Discípulos de Cristo Jesus

Vivendo Para a Glória de Deus!

A vida cristã deve ser vivida para a glória de Deus somente. Em tudo o que nos empenhamos e fazemos devemos procurar a glória de Deus. Paulo chegou a dizer que até mesmo as coisas mais curriqueiras da vida como o beber e o comer devem ser feitos para a glória de Deus (1Co 10.31).

Nenhum de nós viveremos na plenitude se não vivermos voltados para a glória de Deus. Pois, a plenitude da vida está em viver para a glória de Deus. A glória de Deus produzirá a verdadeira vida plena de satisfação em Deus.

O pastor e escritor John Piper foi feliz quando afirmou que Deus é mais glorificado em nós quanto mais nos alegramos Nele. A glória de Deus e nossa alegria são faces de uma mesma moeda. Quando procuramos verdadeira satisfação vislumbramos e refletiremos a glória de Deus. Pois, a verdadeira alegria resulta na contemplação apaixonada do único ser no universo que tem toda a glória e beleza. A contemplação da beleza de Deus nos deixa encantados e sobressaltados ante inenarrável resplendor.

O Breve Catecismo de Westminster indaga: Qual o fim principal de todo o homem? Ele mesmo responde: O fim principal de todo homem é glorificar a Deus e se alegrar Nele para sempre.

A nossa alegria e a glória de Deus é o propósito de Deus para nossas vidas e o alvo da vida cristã. Toda a plenitude da vida cristã se resume na contemplação do Ser eterno de Deus na Pessoa maravilhosa de Cristo Jesus pela obra persuadora e renovadora do Espírito Santo.

Soli Deo Gloria!

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Apascentando ovelha ou entretendo bode?


Um mal acontece no arraial professo do Senhor, tão flagrante na sua impudência, que até o menos perspicaz dificilmente falharia em notá-lo. Este mal evoluiu numa proporção anormal, mesmo para o erro, no decurso de alguns anos. Ele tem agido como fermento até que a massa toda levede.

O demônio raramente fez algo tão engenhoso, quanto insinuar à Igreja que parte da sua missão é prover entretenimento para o povo, visando alcançá-los. De anunciar em alta voz, como fizeram os puritanos, a Igreja, gradualmente, baixou o tom do seu testemunho e também tolerou e desculpou as leviandades da época. Depois, ela as consentiu em suas fronteiras. Agora, ela as adota sob o pretexto de alcançar as massas.

Meu primeiro argumento é que prover entretenimento ao povo, em nenhum lugar das Escrituras, é mencionado como uma função da Igreja. Se fosse obrigação da Igreja, porque Cristo não falaria dele? "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Lc.16:15). Isto é suficientemente claro. Assim também seria, se Ele adicionasse "e provejam divertimento para aqueles que não tem prazer no evangelho". Tais palavras, entretanto, não são encontradas. Nem parecem ocorrer-Lhe.

Em outra passagem encontramos: "E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres"(Ef.4:11). Onde entram os animadores? O Espírito Santo silencia, no que se refere a eles. Os profetas foram perseguidos por agradar as pessoas ou por oporem-se a elas?

Em segundo lugar, prover distração está em direto antagonismo ao ensino e vida de Cristo e seus apóstolos. Qual era a posição da Igreja para com o mundo? "Vós sois o sal da terra" (Mt.5:13), não o doce açúcar – algo que o mundo irá cuspir, não engolir. Curta e pungente foi a expressão: "Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos"(Mt.8:22). Que seriedade impressionante!

Cristo poderia ter sido mais popular, se tivesse introduzido mais brilho e elementos agradáveis a sua missão, quando as pessoas O deixaram por causa da natureza inquiridora do seu ensino. Porém, eu não O escuto dizer: "Corre atrás deste povo Pedro, e diga-lhes que teremos um estilo diferente de culto amanhã; algo curto e atrativo, com uma pregação bem pequena. Teremos uma noite agradável para eles. Diga-lhes que, por certo, gostarão. Seja rápido, Pedro, nós devemos alcançá-los de qualquer jeito!".

Jesus compadeceu-se dos pecadores, lamentou e chorou por eles, mas nunca pretendeu entretê-los.

Em vão as epístolas serão examinadas com o objetivo de achar nelas qualquer traço do evangelho do deleite. A mensagem que elas contêm é: "Saia, afaste-se, mantenha-se afastado!"
Eles tinham enorme confiança no evangelho e não empregavam outra arma.

