Resposta à uma pergunta feita no Facebook.
Raphael Pereira: Querido, pergunto: O sangue de JESUS ERA O MESMO DE MARIA SUA MÃE, Se ERA COMO PÔDE JESUS
SER SANTO?
Lúcio DE Jesus Bom, segundo o judaísmo o sangue é só do pai. Pela
ciência é 50% do pai e 50% da mãe. Esta afirmação faz sentido a Jesus, pois na
totalidade do seu ser ele era 100% homem e 100% Deus. Trazendo para os números
matemáticos do seu sangue: 50 % é sangue divino e 50% sangue de Maria. Veja a
que ponto Deus chegou, dividindo tipo sanguíneo com um ser humano. É justamente
isso que faz O Sangue de Jesus ser santo, diferente dos outros, pois, ele sendo
Deus não usurpou o ser igual a Deus, ou ter só sangue de Deus. Até nisso Deus
nos prova o seu amor, por ser ele santo foi o primeiro que deu o exemplo, não
só de sangue, mas de vida, de espirito, de humanidade, quando se misturava no
meio das massas para lhes dizer boas novas de salvação. Não há aqui nenhum
discurso preparado, pois isso para mim é vida no ser e não formatação teológica
o pedagógica humana, mas revelação do próprio Deus no ser, assim como Pedro
disse a Jesus tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
RESPOSTA:
Para responder a pergunta e a errônea
resposta acima vou detalhar algumas verdades sobre a encarnação de Cristo.
Fazendo isto, acredito que as pessoas entenderão melhor um dos grandes
mistérios revelado nas Escrituras: Deus se fez carne! Acredito que uma
exposição PONDERADA e BEM PREPARADA, baseada nas Escrituras e não nas ideias e
arrepios de homens, torna-se de suma importância para nossa compreensão desta
magnífica verdade da cristologia. Para quem já leu a História da Igreja
lembrará que muitas heresias surgiram em torno da humanidade e divindade do
Senhor Jesus. Cabe a nós, como cristãos responsáveis e que ama ao Senhor,
avaliar à luz das Escrituras e das exposições teológicas e filosóficas das
grandes mentes iluminadas por Deus Espírito Santo, toda nova ideia em torno das
verdades bíblico-teológica.
Não devemos ser tolos e
presunçosos em negligenciar vinte séculos de iluminação do Espírito Santo na
vida de grandes estudiosos das Escrituras concernentes estas grandes verdades
da Bíblia.
É por isso, que pretendo não
inovar, mas continuar expondo as Antigas Verdades do Santo Evangelho. Deus não
nos ordena a trazer novas verdades (outro evangelho), mas como servos fiéis e idôneos
transmitir o que recebemos desde os apóstolos. Paulo escreve a Timóteo: “E o que de minha parte ouvistes através de
muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para
instruir a outros.” (2Tm 2.2). Timóteo deveria apossar-se da revelação
divina que havia aprendido com Paulo e ensiná-la a outros homens fiéis – homens
com dons e caráter espiritual aprovados que, por sua vez, transmitiriam essas
verdades à geração seguinte. De Paulo, passando por Timóteo, por homens fiéis
até chegar a outros, esse versículo abrange quatro gerações de líderes
religiosos. Esse processo de reprodução/transmissão espiritual, que começou na
Igreja Primitiva, deve continuar, através de mim e de você neste momento, até a
vinda do Senhor Jesus.
MISTÉRIO DOS MISTÉRIOS: O VERBO SE FEZ CARNE!
As Escrituras ensinam que Jesus
Cristo é o verbo divino que se fez carne. Ele não é metade Deus e metade homem
e nem tem 50% de sangue de Deus e 50% de sangue humano. Ele é plenamente Deus e
plenamente homem, ou seja, a plenitude da divindade e plenitude da humanidade
está Nele. Isto inclui 100% do Ser e atributos da divindade e 100% do ser e
atributos humano (100% de sangue, carne e ossos). Na encarnação não houve
nenhum acréscimo à Sua natureza divina, mas o Verbo adquiriu uma natureza
humana que não possuía antes da encarnação. Como já disse Atanásio: “Ele se tornou o que não era (homem), mas continuou sendo
o que sempre foi (Deus)”. Ele não é meramente um homem que possui certas
qualidades divinas dentro de si, nem o Deus que possui algumas qualidades
humanas, mas Ele é perfeitamente Deus e perfeitamente homem, possuindo ambas as
naturezas, a divina e a humana, de modo que Ele é Deus cem por cento e homem
cem por cento, possuindo todas as propriedades de cada natureza.
