamais será vencida pelas portas levantadas do hades (Mt 16.18). O Senhor Jesus que começou a boa obra a completará sem dúvidas (Fl 1.6).

Mas o que torna a busca pela vitória errada é o egoísmo dos homens por autopromoção. Devemos sim, buscar vitórias, mas para a promoção do Reino de Deus e da Sua pessoa em nosso meio.

O que torna a busca pela vitória errada, falo no contexto do evangelicalismo atual, é busca cega pelas coisas materiais, físicas. O povo não quer ser salvo – a maior vitória conquistada para nós no Calvário por Cristo –, mas ser ricos, bem sucedidos em seus empreendimentos próprios. E com isso, o Reino de Deus sofre. O que precisamos é de vitórias verdadeiras conquistadas por jovens movidos pelo Espírito Santo, como Davi. Vitórias que promovam a santidade de Deus. Que o Seu louvor seja exaltado em nossas vidas, nas buscas pelas vitórias para Sua glória. A vitória do SENHOR é a nossa!

Jovens movidos pelo Espírito Santo são jovens que procuram vitórias para Deus. “Quem é, pois, este incircunciso filisteu, para afrontar os exércitos do Deus vivo?”. Esse filisteu tem afrontado não só a nós, mas ao nosso Deus. Se formos vitoriosos será pelo nosso Deus. O SENHOR nos proporcionará vitórias e mais vitórias se tão somente honramos o Seu nome e procurarmos promover a Sua glória. Que Deus no ajude nesta empreitada! E, a vitória é nossa pelo sangue e pela Palavra de Jesus! (Ap 12.11).

Soli Deo Gloria!


[1] katenygêsan = aor. Pass. katanyssõ (1 – 1) ferir, dar uma forte ferroada. Usado de emoções dolorosas, que penetram o coração como um aguilhão (Meyer). Chave Lingüística do Novo Testamento Grego, Fritz Rienecker & Cleon Rogers – Edições Vida Nova, 1ª Edição em português: 1985. reimpressão: 2003.

quarta-feira, abril 05, 2006

Senhor Jesus, A Porta das Ovelhas


Leitura Seleta: Jo 10.7 e 9.

Comentário: Falar sobre a estrutura histórica da passagem.
Personagens do Contexto: v:01 = Ladrão; v:01 = Salteador; v.02 = Pastor; v.03 = Porteiro; v.05 = O Estranho; v.11 = O Bom Pastor; v.12 = Mercenário; v.12 = O que não é Pastor.
Ä JESUS não é só o Bom Pastor para as ovelhas, Ele também se coloca como a Porta das ovelhas.
Ä Por porta do aprisco, pela qual entra o Pastor, entendemos como a que leva ao rebanho, e não uma porta pela qual entram as ovelhas.
Ä JESUS não é o Porta que leva ao rebanho (10.1), mas a Porta pela qual entram as ovelhas ou o rebanho (10.16).
Ä Quando se fala de “Ovelhas”, expressa a pluralidade: São tantos como as estrelas do céu; multidão de salvos.
Ä Quando se fala de “Rebanho”, expressa a singularidade: único rebanho; única noiva; unificação pela Glória.
Ä Uma porta tem dupla função – deixar entrar e impedir a passagem. Pode introduzir todos os que são bem-vindos e impedir aqueles cuja companhia é indesejável. Mt 25.10 = Quando a porta se fechou nas bodas admitiu as cinco virgens sábias e impediu que entrassem as cinco néscias.
Ä CRISTO é a Porta e, quando entramos por ela, somos salvos, somente por Ele temos acesso ao PAI (Ef 2.18).
Ä A característica da Porta (Mt 7.13-14; Jo 14.6; Jo 10.7).

I. Três Bênçãos Que Decorrem Do Ato De Passar Pela Porta (Jo 10.9).

01. A SEGURANÇA:Salvar-se-á”.
No contexto da vida na Terra, “salvo” significa seguro, são, protegido por CRISTO e em CRISTO, até que nossa comunhão com Ele, além dos limites da morte, se revele na forma de salvação eterna Jo 10.28).

