Discípulos de Cristo Jesus

Vivendo Para a Glória de Deus!

A vida cristã deve ser vivida para a glória de Deus somente. Em tudo o que nos empenhamos e fazemos devemos procurar a glória de Deus. Paulo chegou a dizer que até mesmo as coisas mais curriqueiras da vida como o beber e o comer devem ser feitos para a glória de Deus (1Co 10.31).

Nenhum de nós viveremos na plenitude se não vivermos voltados para a glória de Deus. Pois, a plenitude da vida está em viver para a glória de Deus. A glória de Deus produzirá a verdadeira vida plena de satisfação em Deus.

O pastor e escritor John Piper foi feliz quando afirmou que Deus é mais glorificado em nós quanto mais nos alegramos Nele. A glória de Deus e nossa alegria são faces de uma mesma moeda. Quando procuramos verdadeira satisfação vislumbramos e refletiremos a glória de Deus. Pois, a verdadeira alegria resulta na contemplação apaixonada do único ser no universo que tem toda a glória e beleza. A contemplação da beleza de Deus nos deixa encantados e sobressaltados ante inenarrável resplendor.

O Breve Catecismo de Westminster indaga: Qual o fim principal de todo o homem? Ele mesmo responde: O fim principal de todo homem é glorificar a Deus e se alegrar Nele para sempre.

A nossa alegria e a glória de Deus é o propósito de Deus para nossas vidas e o alvo da vida cristã. Toda a plenitude da vida cristã se resume na contemplação do Ser eterno de Deus na Pessoa maravilhosa de Cristo Jesus pela obra persuadora e renovadora do Espírito Santo.

Soli Deo Gloria!

sábado, dezembro 19, 2009

Reformado Pentecostal: Crente de Mente e Coração!

A Igreja da Palavra e do Poder

Infelizmente somos tentados a viver nos extremos. Ora estamos num pólo ora noutro. Quantos de nós não estivemos envolvidos em discussões acalentadoras sobre pontos aparentemente divergentes de ensinamentos bíblicos? Os famosos paradoxos da Teologia Bíblica (e.g. Soberania de Deus e Responsabilidade Humana). Quantos já não ouviram as palavras “tradicionais” e “pentecostais” ou mesmo Reformados e Renovados em debates? Há muitos que dizem: “eu sou Tradicional/Reformado porque creio na Bíblia como único meio que Deus nos fala hoje”; outros afirmam: “sou Pentecostal/Renovado porque creio nos dons do Espírito de que nos fala a Bíblia”.
Esse debate é chamado no meio erudito de cessacionistas VS. não cessacionistas. Tradicionais que crêem na Bíblia, mas que dizem que os dons cessaram. Do outro lado do espectro temos os Pentecostais que também crêem na Bíblia e dizem que pelas Escrituras os dons continuam atuais.
Para nossa infelicidade os evangélicos, como podem ser chamados os dois grupos, pois ambos são herdeiros das mesmas riquezas da fé eclesiástica como veremos mais na frente, têm se digladiado bastante. E para vergonha de ambos, tem havido exageros nas defesas de suas respectivas visões. Há histórias de pessoas que foram espancadas e perseguidas por que acreditava num dos dois lados.

Será que nós cometeremos os mesmos erros de nossos ancestrais? Será que ainda ficaremos divididos numa Igreja da Palavra e numa Igreja do Poder? Será que viveremos ou numa Igreja da Teologia ou numa Igreja da Experiência? Será que ainda seremos chamados divisoriamente de Reformados de um lado e Pentecostais do outro? De Tradicionais que só conhecem sobre Deus e de Renovados que conhecem a Deus? De pessoas que gostam de estudar a Bíblia e de pessoas que gostam de orar?
Será que cometeremos o mesmo erro dos discípulos do Senhor Jesus quando disseram ao Mestre: “[...] vimos um homem que, em Teu Nome, expelia demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não seguia conosco” (Mc 9.38)? Só porque não pertence ao nosso “Grupo Reformado” ou “Grupo Pentecostal” vamos proibi-lo de exercer o ministério em Nome do Senhor? Vamos marginalizá-lo? Diremos como os Reformados/Tradicionais: “Estes Pentecostais são gentes sentimentalistas”? Ou vociferaremos como os Pentecostais/Renovados: “Eis ai, esses Reformados secos e intelectualistas”?
A resposta do Senhor Jesus continua penetrante para ambos os “grupos”: “Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em Meu Nome e, logo a seguir, possa falar mal de Mim. Pois quem não é contra nós é por nós” (Mc 9.39,40).

Solução: A solução propostas por muitos líderes fiéis de ambas as vertentes é pegarmos os pontos fontes de ambos os espectros evangélicos e nos unirmos para formarmos, como realmente a Escritura nos registra, um só povo procurando manter a unidade do Espírito pelo vínculo da paz (Ef 4.3).
Como disse um autor metodista: “Como cristãos wesleanos temos de recuperar nossa herança de religião prática mesclada com autoridade bíblica” . Já vemos aqui um grande ponto inicial para a conciliação das duas vertentes protestantes.
Sabemos que em ambos os lados, Reformados e Pentecostais, encontramos pontos fracos e fortes. Os Reformados enfatizam que os dons já cessaram e de que precisamos somente da Bíblia. Os Pentecostais dizem que os dons continuam ativos por toda era da Igreja do Senhor Jesus. Os Reformados têm medo de experiências e às vezes despojam-se das emoções. Os Pentecostais têm medo da doutrina, da teologia e muitas vezes despojam-se de um estudo cuidadoso das verdades da Palavra de Deus.
Isto é apenas um ponto entre o que ambos diferem. Nossa proposta com esta palestra é “recupera nossa herança de religião prática mesclada com autoridade bíblica”. Nós objetivamos ter uma religião que fale à mente (Reformados), mas também fale ao coração (Pentecostais). Desejamos ter luz na mente, com uma ênfase particular nas Escrituras como nossa única regra de fé, sola scriptura (Reformados), mas também desejamos ter calor no coração como resultado (aplicação) das verdades aurifulgentes das Escrituras como nossa única regra de prática (Pentecostais).

Todos nós devemos afirmar e crer na proposição: A Escritura é a nossa única de regra de fé e prática. A Escritura é a Palavra de Deus para o homem total! A Escritura fala tanto a mente como também ao coração. Ela aborda assuntos do intelecto, mas também assuntos da alma e das emoções.

Nossa proposta é pegar os pontos fontes de ambos os lados e formar uma Igreja Reformada Pentecostal. Ou como disse acertadamente Doug Banister “uma Igreja da Palavra e do Poder”.
Você que é um Pentecostal seja um “Pentecostal de coração e mente”. E você que é um Reformado seja um “Reformado de mente e coração”.
Não só uma parte de nosso ser deve está envolvida em nossa religiosidade. Mas todo o nosso ser deve cultuar, adorar e dedicar-se a Deus e a Suas coisas. Como diriam os Reformadores, todo o nosso ser deve está coram Deo, ou seja, “diante de Deus”. Nossa mente, emoções, coração e forças físicas devem está diante de Deus. Tudo deve ser para a glória de Deus. Devemos adorar a Deus com todo o nosso ser.