UMA REFLEXÃO BÍBLICO-EXPOSITIVA.
Quando Paulo escreve aos
filipenses (2.7) que Deus Filho tornou-se em “semelhança de homens”, isto se refere que Cristo tornou-se mais que
Deus num corpo humano, mas assumiu todos os atributos da humanidade (cf. Lc
2.52; Gl 4.4; Cl 1.22), até mesmo no que se refere a ter se identificado com as
necessidades e fraquezas básicas da humanidade (cf. Hb 2.14, 17; 4.15). Ele
tornou-Se o Deus-Homem: plenamente Deus e plenamente Homem.
O meu querido amigo Lúcio afirma
(erradamente) que “ele [Jesus] sendo Deus não usurpou o ser igual a Deus, ou
ter só sangue de Deus.”. O pastor
Lúcio se refere ao texto de Paulo aos filipenses que diz: “pois, Ele,
subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o Ser igual a Deus” (Fp
2.6). Lúcio afirma que o “não ser igual a Deus” se refere a não “só ter sangue
de Deus”. Ou seja, Jesus não teve apenas sangue de Deus, mas também sangue de
Maria. Totalmente absurdo!
Então, o que Paulo quis dizer
com esta expressão citada acima? Vamos por partes do versículo:
Subsistindo em forma de Deus: Paulo afirma que Jesus era Deus
eternamente. Nunca houve uma época em que Ele não fosse Deus. Ele não é um
segundo deus como afirma algumas heresias do passado. A palavra grega usada por
Paulo para “subsistindo” significa e enfatiza a essência da natureza de uma
pessoa – seu contínuo estado e condição. E a palavra “forma” indica
especificamente o caráter essencial e imutável de algo – o que ele é nele e em
si mesmo. A doutrina fundamental da divindade de Cristo sempre abrangeu essas
características essenciais (cf. Jo 1.1,3-4,14; 8.58; Cl 1.15-17; Hb 1.3).
Não [...] usurpação: Com estas palavras Paulo está afirmando que
embora Cristo tivesse todos os direitos, privilégios e honras da divindade – do
quais era Ele digno e nunca poderia ser destituído deles (pois, é impossível
Deus deixar de Ser Deus) – Sua atitude não foi a de se apegar àquelas coisas ou
à sua posição, mas a de estar disposto a abdicar delas por um período.
A si mesmo se esvaziou: Essa foi uma renúncia a si mesmo, não um
esvaziar-se da divindade nem uma mudança da divindade para a humanidade. Ele
assumiu as limitações da humanidade. Isto envolveu um encobrimento de Sua
glória preencarnada (Jo 17.5) e o não-uso voluntário de algumas de Suas
prerrogativas divinas, durante o tempo em que esteve na Terra (Mt 24.36). Ele
não deixou de ter os atributos divinos, mas abdicou do EXERCÍCIO dos Seus
atributos em Seu ministério terreno. Ele se humilhou a Si mesmo.
Assumindo a forma de servo: Notem um detalhe: O texto não diz, como
alguns afirmam com frequência, que “Ele trocou a forma de Deus pela forma de
servo”. Ele assumiu a forma de servo enquanto que, ao mesmo tempo, conservava a forma de Deus! E isso é precisamente o
que torna nossa salvação possível e exequível.