02. A LIBERDADE:Entrará e sairá”.
JESUS é a Porta para a liberdade. Ele e somente Ele pode levar-nos a liberdade fomentada pela verdade (Jo 8.32-36).

03. O SUSTENTO:E achará pastagens”.
1 Jesus é a Porta/Acesso para:
ö Todas as bênçãos espirituais – Ef 1.3.
ö O Pai – Jo 14.6.
ö A Paz com Deus – Rm 5.1.
ö A Graça Divina – Rm 5.2.
ö O Milagre – At 3.6, 13-16.
ö A Virtude em Ação – Mc 5.27-34.
ö O Batismo com Espírito Santo – Mt 3.11.


Soli Deo Gloria!

Os Quatro Desafios



Leitura Seleta: Mt 16.24-28.

Comentário: Para se conseguir o Reino é necessário o Desafio.

01. O Desafio Eclesiológico.
ö Que implica em separação – sede santos - sede exemplos dos fiéis.
ö Identidade radical da Igreja.
ö Implica a nunca se reduzir ou iguala-se com o mundo, usando seus métodos para cumprir a sua missão.
ö Implica em manter as lâmpadas acesas com vasilhas cheias de azeite – Mt 25.4, 10.

02. O Desafio Apologético (Jd 03).
ö Defender a fé, custe o que custar. Estes, destarte as circunstâncias, venceram defendendo a fé.
ö Ananias, Misael e Azarias – Dn Cap. 03.
ö Jó – eu sei que o meu Redentor vive – 19.25.
ö Paulo – I Tm 4.7.
ö Daniel – Dn 1.8.
ö A Igreja no mundo, não o mundo na Igreja.
ö A Igreja na política, não a política na Igreja.
ö Igreja moderna, não Igreja modernista.
ö Igreja renovada, não inovada.
ö Caráter e autoridade.
ö Sem máscaras – sinceridade, autoridade espiritual e moral (I Tm 4.2).

03. O Desafio Missiológico.
ö At 1.8 – O verbo “ser” fala de voluntariedade.
ö Jo 4.1ss – Samaritana, missionária voluntária.
ö At 1.8 – Implica em está pronto para ser uma testemunha ousada do Senhor Jesus Cristo.

04. O Desafio Cristocêntrico.
ö O símbolo que mais nos identifica com Cristo é a cruz.
ö A cruz foi o desafio irrecusável de Cristo.
ö É inaceitável seguirmos a Cristo sem cruz. O sentimento de Cristo – paixão pelas almas perdidas.



Soli Deo Gloria!

A Escolha que Deus Faz

Leitura Seleta: I Sm 16.10.


“... O SENHOR não tem escolhido a estes”.


Comentário: James Hastings escreveu que: “Davi não é simplesmente o maior dos reis que Israel já teve, ele é o maior em tudo. Ele tem domínio sobre todas as instituições de Israel. Ele é o menino pastor – o representante das suas classes operárias. Ele é o seu músico – o sucessor de Jubal e Miriam e Débora. Ele é o soldado – o conquistador dos Golias que poderiam roubar a paz. Ele é o seu rei – passando em revista as suas tropas e regulamentando seu Estado. Ele é o seu sacerdote – trazendo um espírito quebrantado e contrito para o lugar do sangue de bois e carneiros. Ele é o seu profeta – predizendo com seu último suspiro a perenidade de seu reino davídico. Ele é o poeta de Israel – a maioria dos seus salmos leva o nome dele”.

É interessante, depois de observar tudo que foi dito a pouco, é de causar certa surpresa que, na terceira menção de Davi no A.T., percebe-se que ele surge não como um herói, mas como um jovem que teria sido, durante a maior parte do tempo, desprezado pela família. Sem dúvida alguma, este é um dos pontos principais da passagem. Porque fica evidenciado, mesmo numa leitura rápida, que o autor está enfatizando que a decisão de escolher Davi para rei não foi feita pelo homem e sim por Deus.