Nosso Senhor nos mostra como a vida cristã deve ser vivida. Será que é vivida somente da forma Reformada, enfatizando apenas o intelecto ? Ou deve ser vivida da forma Pentecostal, enfatizando as emoções ? Vejamos o que diz nosso bondoso e maravilhoso Mestre quando Lhe perguntaram “Qual é o principal de todos os mandamentos?”:

“Respondeu Jesus: O principal é: Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor! Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força.” (Mc 12.29,30).

O dever completo do homem e da mulher, toda a lei moral-espiritual e a essência do culto verdadeiro, podem ser resumidas numa simples frase: “amar a Deus com todas as suas faculdades que Deus lhe deu; amar a Deus com todo o nosso ser. O homem total deve se dedicar total e exclusivamente a Deus em adoração e serviço”. O Senhor Jesus enfatiza que é errado servir a Deus apenas com um aspecto de nosso ser, como fazem ora os Reformados e ora os Pentecostais. Devemos dedicar todas as nossas faculdades ao serviço de Deus. E isso é um chamado tanto aos Reformados quanto as Pentecostais. Devemos ser servos de Deus na totalidade de nosso ser. Devemos ser, para usar classificações, crentes Reformados e Pentecostais. Juntando de ambas vertentes evangélicas seus pontos fortes. E cada ponto fraco ou é excluído ou fortificado pelo ponto forte da outra vertente.
Não precisamos cair na tendência de muitos adotando uma teologia do tipo “ou... ou”, mas devemos adotar uma teologia “tanto... quanto”. Devemos orar a Deus para que Ele nos liberte da “tirania do OU” e nos dê um “espírito do TAMBÉM”. Em vez de escolher A ou B, vamos unir os pontos fortes dos dois, Reformados e Pentecostais, e fazer uma teologia A e B. Uma teologia da mente e do coração. Uma teologia que engloba o ser total do homem para a glória de Deus e edificação da Igreja.
Como disse acertadamente F. Scott Fitzgerald: “O teste da mais alta inteligência é a capacidade de manter idéias opostas na mente ao mesmo tempo, e ainda assim manter a capacidade de funcionar” .
Que Deus nos ajude nesta labuta e nos capacite a manter as ênfases tanto Reformada quanto Pentecostal ao mesmo tempo, e ainda assim sem perder a capacidade de funcionar. A funcionalidade de uma igreja Reformada Pentecostal ou uma igreja da Palavra e do Poder dependerá do nosso empenho e destreza para manter os pontos fortes de ambas as vertentes sem nos desequilibrarmos para os extremos. Em outras palavras, devemos manter a capacidade de equilíbrio das idéias “opostas” (paradoxais) sem perder de vista a funcionalidade de nossa religião.
Acredito que os pontos fortes de ambos as vertentes evangélicas podem suprir as suas respectivas fraquezas.

sexta-feira, dezembro 04, 2009

Não devemos virar as costas para o SENHOR nosso Deus!

Moisés, servo de Yahweh, recebeu uma ordem expressa de que todas as tribos de Israel acampassem ao redor do Santuário e de frente a ele. A Tenda da Congregação se tornaria o centro das habitações, trabalhos e vidas de cada israelitas. Ali, bem no centro da Tenda da Congregação, estava o Trono de Deus representado pela a Arca da Aliança e mui especificamente pela tampa da Arca chamada propiciatório ou Trono de Misericórdia. Em outras palavras, a própria Pessoa de Yahweh era o centro da vida de cada israelita. Em tudo que eles fizessem deveriam fazê-lo com a perspectiva da centralidade de Deus em suas vidas. E tudo que eles fossem, deveriam ser por causa da centralidade do Trono de Deus em suas vidas.

A igreja brasileira tem perdido em muito por não atinar para esta realidade bíblica! Como somos imbecis aponto de não procurarmos a orientação bíblica, mas sim correr freneticamente atrás das novidades do mercado consumista da fé e, basear nossas vidas e ministério não no que as Escrituras diz, mas nas filosofias pragmáticas da sociedade pluralista.
Como vermos igrejas lançando às suas costas o Deus Todo Poderoso! E isto é conseqüência da má liderança de muitos. Como Jeroboão muitos líderes viram as costas para Deus (1Rs 14.9). Uma liderança bem sucedida é aquela que está acampada ao redor do santuário de Deus e de frente a ele. Em outras palavras, Deus deve ser o centro de uma liderança bem sucedida. O Senhor Jesus deve ser o alvo de nossa vocação como o foi para o grande apóstolo Paulo (Fp 3.14).

O grande rei Ezequias conclamou os levitas a santificarem suas vidas e tirarem toda a imundícia da casa do SENHOR. Visto que os antepassados "prevaricaram e fizeram o que era mal perante o SENHOR nosso Deus, e o deixaram; desviaram os seus rostos do tabernáculo do SENHOR, e lhe voltaram as costas" (2Cr 29.6).
Quando desviamos os nossos rostos do "tabernáculo do SENHOR" estaremos lançando Deus para nossas costas. Esta expressão "lhe voltaram as costas" implica possivelmente em desprezo. Nosso Senhor Jesus disse para Satanás: "Vai-te para trás de Mim, Satanás" (Lc 4.8 ACF).
Então, quando lançamos Deus para trás das nossas costas em desobediência estamos desprezando o SENHOR. Não estamos nos importando com Ele. Para nós Ele não tem nenhum valor. Nos deleitamos no pecado e não Nele. Amamos o que Ele odeia, e odiamos o que Ele ama.

Devemos nos converter e fixa nosso olhar, nossa vida, ou seja, todo o nosso ser ao SENHOR que nos resgatou em Cristo Jesus.

Olhando firmemente para Jesus, Auto e Consumador da fé (Hb 12.2).

Salmo 2.11: Serviço reverente e alegre

TEMA: A Alegria reverente que glorifica a Deus.

"Servi ao SENHOR com temor, e alegrai-vos Nele com tremor.

Há duas verdades neste texto:
(1) Deus deve ser cultuado com reverência.
(2) Deus deve ser cultuado com alegria.
Alegria reverente e a reverente alegria são as duas faces da moeda da adoração a Deus.

Uma pessoa que adora a Deus somente com reverência, mas não tem prazer/alegria nesta adoração ela está sendo falha. A verdadeira adoração exige de nós tanto reverência, porque o Senhor ao quem adoramos é Santo, quanto alegria, pois o Deus a quem reverentemente servimos é um Deus alegre "porque a alegria do SENHOR é a vossa força" (Ne 8.10).

Infelizmente somos criaturas atingidas mortalmente pelo pecado. E este nos traz desequilíbrio constante em nosso relacionamento com Deus. Mas, Deus que é profuso em Sua graça nos socorre pelo Seu evangelho e nos restaura para uma vida moderada que o glorifique continuamente. Cristo morreu, ressuscitou e está a direita do Pai para nos proporcionar uma vida entre os extremos. O evangelho do Senhor Jesus, uma mensagem de arrependimento constante e fé viva, nos proporciona um culto reverente e uma alegria reverente diante de Deus em adoração.