Aplicação: O que Paulo está ensinando aqui para os filipenses e
para toda a igreja em todas as épocas, é que há uma área em que Cristo não pode
ser nosso exemplo. Não podemos imitar Seus atos redentivos e nem sofrer e
morrer vicariamente. Foi Ele – unicamente Ele! – que teve condição de
satisfazer a justiça divina e trazer Seu povo à glória. Mas, com o auxílio de
Deus, podemos e devemos imitar o espírito que serviu de base para esses atos. A
atitude de auto renúncia, com vistas a auxiliar outros, deveria estar presente
e se expandir na vida de cada discípulo. A unidade, a humildade e a solicitude
estavam presentes em nosso Salvador (Jo 10.30; Mt 11.29; 20.28). Elas devem
também caracterizar todos os Seus discípulos! Nesse sentido há veracidade
nestas linhas singelas:
“Oh!, se tão ternamente Ele nos
amou,
Devemos amá-Lo assim também;
Confiar em Seu sangue redentor,
E andar, como Ele andou, fazendo
o bem.”.
UMA REFLEXÃO TEOLÓGICA.
O Ser que haveria de nascer de Maria era uma Pessoa, chamada Jesus.
“Eis que conceberás e darás à
luz um filho, a quem chamarás pelo Nome
de Jesus” (Lc 1.31).
De Maria não iria nascer simples
e unicamente uma das naturezas do Redentor – a humana, porque esta natureza não
seria personalizada, nem existiria antes e à parte de sua união com a Segunda
Pessoa da Trindade, que possuía a natureza divina, o Verbo. Um ser completo,
Deus-Homem, uma Pessoa com duas naturezas haveria de nascer de Maria. Todavia,
esse ser pessoal deveria sua personalidade e sua natureza divina de Deus, e sua
natureza humana de Maria. Quando houve a união das duas naturezas numa
manifestação poderosa do Espírito Santo no ventre da mãe, então passou a
existir um ser pessoal em Maria que, depois de nove meses, saiu do seu ventre.
Por isso se diz que ela haveria de conceber
e de dar à luz. Houve, obviamente, o
intervalo natural de nove meses entre a concepção e o dar à luz, como em todas
as crianças que vêm de mulher. Por essa razão Lucas registra que, “ao
completarem-se-lhe os dias” (Lc 2.6), chegou o tempo do nascimento. O nome
dessa criança foi Jesus. Esse Jesus,
que significa “Salvador do Seu povo” (cf. Mt 1.21), é a Pessoa completa, divino-humana
do Redentor.
Essa Pessoa teria duas naturezas unidas numa geração misteriosa.
“Então disse Maria ao anjo: Como
será isto, pois não tenho relação com homem algum?” (Lc 1.34).
Como esse Jesus poderia ser
nascido de Maria se ela não tinha qualquer relação sexual com homem algum? Esta
pergunta revela o espanto de Maria diante de tão grande revelação. Maria estava
assombrada com esse acontecimento que lhe parecia impossível. Então, o anjo do
Senhor lhe informou sobre como essas coisas se dariam.
Certamente a concepção de Jesus Cristo seria
sobrenatural (e é claro que Seu nascimento
foi natural). Ele haveria de
nascer como os demais homens, mas não haveria de ser concebido como eles. Ele não seria concebido de uma forma comum a
todos, mas de uma forma misteriosa e profunda, que sobrepassa a compreensão da
lógica humana. A concepção de Jesus talvez seja o mistério mais profundo da fé
cristã, pois mostra como Deus faz com que a Segunda Pessoa da Trindade, o
Filho, seja unido a uma substância humana (não personalizada) de maneira divina
que recebe sobre si uma natureza humana. Essa união é tão poderosa que nunca
mais as duas naturezas se separam, nem mesmo na morte do Redentor.
As duas naturezas dessa Pessoa seriam unidas por uma ação sobrenatural
“Descerá sobre ti o Espírito
Santo e o poder do Altíssimo te envolverá com a Sua sombra” (Lc 1.35).
Essa ação sobrenatural da parte
do Espírito foi absolutamente poderosa, miraculosa e misteriosa. Houve a união
das duas naturezas quando se deu a ação sobrenatural do Espírito Santo sobre
Maria. Uma substância (que continha todas as propriedades da natureza humana)
foi acrescida à Pessoa Divina, com natureza divina, de forma que o Redentor
passou a ser vere Deus et vere homo
(verdadeiro Deus e verdadeiro Homem) simultaneamente. A ação do Espírito Santo
fez com que as duas naturezas ficassem unidas – a que veio de Deus e a que veio
de Maria, de modo que, desde então, nunca mais elas existem separadamente.