Dissertação sobre o texto até o versículo dez.
E quando chegamos neste versículo lemos: “Assim fez passar Jessé a seus sete filhos diante de Samuel; porém Samuel disse a Jessé: O SENHOR NÃO TEM ESCOLHIDO A ESTES”.

Aprendemos Algumas Lições:

01. O SENHOR não escolhe pela aparência[1] – “não atentes para sua aparência”.
I Co 1.26: Porque vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados. 27: Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes. 28: E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são para aniquilar as que são; 29: para que nenhuma carne se glorie perante Ele. 30: Mas vós sois dEle, em Jesus Cristo, O qual para nós foi feito por Deus Sabedoria, e Justiça, e Santificação, e Redenção; 31: para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.

a) Aparência das pessoas:
Pv 28.21: Dar importância à aparência das pessoas não é bom, porque até por um bocado de pão um homem prevaricará.

b) Aparências das vestes:
Josué foi engano pela a aparência dos gibeonitas (Js 9). E as conseqüências foram grandes (II Sm 21).

c) Aparência dos homens:
Mt 22.16: E enviaram-lhe os seus discípulos, com os herodianos, dizendo: Mestre, bem sabemos que és verdadeiro e ensinas o caminho de Deus, segundo a verdade, sem te importares com quem quer que seja, porque não olhas à aparência dos homens.

d) Aparência dos julgamentos:
Jo 7.24: Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça.
Samuel julgou segundo a aparência. Jessé julgou segundo a aparência. Os irmãos de Davi julgaram segundo a aparência. Saul julgou a Davi segundo a aparência. Golias julgou a Davi segundo aparência. Nós também julgamos segundo a aparência.
Queremos ser cheios do Espírito Santo, mas julgamos segundo a aparência.

e) Aparência da aparência:
II Co 5.12: Porque não nos recomendamos outra vez a vós; mas damo-vos ocasião de vos gloriardes de nós, para que tenhais que responder aos que se gloriam na aparência e não no coração.
Aparentemente as pessoas gloriam-se nas aparências.

f) Aparência no olhar e confiança própria:
II Co 10:7: Olhais para as coisas segundo a aparência? Se alguém confia de si mesmo que é de Cristo, pense outra vez isto consigo: assim como ele é de Cristo, também nós de Cristo somos.

g) Aparência do homem:
Gl 2.6: E, quanto àqueles que pareciam ser alguma coisa (quais tenham sido noutro tempo, não se me dá; Deus não aceita a aparência do homem), esses, digo, que pareciam ser alguma coisa, nada me comunicaram;

h) Aparência da carne:
Gl 6.12: Todos os que querem mostrar boa aparência na carne, esses vos obrigam a circuncidar-vos, somente para não serem perseguidos por causa da cruz de Cristo.

i) Aparência de sabedoria:
Cl 2.23: as quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum, senão para a satisfação da carne.

j) Aparência no servir:
Cl 3.22: Vós, servos, obedecei em tudo a vosso senhor segundo a carne, não servindo só na aparência, como para agradar aos homens, mas em simplicidade de coração, temendo a Deus.

l) Aparência de piedade:
II Tm 3.5: tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.

m) Aparência se desvanece:
Tg 1.24: pois a si mesmo se contempla, e se retira, e para logo se esquece de como era a sua aparência (ARA).


02. O SENHOR não escolhe pela estatura – “não atentes para sua estatura”.
Talvez Samuel pensasse em Saul (I Sm 10.23-24).


03. O SENHOR não escolhe aqueles que queremos escolher.
Rm 9.16: Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece.
Não depende do querer ou da atividade do homem, mas apenas do fato de Deus ter misericórdia.

Todo o esforço humano em reivindicar sua vontade para enlevar alguns dispersará em nada.

Para um homem ser escolhido por Deus não é um querer daqui debaixo, mas um Querer de cima.

Ser escolhido não está em nós mesmos. Não depende de nossa vontade, mas “...segundo o beneplácito de Sua vontade” (Ef 1.5).