A vida de um servo e serva de Deus deve ser de serviço santo a Deus.
Não consigo imaginar uma pessoa salva pela infinita e imerecida graça de Deus cultuando-o sem respeitá-Lo. Deus merece ser cultuado por uma vida santa. Um serviço santo agrada a Deus e o cultua segundo a prescrição das Escrituras. Ele disse para Moisés que aqueles que se chegasse a Ele deveria santificá-Lo. Nosso Senhor Jesus falou que devemos ter em mente que o Deus a quem oramos chama-Se "Pai Santo" e devemos "santificar o Seu Nome". Nenhum de nós seremos bem-aventurados no serviço a Deus se primeiramente não compreendermos Quem Ele É. Seu caráter é importante na adoração. Infelizmente presenciamos uma geração alquebrada pela irreverência no local de culto. Uma geração brincando com as coisas de Deus e com o próprio Deus. Elas vivem diariamente no pecado e querem se aproximar de Deus com suas vidas sujas por pecados não confessados. Isto é afronta a Deus. Isto é irreverência ao Santo de Israel! Ir até Ele com uma vida constante de pecados é desrespeitá-Lo. Na linguagem divina transmitida pelo profeta Malaquias é melhor as pessoas ficarem em suas próprias casas fazendo o que elas quiserem do que virem ao santuário desonrarem a Deus com seus cultos trôpegos. Infelizmente na época do profeta Malaquias o povo não estava cultuando a Deus com temor.

O culto a Deus deve ser feito por uma vida em santificação contínua. O evangelho que recebemos não pode ficar na margem de nossas vidas, ele deve ser o centro de todo o nosso viver. E a mensagem do evangelho é uma mensagem de contínuo arrependimento de nossos constantes e maléficos pecados e fé no Salvador. Nós nos arrependemos no começo e continuamos nos arrependemos do começo ao fim. O Senhor Jesus disse: "O tempo está cumprido e o Reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho" (Mc 1.15). Tanto o arrependimento, a confissão contínua de nossa miserável situação diante de Deus, quanta a fé, uma vida constante que abraça o Salvador e Nele se deleita, devem fazer parte de nosso serviço a Deus.

Em segundo lugar, a vida de um servo e serva de Deus deve ser de serviço alegre a Deus.
Não consigo, também, mentalizar uma pessoa salva pela infinita e grandiosa graça suprema de Deus que o cultue sem paixão, sem alegria. Deus merece ser cultuado por uma vida alegria. Aliás, nosso serviço/culto deve ser uma alegria Nele com tremor. Vejam que o salmista está dizendo que sua alegria é em Deus somente. E este seu culto alegre em Deus não O desrespeita, mas reconhece o Seu caráter e treme diante de Sua santa Pessoa. Isto que é culto, meus irmão! Isto que é cristianismo! Uma vida alegre que reconhece o caráter santo de Deus aponte de tremer diante Dele. Deus disse pelo profeta Isaías: "Porque a Minha Mão fez todas estas coisas, e todas vieram a existir, diz o SENHOR, mas o homem para quem olharei é este: o aflito e abatido de espírito e que treme da Minha Palavra" (66.2).

É triste notar que pessoas vivem em extremos. Reconheço que existe vários estilos de culto denominacionais. Não digo vários tipos de adoração, porque nosso Senhor falou que a verdadeira adoração é em espírito e em verdade. Mas, uns cultuam com palmas outros com pandeiros e assim vai (tantos gostos há, tantos estilos haverá, mas creio que todos devem ser guiados pelos princípios da verdade de Deus. Pois, nosso Senhor falou que a adoração é baseada na verdade "em verdade"). Mas o que desejo enfatizar é que o verdadeiro culto deve ser um deleite Naquele que está sendo cultuado, ou seja, o culto bíblico é um deleite em Deus. Uma alegria em Deus. Cultuar é sentir prazer pela Pessoa de Deus e não simplesmente se deleitar em Suas dádivas. Estas não são fins em si mesmas. Elas são meios que Deus utiliza para nos levar ao prazer Nele somente.


Dicas de idéias para pregadores por Charles H. Spurgeon:
VERS. 11. Experiência mista. Veja o caso das mulheres voltando do sepulcro (Mateus 28.8). Isso pode ser apresentado como assunto muito consolador, se o Espírito Santo dirigir a mente do pregador.
A verdadeira religião, um composto de muitas virtudes e emoções.


Então ouça novamente a exortação bíblica: "Servi ao SENHOR com temor, e alegrai-vos Nele com tremor" (Sl 2.11).

sexta-feira, setembro 11, 2009

Três Grandes Investidas de Satanás Contra a Igreja


Leitura Seleta: Atos 6.1-7.


Comentário: Sempre notamos na história da igreja dois erros com relação à pessoa de Satanás. O primeiro é subestimar a Satanás. Há crentes que ignoram a presença e a malignidade deste arquiinimigo do Cristianismo. Paulo escrevendo sua 2a Carta à Igreja em Corinto disse que os cristãos deveriam perdoar o ofensor “para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios” (2.11).
Como disse acertadamente Simon Kistemaker “Os ressentimentos na congregação são aproveitados rapidamente por Satanás para minar a saúde espiritual da igreja”[1].

O segundo erro cometido pela igreja em relação à pessoa de Satanás é a superestimação. Mesmo que ele seja um grande inimigo da igreja, sabemos que ele é um inimigo derrotado e limitado. Cristo derrotou Satanás na cruz (Cl 2.15). Cristo manietou o valente (Lc 11.21,22). Cristo desfaz as obras do Diabo (1Jo 3.8). Satanás não é todo poderoso. Somente Deus é Todo Poderoso e diante dEle não há rival. Não podemos aceitar a filosofia platônica que ensina que existem dois grandes poderes se digladiando. Satanás e Deus não estão em uma queda de braços. Deus é soberano e está assentado no Seu alto e sublime trono e faz tudo segundo o conselho de Sua vontade e, ninguém pode estorvar Sua poderosa mão (cf. Ef 1.11; Dn 4.35). Satanás tem que pedir permissão para fazer qualquer coisa no universo de Deus contra Seus eleitos (cf. Jó 1.10; Lc 22.31).

Tendo esta visão equilibrada de nosso arquiinimigo devemo-nos “Revestir de toda a armadura de Deus, para poderdes [mos] ficar firmes contra as ciladas do diabo” (Ef 6.11).

Satanás ainda pede para peneirar os servos de Deus. Ele investiu três grandes ciladas contra a Igreja Primitiva. Satanás objetiva deter a Igreja de Cristo Jesus. Ele odeia Cristo e Sua Igreja. Devemos está alertas e revestidos para resisti-lo firmes na fé para que ele fuja de nós (1Pe 5.9).

Satanás tenta calar o testemunho da igreja a respeito da Pessoa e obra de Cristo Jesus. Ele usou três expedientes para calar a Igreja Primitiva. E hoje ele continua a usar de artimanha para impedir o progresso da igreja de Cristo.