O mistério tem a ver com a ação
do Espírito que envolveu Maria. Esse mistério está relacionado com a sombra divina que a envolveu. O que se
pode dizer dessa ação misteriosa? Que não houve nenhuma injeção física vinda de
Deus no ventre de Maria (como as relações mitológicas de deuses e mulheres),
pois a sobrenaturalidade do ato não torna necessária a introdução de algum
elemento físico para gerar o Redentor dentro de seu ventre. Não houve nenhuma
ejaculação – em contraste com os deuses da mitologia grega – do Espírito Santo.
Foi um ato sobrenatural, não uma relação sexual. Ele é o Criador de todas as
coisas. Ele criou do nada. Isto foi fácil para o Deus Todo Poderoso! Diante deste
mistério nos calamos e não ousamos ir mais além, mas apenas adorar este
grandioso Deus em Suas misteriosas obras! Como salientou Paulo em 1Timéteo 3.16:
“Evidentemente, grande é o
mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne foi justificado em
espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo,
recebido na glória”.
A ação sobrenatural sobre Maria tornaria a Pessoa com as duas naturezas
SANTAS.
Voltemos à pergunta do irmão
Raphael: Querido, pergunto: O sangue de
JESUS ERA O MESMO DE MARIA SUA MÃE, Se ERA COMO PÔDE JESUS SER SANTO?
A preocupação do irmão é a
seguinte: se o Senhor Jesus tivesse apenas o sangue de Maria isto não o
tornaria impuro?! A resposta é: NÃO! Pois, como já deixamos transparecer na
argumentação acima, nosso Senhor possuiu 100% o sangue de Maria. Ele não
precisava ter “sangue divino” para ser santo. Ele foi e é santo por Ser Deus
eternamente. E outro detalhe: Deus é espírito! Ou seja, Ele não tem sangue
material como nós, criaturas, temos. Isto é pensamento de algum filme de ficção
científica que mostra os deuses e anjos sangrando. Devemos renúncias estas
ideias tolas e ficar com a revelação de Deus em Sua palavra.
Vejamos o que diz Lucas 1.35b: “[...] por isso também o ente Santo que há de nascer será
chamado Filho de Deus”.
Se o Senhor Jesus Cristo
houvesse sido gerado de maneira natural (e não sobrenatural como o foi),
certamente Ele não poderia ser chamado “Ente
Santo”. A santidade de Sua natureza divina é essencial, e a santidade de
Sua natureza humana é derivada, mas perfeita. A ação sobrenatural da concepção
operada pelo Espírito Santo é que torna santa a natureza humana do Redentor
(não Ele possuir sangue divino). A santidade desse “Ente” deve-se ao fato de a natureza humana recebida de Maria ter
sido unida inseparável e indissoluvelmente à natureza divina santa da Segunda Pessoa
da Trindade, o Filho de Deus. Se não houve a ação sobrenatural de Deus, o
Redentor poderia ter recebido alguma coisa pecaminosa da natureza corrupta de
Maria. Todavia, Deus tornou santa essa natureza humana no ato da concepção que
aconteceu na unio personalis (unipersonalidade), ocasionando a
existência do Redentor divino humano no ventre de Maria. A sobrenaturalidade da
misteriosa obra divina na encarnação é que tornou possível a santidade DAQUELE
que estava para nascer do ventre da Virgem.
Foi uma concepção virginal misteriosa
Aqui na concepção virginal repousa todo o
mistério cristológico. Este é um ponto em que não podemos caminhar com toda a segurança nos seus detalhes. Mas,
ir até onde a revelação das Escrituras nos permitem falar. Se elas se calam é
melhor e sábio também fecha nossa boca. Pois, essa obra se trata de uma obra
eminentemente miraculosa do Espírito Santo sobre Maria.