04. Muitos são escolhidos pelos homens, mas rejeitados por Deus.
Veja o exemplo de Saul e dos irmãos de Davi.


05. Deus é soberano na escolha“...porque dentre os seus filhos Me tenho provido de um rei (v.01).
Jo 15.16: Não me escolhestes vós a mim, mas Eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai Ele vos conceda. 19: Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do mundo, antes Eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos aborrece.

Tg 2.5: Ouvi, meus amados irmãos. Porventura, não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam?

Um Deus que existe antes de todas as coisas, Criador de todas as coisas, está além de todas as coisas, sustenta todas as coisas, conhece todas as coisas, pode todas as coisas e realiza todas as coisas, está também no controle de todas as coisas. Esse controle completo de todas as coisas é chamado Soberania de Deus. Por isso, Ele escolhe quem quer.


06. Deus primeiro vê (conhece) antes da escolha – “...porque o SENHOR não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o SENHOR olhar para o coração” (v.07).
Só Deus conhece o coração (Jr 17.9-10).
Não adianta disfarces (I Rs 14).
Veja o contraste de aparência e coração nos versículos do tópico 01.


07. Quando Deus rejeita um homem, não adianta intercedermos por ele.
Primeiro, o SENHOR rejeitou ao Saul para que não reine sobre Israel (v.01).
Segundo, o SENHOR rejeitou os sete[2] filhos de Jessé (v.10). Em I Cr 2.13-16 temos os nomes dos seis irmãos de Davi e os nomes de suas duas irmãs.
13: E Jessé gerou a Eliabe, seu primogênito, e Abinadabe, o segundo, e Siméia, o terceiro, 14: a Natanael, o quarto, a Radai, o quinto, 15: a Ozém, o sexto, e a Davi, o sétimo. 16: E foram suas irmãs Zeruia e Abigail; e foram os filhos de Zeruia: Abisai, e Joabe, e Asael; ao todo três.

Em I Cr 27.18 lemos: “Sobre Judá, Eliú, dos irmãos de Davi...”.


08. A escolha de Deus baseia-se na Sua graça, ou seja, não é por méritos.
Rm 9.11: “Porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama), 12: foi-lhe dito a ela: O maior servirá o menor”.

“A discriminação divina entre Jacó e Esaú precedeu ao seu nascimento, a fim de que a finalidade da escolha de Deus pudesse cumprir-se na sua total independência do mérito humano e na dependência de Deus, em virtude de cujo chamado Ele dá eficácia à Sua eleição, é inteiramente ato livre Seu” [3].


09. Deus não escolhe desocupados!
O que faziam os irmãos de Davi quando Samuel chegou? Davi estava trabalhando entre as ovelhas. E você?




Notas:
[1] Na filosofia o termo é usado para indicar o contrário da realidade. Algumas vezes tem a conotação de ilusão ou falsidade, em contraste com aquilo que é real e verdadeiro. O mundo das aparências, isto é, o mundo físico, é chamado de ilusório nas religiões orientais e por alguns filósofos, e menos real em Platão, por ser transitório, ao passo que o mundo eterno é imperecível e imutável. O dicionário eletrônico Michaelis define como: s.f. 1. Aspecto exterior de alguma coisa; exterioridade. 2. Ficção; mostra enganosa.
[2] Um sétimo filho foi mencionado em I Sm 16.10; 17.12, mas não citado nominalmente. Talvez morresse na infância. Mas o porquê não foi citado na genealogia? Pressuponho que, como morreu novo, não teve descendência, portanto, não foi contado na genealogia.
[3] Carta aos Romanos, comentada por C. E. B. Cranfield – EDIÇÕES PAULINAS.

Disciplina na Igreja

Leitura Selecionada Mc 11.11-17

Comentário: O texto nos mostra que o templo foi transformado em de interesse comercial político para muitos que ali freqüentavam. Jesus entrou com zelo no templo pela casa do Pai. O fato nos ensina que a purificação do templo está em limitar seu uso, a sua finalidade específica.
A purificação do templo exige mudança de atitude nos atos dos freqüentadores.