Oração Interrogativa: Quais são as três grandes investida de Satanás contra a Igreja do Senhor?

Oração Transitiva: Olhando para os capítulos 4, 5 e 6 do Livro de Atos dos Apóstolos podemos elencar as três armar usadas pelo diabo para deter o navio triunfante da igreja. Ele ainda se utiliza destes fúteis ardis para deter a igreja.

I. Prisões, Ameaças e Perseguições (caps.4 e 8).
Satanás está empenhado em “silenciar os pregadores através da perseguição física”[2].
(1) Presos por pregarem: Dentro do contexto de perseguição os apóstolos, Pedro e João, foram presos, pois os teólogos liberais da época, os saduceus, estavam “ressentidos por ensinarem eles o povo e anunciarem em Jesus a ressurreição dentre os mortos” (At 4.2,3).

(2) Ameaça aos pregadores: O Sinédrio ameaçou Pedro e João para não falarem e nem ensinarem em o Nome de Jesus (vv.17,18).

Diante da prisão e ameaças vemos a reação dos líderes da Igreja Primitiva:
Reação de Pedro e João à ameaça: “Mas Pedro e João lhes responderam: Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus; pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos” (At 4.19,20).
Mesmo sob ameaça das autoridades judaicas os apóstolos, Pedro e João, não desanimam, pois há uma autoridade maior que o próprio Sinédrio, Deus.

Oração Transitiva: Esta primeira investida de Satanás foi vencida pela pregação ousada dos líderes e pela oração unânime da igreja. Agora, podemos falar sobre a segunda estratégia satânica para impedir o avanço triunfante do “navio Igreja de Cristo”.

II. Escândalo Moral (cap.5).
Em sua primeira abordagem Satanás havia atacado a Igreja externamente e foi derrotado. Mas o inimigo nunca desiste; apenas muda de estratégia. Quando isso não deu certo, Satanás decidiu atacar internamente e usar pessoas que faziam parte da comunhão dos cristãos[3].
Umas das grandes lições deste texto é: Satanás usa crentes!


Também não tenho dúvidas de que a grande lição que subjaz nesse texto é:
Deus Não Tolera o Pecado: Umas das grandes heresias do século II proposta por Marcião, às vezes se apresenta como uma doutrina cristã. Segundo ele, o Novo Testamento prega um Deus de amor que é superior, enquanto o Deus do Antigo Testamento é uma divindade inferior que se preocupa com julgamento, ira, justiça e que executa os desobedientes.

Aplicação: Uma coisa é certa, se não somos um instrumento do Espírito Santo para edificação da Igreja de Cristo, seremos um instrumento de Satanás para destruição dela (organização). Lembremos da exortação de Paulo em Efésios 4.27: “Nem deis lugar ao diabo”. Numa outra tradução desta passagem lemos: “e não dêem ao diabo um ponto de apoio”. Não devemos conceder a Satanás nenhum espaço, nenhum ponto que lhe sirva de entrada, nem mesmo para enfiar o pé[4]. Satanás deseja uma brecha apenas para entrar na fortaleza das nossas mentes. Se ele não encontra brecha fará de tudo para promovê-la.

Oração Transitiva: Esta segunda investida de Satanás foi vencida pela coragem ousada e discernimento dos líderes e pela oração unânime da igreja. Uma igreja que ora enfrentará desafios, mas se confiar no Senhor Jesus será vitoriosa.
Agora, podemos falar sobre a terceira estratégia satânica para impedir o avanço triunfante do “navio Igreja de Cristo”.

III. A Distração, Abandono e Negligência (cap.6).
No primeiro ataque que Satanás investiu contra a igreja foi através da perseguição; no segundo ataque ele se utilizou do expediente da mentira; mas agora ele se utiliza da distração, do abandono, da negligência das verdadeiras prioridades dos líderes e igrejas.
Podemos até dizer que Satanás se utilizou das coisas de Deus para distrair os líderes do próprio Deus. Ele se utilizou dos serviços do Reino, que são bons em si mesmos, para impedir os líderes da igreja de se dedicarem a Deus.

Se Satanás conseguisse distrair a liderança destas duas balizes ministerial conquistaria terreno para deter a marcha da igreja de Cristo. Satanás sabe que estes são os dois trilhos sobre os quais a igreja caminha. Satanás sabe que se a igreja abandonar estes dois lemes de seu navio espiritual ela vai a pique.
Mas, graças a Deus que os apóstolos tiveram discernimento para não abandonarem a Palavra de Deus e perseverarem na oração e no ministério da Palavra (At 6.2,4).
Eles venceram novamente a Satanás retomando as prioridades. Eles disseram:

“[...] Não é razoável que nós abandonemos a Palavra de Deus para servir às mesas” (At 6.2).
“E, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da Palavra” (At 6.4).

Eles estavam dizendo: Não seremos distraídos da Palavra de Deus, pelo contrário, seremos líderes dedicados ao serviço da Palavra de Deus. Tanto a oração quanto a Palavra eram eles fiéis partidários. Eles estariam constantemente atentos. Não desfaleceriam, mas se mostrariam corajosos e em prontidão na oração e ao serviço contínuo da Palavra.

Aplicação: Mas, infelizmente, quando olhamos para a igreja atual parece que Satanás tem se dado bem neste expediente da distração.
Quantos líderes têm negligenciado o santo ministério da Palavra de Deus! Quantos têm sucumbido à negligência da falta de oração!
Satanás tem usado as próprias coisas do Reino para distrair os líderes do Rei do Reino.
Semelhante a igreja de Éfeso muitos tem sido ortodoxos, trabalhando muito na obra de Deus, envolvidos nas coisas de Deus, mas para sua infelicidade têm negligenciado a comunhão com Deus e o ministério da Palavra.
A mesma palavra que Cristo direcionou a igreja de Éfeso, depois de falar de sua ortodoxia e perseverança, continua atual:
“Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor” (Ap 2.4).

Éfeso era uma igreja tão envolvida nas coisas de Deus que abandonou o amor por Deus. Faziam as coisas mecanicamente, sem fervor e sem amor por Deus. Talvez, como Ananias e Safira, faziam a obra de Deus não por amor a Ele, mas para receberem reconhecimento da igreja.
Como nossas igrejas estão cheias de crentes fazendo a obra de Deus sem amor por Deus! Como nossas igrejas estão cheias de pessoas que estão tão envolvidas com as coisas do Reino, mas têm negligenciado as prioridades deste Reino: Oração a Deus e a Pregação da Palavra de Deus.

Conclusão: Só venceremos a Satanás, pela graça de Deus, unidos nas prioridades de nossa vida e ministério: oração perseverante e pregação ousada de poder.


Soli Deo Gloria!


[1] Em Comentário do Novo Testamento: Exposição de 2a Coríntios, p.116. Editora Cultura Cristã.
[2] David Eby em Pregação Poderosa Para o Crescimento da Igreja, p. 44. Arte Editorial & Editora Candeia.
[3] Warren W. Wiersbe em Comentário Bíblico Expositivo, Novo Testamento, vol. I, p. 544. Editora Central Gospel & Gráfica Editora.
[4] William Hendriksen em Comentário do Novo Testamento: Exposição de Efésios e Filipenses, p. 259. Editora Cultura Cristã.

terça-feira, julho 14, 2009

Curso de Computação ou Curso de Teologia.