Nem Mateus nem Lucas, a despeito
de alguns detalhes mencionados na anunciação, conseguem explicar o que
realmente aconteceu naquela ocasião. A unipersonalidade
ocorrida no ventre de Maria, que envolveu a ação sobrenatural do Espírito
Santo, escapa ao nosso entendimento. Jamais qualquer mortal poderá penetrar as
profundezas dessa obra divina que nos permanece escondida em seus aspectos
misteriosos. A única coisa patente que sabemos dessa misteriosa concepção
virginal é que ela aconteceu por obra e graça de nosso Deus, como cumprimento
histórico das resoluções do Conselho Eterno da Redenção feitas no círculo
trinitário, e do Pacto Eterno da Redenção feito entre o Pai e o Filho. John MacArthur diz: “o nascimento
virginal é uma doutrina que não é plenamente descritível para a mente humana,
mas ela é uma [doutrina] essencial para preservar a natureza de Jesus como o
Salvador que era Deus e Homem. Assim, a concepção virginal e a divindade de
Cristo são essenciais para a mensagem cristã e são cruciais para explicar e
defender, à medida que você e eu compartilhamos o evangelho com os perdidos.”.
UM REDENTOR SANTO.
Se Cristo fosse gerado de um
homem, certamente seria não somente uma pessoa humana, mas seria uma pessoa
humana pecadora (porque, como todos nós, herdaria a corrupção de Adão). A Sua
santidade não seria possível se o Ente dentro dela fosse gerado de José.
No entanto, não podemos
considerar a concepção e o nascimento virginais como determinantes para a
SANTIDADE DO REDENTOR. Essas duas coisas não são essenciais para Sua
impecabilidade, como alguns teólogos têm asseverado. Não podemos pensar que a
culpa (assim como a corrupção) seja transmitida por geração ordinária pelo
macho, pois estaríamos batendo de frente contra alguns textos da Escritura. Veja
um exemplo: Salmo 51.5: “Eu nasci na
iniquidade, e em pecado me concebeu minha
mãe”. A natureza pecaminosa dos filhos também procede da mãe, não somente
do pai. Esse texto indica que a mulher “contribui igualmente para a composição
total do físico e do espiritual dos filhos que vêm por geração natural”. Assim
como o pai, a mãe participa na formação de todas as características dos filhos,
inclusive as características que estão relacionadas com a natureza pecaminosa. Não
é saudável, portanto, afirmar que a pecaminosidade procede do elemento
masculino. E muito menos do ato sexual.
Além disso, nos defrontamos com
outro problema. Por que Jesus Cristo não herdou a natureza pecaminosa de Maria?
A resposta da igreja de Roma era porque a própria Maria foi livre do pecado. Para
explicar a imaculada conceição de Jesus, Roma inventou a imaculada conceição de
Maria. Todavia, não há nenhuma sugestão na Escritura de que Maria tenha sido
santificada para poder receber a ação do Espírito na concepção do Senhor Jesus.
Heber Carlos de Campos, um dos maiores teólogos brasileiro na área
da Cristologia, afirma que a unipersonalidade do Redentor, causada pela ação
sobrenatural do Espírito em Maria, é que tornou possível a obtenção da natureza
humana totalmente santa do Redentor. A razão disso é porque uma natureza humana
pecaminosa (advinda de Maria) não poderia unir-se à personalidade do Verbo
(Deus Filho) com natureza divina e perfeitamente santa. Todavia, pela ação
santa do Espírito Santo, os elementos componentes da natureza humana derivados
de Maria vieram santos para Aquele que foi chamado “Ente Santo” (Lc 1.35) já desde o ventre materno. Então, a causa da
santidade de Cristo Jesus não era os 50% de sangue divino, conforme afirmado
pelo irmão Lúcio.