I. Como Deve Acontecer a Purificação:
01. Minuciosamente – v.11 = Tudo observado e avaliado com justiça.
02. Pacientemente – v.11 = Já era tarde e Jesus não agiu logo esperando o momento certo.
03. Energicamente – v.15 = Quando for o tempo e a hora não pode haver melindres, mas zelo.

II. O Que a Purificação Visa:
01. Acabar com o uso inadequado do templo – v.15 = Não é o lugar de comércio, não é plataforma de política,não é campos de oportunidades pessoais, mas lugar de ensino, adoração e oração.
02. Acabar com a mecânica dos cultos – v.15 = Pessoas estavam comprando sacrifícios, encomendando seus cultos. Não era um sacrifício de louvor, mas uma obrigação ritual (Rm 12.1-2; Sl 51.15-17; Mt 9.13).
03. Estabelecer ordem e reverência – v.16 = Gente levando utensílios de um lado para o outro. Nos cultos, muitas vezes não há reverência, pessoas ficam conversando, outras marcando encontros, ainda outras desfilando na hora da oração e pregação da Palavra de Deus. E muitos jovens paquerando.
04. Transformar o Templo em Lugar de Ensino – v.17 = É estranho como as pessoas usam o Templo para anúncios de toda espécie, usam-no para brincadeiras, para promoverem eventos secundários, mas menos para aprender no santuário como diz o salmista Davi no Sl 27.4 – Um anseio manifestei ao Eterno e sua realização buscarei – que eu habite em Sua morada por todos os dias de minha vida, afim de poder contemplar Sua Glória e buscar a compreensão de Seus Mandamentos (Salmos em Hebraico – Editora Sêfer). Oxalá que o Templo seja um lugar de se compreender a Palavra de Deus, e não um local onde as pessoas saíam desnorteadas sem ensinamentos puros.
05. Transformar o Templo em Lugar de Oração – v.17 = É triste quando o templo é lugar de tudo, de encontros, de shows, de alegria, mas não inspira a oração e a quietude de espírito.

Soli Deo Gloria!

sábado, abril 01, 2006

As Janelas da Bíblia)

Leitura Seleta: Js 2.15.

Comentário: Não quero falar das janelas em si, mas de eventos em que elas estiveram envolvidas. Estas janelas podem receber cognomes observando os eventos que nelas se desenrolaram. Com isso podemos tirar lições para as nossas vidas atuais.
As janelas são usadas não só para ornamentar uma casa, mas para promover algumas coisas. As utilidades das janelas são imprescindíveis a qualquer casa ou prédio. Suas utilidades são clarividentes em nosso cotidiano.
Podemos destacar algumas utilidades de janelas, as quais são: a) claridade; b) ventilação e c) ornamentação.


I. A Janela do Livramento (Js 2.15).

II. A Janela das Esperanças Frustradas (Jz 5.28).
A mãe de Sísera, capitão do exército de Jabim, não sabedora do fim de seu filho, aguardava olhando pela janela a sua volta como um grande guerreiro que traria os seus despojos. Mas a sua esperança sumiu no funil. A sua expectativa fora frustrada.
Podemos chamar, e com razão, de ilusões imperceptíveis. Ela não percebia a desgraça que ocorrera, e iludida as suas moças arrazoavam “porventura não achariam e repartiriam despojos”?
São pessoas que não se apercebem da realidade. Não há virtude em espreitar em tal janela. Pessoas vivem nesta janela utópica. Mas há de chegar o momento que, queira Deus que seja breve, no horizonte o mensageiro virá trazendo as novas e aí sim o castelo das ilusões desmoronará, juntamente com suas janelas. E estas pessoas serão acordadas para a realidade.