Hoje, dia 11 de julho de 2009, fui notificado para minha tristeza que um Curso de Teologia foi substituído por um Curso de Informática. Mas não estou tão assustado assim, pois isso apenas reverbera o descompromisso de minha geração pela teologia sistemática. É claro que não sou contra cursos de informáticas em nossas igrejas. Por favor, não me interprete mal. Apenas estou citando mais um dado, talvez em um aspecto diferente, da repulsa de nossos contemporâneos que se dizem amar a Deus e Sua Palavra (Bíblia), mas, para felicidade do Diabo e para desgraça de muitos, negligenciam o estudo Sistemático da doutrina.

Estamos presenciando mais uma vez na história um sentimento repulsivo pelas verdades aurifulgentes da Palavra de Deus. Não muito tempo atrás a teologia era considerada um “bicho de sete cabeças”, uma coisa oriunda até mesmo do diabo. Recentemente estive em um dos Estados de nosso País quando fui “surpreendido” com a notícia de que certo pastor presidente havia disciplinado alguns obreiros por estarem cursando teologia.

Em outra ocasião ouvi de um pastor que dizia que não promoveria abertura para o estudo teológico na igreja visto que o povo se tornaria muito exigente fazendo perguntas para ele. Acredito que poderia resumir este sentimento como uma displicência e preguiça da parte deste pastor de estudar as Escrituras sistematicamente para instruir o povo. São pastores preguiçosos que nem estudar e impedem ou não incentivam o povo a estudar. O resultado é um analfabetismo desenfreado. Um povo manipulado por certos líderes que não querem que o povo conheça as verdades. Todo manipulador é contra o povo buscar conhecimento. Estes “pastores” não são líderes, mas sim ditadores.
Com isso não estou dizendo que o líder que substituiu o curso de teologia pelo de informática seja um ditador. Refiro-me ao terceiro exemplo.

Permitam-me abrir um grande parêntese para uma estatística da falta de compromisso com a leitura e estudo em nosso país que promove, evidentemente, um analfabetismo bíblico.

Por Raniere Menezes:
“Correndo Filipe, ouviu-o ler o profeta Isaías e perguntou: Compreendes o que vens lendo?” Atos 8.30.
A Câmara Brasileira do Livro (CBL) encomendou uma pesquisa de interesse econômico-cultural e divulgou dados impressionantes. Cerca de 60% dos brasileiros adultos alfabetizados quase não tem livros em casa e o contato com literatura é mínimo. 89% das cidades brasileiras não têm uma livraria sequer! E quase 7 milhões de pessoas não tem condições econômicas de comprar um livro. Os números são esclarecedores. Como diz a paródia do ditado popular: “Escreveu, não leu, é analfabeto”.
Outra pesquisa (ano 2004), agora do INEP/MEC – um órgão nacional – divulgou que: de cada 100 estudantes brasileiros com, no mínimo, quatro anos de escolarização, 59 não podem ser considerados leitores competentes, e na região nordestina, esse número sobe para 75. Apenas 6 de cada 100 jovens concluintes do ensino médio desenvolveram habilidades de leitura compatíveis com onze anos de escolarização. São fatos!
O diretor de Avaliação da Educação Básica do Inep/MEC, o sociólogo Carlos Henrique Araújo, definiu a gravidade da situação com estas palavras: “São indicadores que revelam que os sistemas educacionais do Brasil estão longe do mínimo de qualidade exigido para uma sociedade em pleno século 21. Estranhamente, esses números repercutem muito menos do que deveriam.”
Fazendo uma inevitável comparação, o curioso é que, em 1998, a Gráfica da Bíblia (SBB) já havia completado a produção de 10 milhões de exemplares de Bíblias e, apenas dois anos depois, alcançado a impressionante marca de 20 milhões. Compare os números acima e pergunte-se: qual é a qualidade dos evangélicos leitores e interpretes da Bíblia de hoje no Brasil? E também: onde me encaixo nessa estatística?
Levando em conta que a Reforma Protestante do século XVI foi um movimento altamente literário, e que de maneira significativa o protestantismo é uma experiência literária, os atos de culto, por exemplo, são atos literários: leitura da Bíblia, oração pública, cânticos, meditação no seu significado, ouvir o sermão, conversar com os outros sobre doutrina e prática. No culto a leitura e exposição das Escrituras são os eventos principais.
É lícito questionar: será que a Bíblia está sendo a verdadeira e última palavra da igreja protestante brasileira? A Bíblia é compreendida como suficiente? É de forma bíblica que estão chamando os pecadores a Cristo? Está havendo crescimento na graça e no conhecimento do Verbo? O que está sendo estudado e pregado é direção bíblica para nossa vida? Como iremos reformar sem a interpretação correta das Escrituras?

Após ter estas palavras de Raniere Menezes em mente continuo dizendo: Todos aqueles líderes quer por comissão (que estão impedindo o povo de estudar teologia sistemática) ou quer por omissão (que negligenciam o estudo sistemático da doutrina), que impedem o povo de conhecer a Deus serão culpados diante do SENHOR que fez os céus e a terra.
Estes supostos líderes estão negligenciando o maior bem que o homem e uma mulher podem obter: o conhecimento de Deus. O conhecimento de Deus e sobre Deus é uma necessidade premente para nossas igrejas atuais. Muitos estão sendo enganados pelos falsos líderes e falsos pregadores. Estamos presenciando a banalização do altar. Infelizmente o altar está se transformando num balcão em que se está vendendo um produto que supostamente dizem que é o evangelho do Senhor Jesus. Realmente o povo está sendo destruído por que não tem conhecimento (cf. Os 4.6). E conhecimento no sentido veterotestamentário significa não apenas saber algumas coisas sobre a Auto-revelação de Deus registrada nas Escrituras, mas também ter relacionamento pessoal com Ele. Dentro da teologia do Antigo Testamento conhecer a Deus é ter conhecimento de Deus e todo verdadeiro conhecimento de Deus deságua num grande relacionamento com Ele. É exatamente isso que a verdadeira teologia produz. É o conhecimento verdadeiro de Deus que produz verdadeiras experiências com Deus. Hoje as pessoas querem experiências com Deus sem o verdadeiro conhecimento de Deus. O resultado é um povo afundado no subjetivismo e pragmatismo.