Com todo respeito e carinho ao
amigo Lúcio, pois aqui, nesta exposição, não tem nenhum ataque à sua pessoa e
ministério, mas sim as falsas ideias comum em muitas pessoas, deixo esta
meditação expositiva para correção com amor. Ainda lamento, por expressões que
o Lúcio usou, como: Não há aqui nenhum
discurso preparado, pois isso para mim é vida no ser e não formatação teológica
o pedagógica humana, mas revelação do próprio Deus no ser, assim como Pedro
disse a Jesus tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
Infelizmente, isto não é
revelação de Deus tal como recebida por Pedro. Não devemos procurar coisas
inusitadas na interpretação das Escrituras, mas procurar ser ministros fiéis do
santo evangelho e da imensa herança teológica que temos a nossa disposição. O que
expus, “contrariando” meu amigo, é uma formatação teológica e pedagógica de
homens que procuraram humildemente entender, até onde nos permite as Escrituras,
um dos grandes mistérios da fé cristã.
Diante de tão grande mistério
faço minhas as palavras do grande paladino da fé cristã: “Ó profundidade da
riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são
os Seus juízos, e quão inescrutáveis, os Seus caminhos! Quem, pois, conheceu a
Mente do Senhor? Ou quem foi o Seu conselheiro? Ou quem primeiro deu a Ele para
que lhe venha a ser restituído? Porque Dele, e por meio Dele, e para Ele são
todas as coisas. A Ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Rm 11.33-36)
Vosso servo, Ivan Teixeira.
Minha consciência é escrava da Palavra de Deus!
Soli Deo glória!
5 comentários:
seria bom que o senhor resumisse um pouco mais as materias,ficam mais compreensiveis.
Excelente explicação, parabéns!Tem muita lógica.
MARIA TINHA EM SUA GENÉTICA "EM SEU SANGUE O PECADO " E JESUS "NÃO PODERIA TER EM SUA GENÉTICA HUMANA PECADO "!SE ASSIM FOSSE QUALQUER HOMEM COM PECADO EM SUA GENÉTICA PODERIA MORRER PELA HUMANIDADE "! MAS O SANGUE DE JESUS"!NOS PURIFICA"DE TODO PECADO "! EXATAMENTE POR NÃO HAVER NELE PECADO "! SABEMOS QUE TODOS PECARAM "INCLUSIVE MARIA "! ISSO É CONHECIDO POR "PECADO NATURAL "! A TRANSFERÊNCIA DE SANGUE DE MARIA PARA JESUS "!É TOTALMENTE SOBRENATURAL.
Se o nascimento de Jesus foi um ato sobrenatural, não houve necessidade alguma de ter particpação de Maria em nada, isto quer dizer, que Jesus no ventre de Maria foi sustentado totalmente pela ação do ES. Maria foi apenas um ventre, emprestado, se é que podemos usar esta expressão... Isto quer dizer, que Jesus não tinha o sangue de Maria, não tinha DNA de Maria, Maria participou nesse ato miraculoso, apenas emprestando seu ventre, somente isso... Se dissermos o contrário, vamos cair na loucura do discurso da igreja de Roma, que Maria era mae de Deus e que o sangue que foi vertido na cruz, foi o sangue de Maria também. A ICAR, para sustentar seu discurso de que Jesus recebeu o sangue de Maria, diz que Maria não herdou o pecado original, por isso Jesus, que foi sustentado por seu sangue em seu ventre, também não herdou esse pecado... A concepção e tudo mais no ventre de Maria foi puramente obra do ES, Maria foi penas um ventre emprestado. Diante disso, podemos dizer, que nem Maria nem José foram pais biológicos de Jesus, mas pais por criação!
A palavra de Deus diz que Maria é mãe de Jesus e não mãe adotiva e nem barriga de aluguel ( Lc 1,35. Mt 1,18. Mc 6,3. João 2,1) e a palavra de Deus diz que Jesus é descendente do rei Davi segundo a carne (Rm 1,3). Só na sua cabeça oca não cabe isso. Se Deus não quisesse ter uma mãe segundo a carne, ele teria vindo pronto do céu. As seitas protestantes no intuito de diminuir aquela que Deus exaltou ( Lc 1,28.42) fazem tudo para negar a maternidade divina de Maria, mas não adianta porque a Bíblia diz que ela é a Mãe do Nosso Senhor ( Lc 1,43). Eu não consigo entender como uma pessoa professa ser cristão e deseja ir para o céu, menosprezando o papel da Virgem Maria no plano da salvação .
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