Depois que Pedro e João foram presos por pregar o evangelho, a Igreja reuniu-se em oração, mas não oraram: "Senhor, permite-nos que pelo sábio e judicioso uso da recreação inocente, possamos mostrar a este povo quão felizes nós somos". Dispersados pela perseguição, eles iam por todo mundo pregando o evangelho. Eles "viraram o mundo de cabeça para baixo". Esta é a única diferença! Senhor, limpe a tua Igreja de toda futilidade e entulho que o diabo impôs sobre ela e traze-a de volta aos métodos apostólicos.

Por fim, a missão do entretenimento falha em realizar o objetivo a que se propõe. Ela produz destruição entre os jovens convertidos. Permitam que os negligentes e zombadores, que agradecem a Deus porque a Igreja os recebeu no meio do caminho, falem e testifiquem! Permitam que falem os negligentes e zombadores, que foram alcançados por um evangelho parcial; que falem os cansados e oprimidos que buscaram paz através de um concerto musical. Levante-se e fale o bebado para quem o entretenimento na forma de drama foi um elo no processo de sua conversão! A resposta é óbvia: a missão de promover entretenimento não produz convertidos verdadeiros.

O que os pastores precisam hoje, é crer no conhecimento aliado a espiritualidade sincera; um jorrando do outro, como fruto da raiz. Necessitam de doutrina bíblica, de tal forma entendida e experimentada, que ponham os homens em chamas.


C.H. Spurgeon

quarta-feira, janeiro 04, 2006

A Divindade de Deus


Introdução: A verdadeira fé é aquela que dá a Deus o lugar que Lhe é devido. E se dermos a Deus o Seu lugar devido, assumiremos o lugar que nos é próprio –– no pó. E o que pode trazer a criatura orgulhosa e auto-suficiente mais rápido ao pó senão uma visão da Divindade de Deus? Nada é tão humilhante para o coração humano como o verdadeiro reconhecimento da absoluta soberania de Deus. O principal problema é que muito do que é considerado fé, hoje, não passa de frágil sentimentalismo. A fé da Cristandade, neste século XX, é mera credulidade, e o “deus” de muitas das nossas igrejas não é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, mas um mero fruto da imaginação, que mentes finitas possam entender, cujos caminhos sejam agradáveis ao homem natural (não nascido de novo), um “deus” totalmente “igual” (Salmos 50:21) àqueles que professam adorá-lo, um “deus” a respeito do qual quase não há mistério. Mas como é diferente o Deus que as Escrituras revelam! DEle é dito, Seus caminhos são “inescrutáveis” (Romanos 11:33).
Para ser mais específico:

1. O “deus” moderno é completamente carente de poder.

A idéia popular, nos dias de hoje, é que a deidade é cheia de amigáveis intenções para com os homens, mas que Satanás está impedindo que se lhes faça algum bem. Não é da vontade de Deus, assim nos dizem, que haja guerras, pois as guerras são algo que os homens são incapazes de reconciliar com suas idéias da misericórdia divina. Então, a conclusão é que todas as guerras são do Diabo. Pragas e terremotos, fomes e furacões não são enviados por Deus, mas são atribuídos somente às causas naturais. Afirmar que o Senhor Deus enviou a recente epidemia de gripe (na época, matava –– Nota do Editor) como um golpe de julgamento, iria chocar a sensibilidade da mente moderna. Coisas como estas causam dor a “deus” pois “ele” NÃO deseja senão a felicidade de todos.


2. O “deus” moderno é completamente carente de sabedoria.

A crença popular é que Deus ama a todos, e que é da Sua vontade que cada filho de Adão seja salvo. Mas, se isto for verdade, Ele está estranhamento carecendo de sabedoria, pois Ele sabe muito bem que, sob as condições existentes, a maioria se perderá.


3. O “deus” moderno é carente de santidade.

Que o crime merece punição é aceito em parte, embora cada vez mais uma crença esteja ganhando terreno: a de que o criminoso é realmente mais objeto de pena do que de censura, e que ele precisa de educação e reforma ao invés de punição. Mas que o PECADO –– tanto pecados em pensamentos como em atos, pecados de coração como pecados da vida, pecados de omissão bem como de comissão, tanto a própria raiz pecaminosa como o seu fruto –– deva ser odiado por Deus, pecado contra o qual a Sua santa natureza se inflama, é um conceito que saiu quase que completamente de moda; e que o próprio pecador é odiado por Deus é negado com indignação mesmo por aqueles que se ufanam em alta voz da sua ortodoxia.