Mais do que nunca as Palavras do SENHOR por intermédio do profeta Oséias são pertinente para a nossa geração cibernética: “Ouvi a Palavra do SENHOR, vós, filhos de Israel, porque o SENHOR tem uma contenda com os habitantes da terra; porque nela não há verdade, nem amor, nem conhecimento de Deus” (Os 4.1).
Onde estas coisas essenciais estão sendo negligenciadas, infelizmente, alguns substitutos tornam-se evidentes. Diz o SENHOR ainda pelo Seu profeta: “O que prevalece é perjurar, mentir, matar, furtar e adulterar, e há arrombamentos e homicídios sobre homicídios” (Os 4.2).
O que acontece no mundo e dentro de nossas igrejas é uma conseqüência da falta de conhecimento de Deus. Quando o povo negligencia o estudo sobre Deus não pode ter comunhão com Deus, uma avalanche de pecados soterra a sociedade e a igreja visível. Um povo que não tem comunhão com Deus está entregue a sua própria natureza pecaminosa que desonra a Deus.
Muitas de nossas igrejas são conhecidas mais pelos escândalos de seus pecados do que por uma vida santa que glorifica a Deus. Nossas igrejas no anelo de se tornarem relevantes para este mundo estão se tornando irrelevantes. Nossas igrejas estão caindo nos mesmos pecados que antes condenavam. O divórcio, adultério, homossexualidade e outros são pecados, infelizmente, vívidos e até aplaudidos nas igrejas atuais. Isto é conseqüência de um povo que não conhece ao seu Deus. Como diz o profeta: “[...] pois o povo que não tem entendimento [de Deus] corre para a perdição” (Os 5.14).
Por não conhecerem a Deus o espírito de prostituição solapa nossas denominações (cf. Os 5.4).

Que estes líderes e seus liderados ouçam a exortação profética que diz: “Vinde, e tornemos para o SENHOR, porque Ele nos despedaçou, e nos sarará; fez a ferida, e a ligará. Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR: como a alva a Sua vinda é certa; e Ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra” (Os 6.1,3).

Muitos cristãos estão fracos em suas vidas e testemunhos porque desconhecem a Deus. Pois, somente um povo que conhece a Deus se tornará forte e fará proezas (cf. Dn 11.32). Um dos grandes sinais de um autêntico avivamento é o anelo do povo por conhecer a Deus. Em épocas de avivamento os bares, os lupanares e até mesmo os estádios de futebol ficavam vazios. Por quê? Onde estava o povo? A resposta é que eles estavam nas igrejas buscando a Deus. Os seminários estavam cheios de pessoas ávidas para estudarem o Ser e os Atributos de Deus e Sua culminante revelação em Cristo Jesus.
Hoje, infelizmente, o contrário parece ser verdadeiro. Os seminários estão se esvaziando e, até fechando, pois o povo prefere satisfazer seus próprios interesses egoístas. Estão preocupados mais com seus afazeres do que com a glória de Deus.

Presenciamos pregadores rasos em suas preleções. Nossa geração valoriza mais o mensageiro do que a própria mensagem. Oh, geração incrédula e corrupta! Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se Yahweh é Deus servi-O! Se for baal servi-o. Mas, não fiqueis divididos em vossos corações corruptos.
O que vemos são pregadores da mídia e não pregadores do altar. E o que nossa geração está precisando não é de pregadores que são produtos da mídia, mas sim, e isto desesperadamente, de pregadores que são produtos do altar celestial. Como disse certo escritor: Precisa-se de profetas para pregar aos pregadores.


Transcrevo a seguir um trecho de nossa apostila do Curso Básico Avançado de Teologia Sistemática. O título da apostila é: “Prolegômenos à Teologia Sistemática: Introduzindo o Aluno à Teologia Sistemática”. Isto para uma meditação mais apurada.

A Necessidade do Estudo da Doutrina ou da Teologia Sistemática
Há, de fato, uma necessidade de estudar teologia? Não basta que eu simplesmente ame ao Senhor Jesus? Para algumas pessoas, a teologia não é necessária, como também indesejável, podendo ser facciosa.

A Doutrina/Teologia é mesmo Importante?
Infelizmente há um antagonismo generalizado no meio evangélico com respeito à doutrina/teologia. Muitos reagem à palavra “doutrina” ou “teologia” de forma antagônica por não terem experimentado o encanto e a emoção de entender os maravilhosos ensinamentos da Palavra de Deus.
Infelizmente, diz Charles Ryrie, “a doutrina está passando por tempos difíceis”. Isto não é um lamento novo de nossa época. No século XIX, John C. Ryle, conhecido como o primeiro Bispo de Liverpool, Inglaterra, já lamentava:

“Em que os pastores evangélicos ficam aquém de seus antecessores do século XVIII? Na doutrina. Não são tão completos, nem tão marcantes, nem tão firmes. Temem declarações enérgicas”.

O teólogo David Wells avaliou o cenário moderno da seguinte maneira:

“A nova busca pelo pragmatismo contemporâneo transformou a natureza do ministério cristão, o trabalho dos seminários e o funcionamento interno das lideranças denominacionais. Em todos eles, a transformação prenuncia a morte da teologia. [...] As editoras que apóiam as publicações teológicas vêem seus recursos diminuírem continuamente”.

Esta situação é realçada quando observamos algumas desculpas para negligenciar o estudo teológico. Pelo menos quatro podem ser destacadas:

(1) A falta de praticidade.
Com isso as pessoas querem dizer que a teologia não é prática e que a experiência é mais importante do que a doutrina. Que declaração superficial!
Estas pessoas se esquecem de que toda a prática deve ser baseada em doutrinas bíblicas sólidas e que se espera que toda doutrina bíblica resulte em práticas corretas. A sã doutrina e as experiências bíblicas precisam andar juntas.

(2) A falta de relevância.
Dizem que estas velhas doutrinas nada têm a dizer para o homem pós-moderno. Estas pessoas dizem que teologia não é relevante para o nosso contexto atual. Não tem significância para nossas vidas.
Quem alega que a teologia não é relevante e nem prática desconhece a evidência de que a verdadeira teologia está baseada na sempre eterna Palavra de Deus. E a Bíblia afirma sobre si mesma:

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino [extremamente doutrinária], para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça [extremamente relevante], a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra [extremamente prática]” (2Tm 3.16,17).

(3) A falta de facilidade.
Outra desculpa para negligenciar o estudo da teologia advoga que não devemos impor os ensinamentos doutrinários um vez que é difícil entendê-los.
Sem dúvida, algumas doutrinas são mais difíceis de compreender do que outras. Mas isso não deve nos impedir de explorar as áreas mais complexas dentro dos limites das Escrituras.
No crescimento cristão, como afirma Hebreus 5.12–14, o leite é apropriado para o estágio da infância, mas o alimento sólido é necessário para a maturidade (cf. 1Co 3.1–9).

(4) A falta de união.
Quantos de nós já não ouvimos pessoas dizendo que a doutrina divide os cristãos. É claro que muitos, em nome da teologia, causaram grandes divisões não necessárias. Mas, a doutrina também causa união. Quantos cristãos do passado e do presente estão unidos em tornos dos grandes temas da teologia?
Devemos está unido em torno da verdade e não em torno da mentira. Mas, é melhor está dividido por causa da verdade do que unidos na mentira.

Há, no entanto, algumas razões pelas quais o estudo da teologia ou da doutrina não é opcional. Creio que estudar teologia é um caso de vida ou morte!