III. A Janela do Escape e da Fuga (I Sm 19.12; II Co 11.33).

IV. As Janelas da Morte.
Jr 9.21: Porque a morte subiu pelas nossas janelas, e entrou em nossos palácios, para exterminar as crianças das ruas e os jovens das praças.
Não há morte só nas panelas, mas também nas janelas! Em muitos lugares os mortos jazem no chão, em conseqüência desta mortal inimiga da humanidade. E o alvo predileto de seu aguilhão são as nossas crianças e nossos jovens. Semelhante uma das quatro propostas comprometedora de faraó, essa terrível inimiga visa, principalmente, as crianças e os jovens. Como a fala de faraó exprimia: pais no deserto e crianças e jovens no Egito. Essa inimiga almeja tragar nossas crianças e jovens para que não se dediquem ao Senhor Jesus. Tal desgraça não aconteça em nosso meio! Mas, infelizmente, já se divisa em muitas tendas no arraial a morte entrando pelas janelas. E repito, o alvo é, preferivelmente, nossas crianças e jovens. Alguém pergunta: o que fazer? E eu ouso responder: FECHEM ESSAS JANELAS!
Janelas mortais. Janelas da irresponsabilidade. Janelas do “não tem nada ver”. Janelas “ele é apenas uma criança, não tem nada demais”. Janelas “de uma ética paterna relativa”. Janelas “da hipocrisia no lar”. Janelas “da infelicidade conjugal”. As janelas “dos divórcios”. As janelas “em um viver sem limites”. Janelas “não privem seus filhos de nada”. Janelas “dos namorados dormindo nas casas das namoradas”. Janelas de “um namoro indecente”. Janelas de “um namoro imaturo – sem preparação e instrução”. Janelas de “namoros sem compromissos”.

V. A Janela do Aprendizado experimental objetivo.
Pv 7.6-7: Porque da janela da minha casa, olhando eu por minhas frestas, vi entre os simples, descobri entre os moços, um moço falto de juízo.

VI. A Janela da Oportunidade.
II Rs 13.17: E disse: Abre a janela para o oriente. E abriu-a. Então disse: Eliseu: Atira. E atirou; e disse: A flecha do livramento do SENHOR é a flecha do livramento contra os sírios; porque ferirás os sírios; em Afeque, até os consumir.

VII. As Janelas para mero efeito de Ornamento (Jr 22.13, 14).

VIII. A Janela do Desprezo (I Sm 6.16).
Ela não estava participando da festa. Não ajudou na organização da festa.
Ela era esposa do rei e seria interessante a sua presença nesta festa. A festa não era de Davi, mas do SENHOR!
Ela o desprezou porque ele se alegrava diante do SENHOR. Quantos críticos mortais vociferam contra os benditos do SENHOR?
Ela o desprezou no seu coração (Jr 17.9 e refs.). Só Deus muda nosso coração (Jr 24.7).
Ela desprezou ou criticou a Davi porque ele se fizera como um do povo. Ele se despiu do manto real (NVI). Ele tornou-se, na linguagem da BV, “como se fosse um homem qualquer do povo”!
Ela dizia que, na linguagem da BV, Davi “exibia-se diante de moças e mulheres ao longo das ruas”.
Mical estava mais interessada na honra de Davi como rei – honra humana. Em contraste agudo, Davi estava mais interessado em honrar ao SENHOR do que favorecer a sua própria reputação. “Eu honro os que me honram”, não as Palavras do SENHOR?
Os que permanecem nesta janela são improdutivos, infrutíferos – estéreis.