1) Crenças Doutrinárias Corretas são Essenciais no Relacionamento entre o Cristão e Deus.
Assim, por exemplo, o autor de Hebreus disse: “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador dos que o buscam” (Hb 11.6). Também importante para um relacionamento adequado com Deus é a crença na humanidade do Senhor Jesus (cf. 1Jo 4.2). Paulo destacou a importância da crença na ressurreição de Cristo (Rm 10.9-10).

2) A Doutrina é Importante por causa da Ligação entre a Verdade e a Experiência.
Nossa época atribui altíssimo valor à experiência imediata. Assim, muitos utilizam drogas por causa da excitação ou do estímulo que elas oferecem. E o que dizer em nosso meio, em que muitos buscam uma satisfação imediata nos movimentos religiosos. As pessoas estão atrás de uma experiência divorciada da revelação das Escrituras. É experiência do tipo “ruivo santo”, “vômito santo”, “gargalhada santa” e assim a lista cresce. São pessoas que enaltecem suas experiências acima da Palavra de Deus. A doutrina é importante porque corrige esses abusos. A doutrina dar consistência para as pessoas; dar-lhes verdadeiras experiências com Deus. Um conhecimento correto de Deus – revelado nas Escrituras por um estudo cuidadoso – proporcionará experiências douradoras. Mas muitos preferem, negligenciando o estudo da teologia, estas experiências subjetivas. Como já falou John MacArthur em uma de suas palestras: “Se realmente eles tivessem tido um encontro com Deus, eles não estariam rindo”.
O simples sentimento agradável em relação ao Senhor Jesus não pode ser divorciado da necessidade de saber se Ele é genuinamente o Filho de Deus. A esperança quanto ao futuro depende de saber se Ele ressuscitou e se nós vamos ressuscitar algum dia.
Uma compreensão correta da teologia deságua no oceano das experiências profundas com Deus. Creio na ortopraxia, mas também na ortodoxia. Aquela depende dessa; essa resulta naquela. Não podem está dissociada. Não pode haver hiatos entre as duas, elas devem andar de mãos dadas. Ortodoxia sem ortopraxia leva-nos a esterilidade; ortopraxia sem ortodoxia leva-nos a histerias. Essas irmãs gêmeas precisam ser afirmadas em nossos dias como inseparáveis. Um ou outro mal pode vir sobre os negligentes. A Igreja está de pé ou cai com estas duas verdades!

3) A Compreensão Correta da Doutrina é Importante porque hoje há muitos Sistemas de Pensamento Religiosos e Seculares que Disputam nossa Devoção.
Abundam filosofias e psicologias populares de auto-ajuda, e muitas delas camuflada com uma terminologia cristã. Entre as opções religiosas há grande número de seitas e cultos, além de enorme variedade de denominações cristãs. E religiões alternativas são encontradas não só em outros países, mas também possuem inúmeros adeptos no Brasil. Temos sistemas com um toque do evangelicalismo. Temos a teologia da prosperidade que tem causado males terríveis em nossos arraiais. Muitos seguem abertamente esses ensinamentos que levam muitos cativos para uma religiosidade superficial. Esses sistemas geram crentes descompromissados com Deus e com Sua Palavra. Porque as pessoas estão mais preocupadas em que Deus supra as suas necessidades egoístas do que em labutarem pela verdade de Deus.
Diz-se que a maneira de lidar com as várias alternativas é fazer uma refutação minuciosa e uma exposição sistemática de suas falhas. Uma abordagem positiva em que se ensinam os pontos de vista do Cristianismo parece, no entanto, preferível. Essa abordagem fornece uma base para a avaliação das posições alternativas. Conhecendo o verdadeiro é fácil identificar o falso e vil. O erro prevalece na ausência da verdade!

4) A Teologia é Necessária por causa do Instinto Organizador da Mente Humana.
Esse princípio organizador faz parte de nossa constituição.
A mente não se satisfaz apenas em descobrir certos fatos a respeito de Deus, do homem, e do universo: ela deseja conhecer as relações entre essas pessoas e coisas e organizar suas descobertas em forma de um sistema.


5) A Necessidade da Teologia Baseia-se na Relação da Verdade Sistemática com o Desenvolvimento do Caráter.
A verdade integralmente digerida é essencial ao desenvolvimento do caráter cristão no indivíduo e na Igreja.
Os mais fortes cristãos são os que têm a mais firme segurança nas grandes doutrinas do Cristianismo; as épocas heróicas da Igreja são as que têm mais consistente testemunho delas (cf. Ap 3.10).
Para a conversão é necessário algum conhecimento da verdade (Rm 10.17) – pelo menos do pecado e de um Salvador (cf. Rm 10.8-11); a união destas duas verdades é o começo da teologia. Todo o subseqüente desenvolvimento do caráter está condicionado à evolução do conhecimento. Cl 1.10: “Para que possais andar dignamente [prática] diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus [doutrina]” (ênfase acrescentada). O texto grego reza: aucsanómenoi tê epignõsei tou Theou. Segundo Strong significa “crescendo através do conhecimento de Deus”; o dativo instrumental representa o conhecimento de Deus como orvalho ou a chuva que alimenta o desenvolvimento da planta; cf. 2Pe 3.18 – “crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”. Para os textos que representam a verdade como alimento ver Jr 3.15 “vos apascentem com conhecimento e inteligência”; Mt 4.4 – “Não só de pão viverá o homem, mas de toda Palavra que procede da boca de Deus”; 1Co 3.1, 2 – “como crianças em Cristo... leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido”; Hb 5.14 – “o mantimento sólido é para os perfeitos”. O caráter cristão apóia-se na verdade da Palavra de Deus como alicerce; ver 1Co 3.10-15 – “pus eu... um fundamento e outro edifica sobre ele” (vide também 1Pe 2.2,3; Sl 34.8). Somos exortados a não termos conhecimento sem amor (cf. 1Co 8.1), mas também encoraja-nos o apóstolo a não termos amor sem conhecimento (cf. Fp 1.9-11).
Os homens agem de acordo com aquilo em que realmente crêem e não de acordo com aquilo em que eles simplesmente dizem crer.
A teologia não apenas nos ensina que tipo de vida deveríamos viver, mas nos orienta a viver dessa maneira. Em outras palavras, a teologia não apenas indica as normas de conduta, mas também nos fornece os motivos para tentarmos viver de acordo com essas normas (cf. Gl 6.16).
O apóstolo Pedro ensinou que o conhecimento verdadeiro e pleno de nosso Senhor Jesus Cristo, deve desaguar-se em uma vida cristã virtuosa e piedosa (2Pe 1.3-11).

6) A Necessidade da Teologia Sistemática baseia-se na Natureza das Escrituras.
A Bíblia é para o teólogo o que a natureza é para o cientista, um conjunto de fatos desorganizados ou apenas parcialmente organizados. Deus não achou necessário escrever a Bíblia na forma de Teologia Sistemática; é nossa tarefa, portanto, ajuntar os fatos dispersos e colocá-los sob a forma de um sistema lógico para uma compreensão ampla das verdades reveladas. Há certamente algumas doutrinas que são tratadas com relativa extensão em um único contexto; mas não há nenhuma que seja ali tratada exaustivamente. Veja por exemplo: Sl 19; 119 – tratando das qualidades da Palavra de Deus; os ensinamentos da onipresença e onisciência de Deus no Sl 139; os sofrimentos, morte, e exaltação do Servo de Yahweh em Is 53 e outros.
A Escritura nos estimula ao estudo integral e abrangente da verdade (Jo 5.39, “examinai as Escrituras”), à comparação e harmonização de suas diferentes partes (1Co 2.13 – “comparando as coisas espirituais com as espirituais”), à reunião de tudo em torno do fato central da revelação (Cl 1.27 – “que é Cristo em vós, esperança da glória”), à pregação na forma sadia assim como em suas devidas proporções (2Tm 4.2 “prega a Palavra”). O ministro do Evangelho é chamado “escriba que se fez discípulo do reino do céu” (Mt 13.52); os “pastores” das igrejas devem ser ao mesmo tempo “mestres” (Ef 4.11); o bispo deve ser “apto para ensinar” (1Tm 3.2), “que maneja bem a Palavra da Verdade” (2Tm 2.15), “retendo firme a Palavra Fiel, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para exortar na sã doutrina como para convencer os contradizentes” (Tt 1.9).

7) A Teologia Sistemática é Necessária dada a Importância dos Pontos de vistas Definidos e Justos da Doutrina Cristã para o Pregador.
A sua principal qualificação intelectual deve ao poder de conceber clara e compreensivelmente e expressar precisa e poderosamente a verdade.
O pregador só pode ser o agente do Espírito Santo na conversão e santificação dos homens quando pode brandir “a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus” (Ef 6.17), ou, em outra linguagem, só quando pode imprimir a verdade nas mentes e consciências de seus ouvintes (cf. At 2.37).
O pregador tem como objetivo, conhecendo bem a Teologia Sistemática, substituir as concepções obscuras e errôneas entre os seus ouvintes pelas corretas e vívidas. Mutilar a doutrina ou interpretá-la falsamente não é só um pecado contra o Seu Revelador, – pode levar à ruína as almas dos homens (cf. 1Tm 4.16). A melhor salvaguarda contra tal mutilação ou falsa interpretação é o estudo diligente das várias doutrinas da fé nas inter-relações e especialmente nas relações com o tema central da teologia, a Pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo.
O pregador deve fornecer a base do sentimento, produzindo a convicção inteligente. Ele deve instruir mais que comover (cf. 2Tm 2.2,24 ARA). Se o objetivo primordial do pregador é o conhecer Deus e, a seguir, tornar Deus conhecido, o estudo da teologia é absolutamente necessário ao seu sucesso.
Afirma John Henry Newman: “O falso pegador tem de dizer alguma coisa; o verdadeiro pregador tem alguma coisa para dizer”.
Charles H. Spurgeon afirma: “... Nunca teremos grandes pregadores enquanto não tivermos grandes teólogos. Não espere de estudantes superficiais, grandes pregadores que convençam almas”.
Augustus H. Strong afirma: “Pequenas divergências da doutrina correta da nossa parte podem ser danosamente exageradas naqueles que nos sucederem. 2Tm 2.2: ‘E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros’”.

8) A Necessidade da Teologia Sistemática Revela-se na Íntima Conexão entre a Doutrina Correta e o Firme e Agressivo Poder da Igreja.
A segurança e o progresso da Igreja dependem do “padrão das sãs palavras” (2Tm 1.13), e de ser “coluna e esteio da verdade” (1Tm 3.15). O entendimento defeituoso da verdade, mais cedo ou mais tarde, resulta em falhas de organização, de operação e de vida. A compreensão integral da verdade cristã como um sistema organizado fornece, por outro lado, não só uma incalculável defesa contra heresia e a imoralidade, mas também indispensável estímulo e instrumento no agressivo labor da conversão do mundo.
Há muitas igrejas corcundas por lhes faltarem em suas estruturas e pregações a espinha dorsal da Teologia Sistemática. A teologia sistemática é a espinha dorsal do corpo de Cristo.


Finalizo com as penetrantes palavras de Oséias 14.9 que diz: “Quem é sábio, que entenda estas coisas; quem é prudente, que as saiba, porque os caminhos do SENHOR são retos, e os justos andarão neles, mas os transgressores neles cairão”.

Soli Deo Gloria!

segunda-feira, maio 25, 2009

O Teológo é um Crente?

O cristão é um crente em Jesus Cristo. Esse fato óbvio não deveria escapar de nós! A palavra do evangelho se apodera de nós e, pelo poder do Espírito Santo, leva-nos das trevas para a luz, isto é, leva-nos a Cristo. O evangelho é a mensagem do reino de Deus como ela vem por meio da pessoa e obra de Jesus de Nazaré. O evangelho se centra no nascimento, vida, morte, ressurreição e ascensão de Jesus como o modo de Deus nos salvar da morte e nos fazer membros do seu reino eterno.
Assim como começamos a vida cristã colocando toda a nossa confiança no Cristo do evangelho, da mesma forma continuamos na vida cristã. O evangelho não somente nos traz o novo nascimento e fé como cristãos; ele é o meio de Deus nos salvar totalmente. O evangelho é o poder de Deus para a salvação (Rm 1.16), e isso significa o todo da salvação para a pessoa como um todo. Dessa forma, o evangelho nos converte, o evangelho nos sustenta na vida cristã e nos traz à maturidade e o evangelho nos traz à perfeição por meio da nossa ressurreição dentre os mortos.
Uma parte importante da salvação é ter a nossa mente e vontade rebeldes transformadas de forma que se tornem obedientes à Palavra de Deus. O cristão não pode mais pensar como um humanista ateu. A mente que suprime a verdade é sobrepujada pelo Espírito Santo, que a faz aceitar e crer no evangelho. Essa renovação da mente é um processo contínuo (Rm 12.2), e isso significa que o cristão desenvolve a mentalidade do teísmo cristão. Visto que nossa perfeição não é alcançada nesta vida, todos retemos certa medida de pensamento humanista. Devemos lutar continuamente para sobrepujar este mal por meio do poder do evangelho.
Como teólogos bíblicos, não somente cremos, mas também entendemos e aceitamos a palavra de Deus como auto-atestadora. Fazemos mais do que simplesmente descrever o que está na Bíblia. Sentamos sob a autoridade da Palavra de Deus e procuramos descrever o que sabemos ser o conteúdo da Palavra de Deus unificada e auto-consistente.
Infelizmente, o teólogo bíblico pode comprometer o princípio da Palavra de Deus auto-atestadora, e aplicar critérios antibíblicos para avaliar a natureza da Bíblia e sua mensagem. Ele então rearranjará suas partes, reconstruirá sua história, removerá os textos que não se encaixam na sua filosofia particular e reinterpretará o todo à luz das suas próprias pressuposições, que são o produto de um pensamento que nega a Deus. Muitos teologias bíblicas tem sido escritas nas quais as pressuposições bíblicas foram rejeitadas em favor de pressuposições humanistas.