IX. A Janela de Jezabel (II Rs 9.30).
Os que ficam na janela de Jezabel são os introdutores do culto alternativo – culto a baal.
Usam de feitiçaria (II Rs 9.22). Há muitos métodos de feitiçaria adotados pelas igrejas atuais. Com isso quero afirmar as práticas ocultistas que, como um “Cavalo de Tróia”, penetra dentro de muitos segmentos evangélicos hoje. Tais práticas são ensinadas com uma terminologia cristã. É o poder da mente. Você é um deusinho. Determine sua vitória. Visualize seus sonhos. É a fé na fé. O poder mágico da fé. Fé no sucesso, e outras aberrações.
A janela de Jezabel é freqüentada pelos assassinos de profetas (I Rs 18.13; cf. Mt 23.29-35).
Temos no N.T., uma mulher que fora chamada de “Jezabel”. Essa mulher mantinha uma influência aterradora sobre a Igreja. Muitos, infelizmente, seguiam seus ensinos.
A janela de Jezabel é freqüentada pelos que toleram pecado dentro da Igreja (Ap 2.20); são os que causam ameaças internas, não externas – porventura eles não estão do lado de dentro da casa, olhando pela janela?
Pode-se observar que o culto imoral representado por Jezabel (gnosticismo religioso) era “odiado” em Éfeso (Ap 2.6); tolerado em Pérgamo (Ap 2.15-16); mas era ativamente promovido como posição oficial, em Tiatira (Ap 2.20-24). A lição espiritual que há nisso é óbvia. Todo o mal que não nos aborrece, a princípio pode ser “tolerado”, depois, “aceito” e, finalmente, “promovido oficialmente”.
O erro de Jezabel é o mesmo dos nicolaítas em Pérgamo: adaptação completa aos costumes pagãos. O problema em Tiatira era tão grave porque a filiação às corporações de comércio envolvia a participação em refeições no estilo dos pagãos, que muitas vezes levavam a imoralidade. Era um sincretismo, similar ao do promovido pela Jezabel do A.T., pode cultuar a Jeová e ao mesmo tempo a baal. Servir na mesa do Senhor Jesus e na mesa dos demônios.
É possível que aqueles que com ela adulteram (v.22) devem ser distintos dos seus filhos (v.23), no sentido que aqueles foram suficientemente influenciados por Jezabel, a ponto de comprometerem sua lealdade cristã, enquanto estes abraçaram inteiramente a sua doutrina; aqueles deveriam ser castigados, estes exterminados.

X. A Janela do Sono (At 20.9).

XI. As Janelas do Céu (Gn 7.11; Is 24.18; Ml 3.10).

XII. As Janelas do Arrebatamento.
Ct 2.9: O meu amado é semelhante ao gamo, ou ao filho da gazela; eis que está detrás da nossa parede, olhando pelas janelas, espreitando pelas grandes.

XIII. As Janelas da Oração.
Dn 6.10: Daniel, pois, quando soube que o edito estava assinado, entrou em sua casa (ora havia no seu quarto janelas abertas do lado de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fazer. V.11: Então aqueles homens foram juntos, e acharam a Daniel orando e suplicando diante do seu Deus.
O que devemos fazer quando estivermos em cativeiro? Devemos nos desesperar? Conformar-nos? Desistir? E então, o que fazer? Daniel não fez como muitos. Ele não culpou a Deus por está no cativeiro e passando por várias provas. Mas orou ao SENHOR que podia livrá-lo. Ele não murmurou. Mas dava graças diante de Deus. Ele não desfaleceu, mas suplicava diante do seu Deus. E então, o devemos fazer? Respondo: Devemos seguir o exemplo de Daniel! Que exemplo você me pergunta. O de abrir as janelas – para o lado de Jerusalém – da oração. Se continuarmos com as janelas fechadas o mofo aparecerá. Não haverá ventilação – circulação de vento. O mofo é resultado da falta de circulação do ar. Abram as janelas para que o ar possa correr livremente.
Na oração de Daniel notamos dois aspectos da oração, os quais são:
a) ação de graças; b) súplica.
Há cerca de quinze aspectos da oração:
Adoração;
Comunicação (Dn 9.3-6);
Comunhão (Ex 25.22);
Confissão (Dn 9.4-5);
Contrição (Sl 34.18);
Rogo (Ex 8.8-9).
Intercessão (Is 53.12; Rm 8.26-27);
Meditação (I Tm 4.15);
Petição (Ed 8.23; Fl 4.6);
Orando no Espírito (Jd 20; I Co 14.14);
Submissão;
Súplica (Sl 30.8);
Ação de graças (Fl 4.6);
Dores (Gl 4.19);
Veneração (Sl 29.2).


As quinze palavras e expressões representam quinze aspectos da oração. Nenhuma delas, isoladamente, abarca todo o significado dessa grande disciplina da vida cristã – a oração. Mas a compreensão de cada uma delas, tanto em particular como em função do conjunto, aliada à prática, mostrará que uma vida de oração efetiva não somente é possível, mas desejável.

Soli Deo Gloria!