4. O “deus” moderno é completamente carente de prerrogativas de soberania.

Quaisquer que sejam os direitos que a deidade da Cristandade atual possa supostamente possuir em teoria, de fato eles devem ser subordinados aos “direitos” da criatura. Nega-se, quase universalmente, que os direitos do Criador sobre Suas criaturas seja o do Oleiro sobre o barro. Quando se afirma que Deus tem o direito de fazer um vaso para honra e outro vaso para desonra, o grito de injustiça ergue-se instantaneamente. Quando se afirma que a salvação é um dom e que este dom é conferido àqueles a quem Deus se agrada em dar, é dito que Ele é parcial e injusto. Se Deus tem algum dom para partilhar, Ele deve distribuir a todos igualmente, ou pelo menos distribuí-los àqueles que merecem, não importa quem possam ser. E assim é dada a Deus menos liberdade do que a mim, que posso distribuir minha caridade como bem quero, dando a um mendigo um pouco mais, a outro um pouco menos, e a um terceiro nada se assim achar por bem.
Como o Deus da Bíblia é diferente do “deus” moderno! O Deus da Escritura é Todo-Poderoso
Ele é aquele que fala e é feito, que ordena e há prontidão. Ele é Aquele para quem “todas as coisas são possíveis” e “faz todas as cousas segundo o conselho da sua vontade” (Efésios 1:1)...


I. O Deus da Escritura é infinito em sabedoria

Nenhum segredo pode ser escondido dEle, nenhum problema pode confundi-Lo, nada é difícil demais para Ele. Deus é onisciente - “Grande é o Senhor nosso e mui poderoso; o seu entendimento não se pode medir” (Salmos 147:5). Portanto se diz, “Não se pode esquadrinhar o seu entendimento” (Isaías 40:28). Daí a razão porque numa revelação dEle nós esperamos encontrar verdades que transcendem o alcance da mente da criatura, e, portanto, é evidente a tolice presunçosa e a impiedade daqueles que não passam de “pó e cinza” ao tentarem pronunciar a racionalidade ou irracionalidade das doutrinas que estão acima da razão!


II. O Deus da Escritura é infinito em santidade

O “único Deus verdadeiro” é aquele que odeia o pecado com uma perfeita repulsa, e cuja natureza eternamente se inflama contra ele. Ele é Aquele que contemplou a impiedade dos antediluvianos e que abriu as janelas do céu derramando o dilúvio da Sua justa indignação. Ele é Aquele que fez chover fogo e enxofre sobre Sodoma e Gomorra e destruiu completamente aquelas cidades da planície. Ele é Aquele que enviou pragas ao Egito, e destruiu seu orgulhoso monarca juntamente com seus exércitos no Mar Vermelho. Deus é tão santo e tal é o antagonismo da Sua natureza para com o mal que, por um pecado, Ele baniu nossos pais do Éden, por um pecado Ele amaldiçoou a posteridade de Cão; por um pecado Ele transformou a esposa de Ló numa coluna de sal; por um pecado Ele enviou fogo e devorou os filhos de Arão; por um pecado Moisés morreu no deserto; por um pecado Acã e sua família foram todos apedrejados até à morte; por um pecado o servo de Elias foi ferido com lepra. Contemplem, portanto, não somente a bondade, mas também “a severidade de Deus” (Romanos 11:22). E este é o Deus com quem todo aquele que rejeita a Cristo tem que se encontrar no julgamento!


III. O Deus da Escritura tem uma vontade que é irresistível

O homem fala e se orgulha da sua vontade, mas Deus também tem uma vontade! Os homens tiveram uma vontade nas planícies de Sinear e a dedicaram a construir uma torre cujo topo alcançasse o céu; mas em que resultou? O esforço cheio de vontade deles resultou em nada. Faraó tinha uma vontade quando ele endureceu seu coração e se recusou a permitir que o povo de Jeová fosse ao deserto e lá O adorasse, mas em que resultou? Deus tinha uma vontade, também, e sendo Todo-Poderoso Sua vontade foi realizada. Balaque tinha uma vontade quando contratou Balaão para vir a amaldiçoar os hebreus; mas de que adiantava? Os cananitas tinham uma vontade quando eles determinaram impedir Israel de ocupar a terra prometida; mas até onde eles foram bem sucedidos? Saul tinha uma vontade quando ele arremessou sua lança contra Davi, mas, ao invés de matar o ungido do Senhor, a lança foi parar na parede.
Sim, meu leitor, e você também tinha uma vontade quando fez seus planos sem buscar primeiro o conselho do Senhor, e por isso Ele os fez cair por terra. Assim como uma criança pode tentar impedir o oceano de se mover, assim também a criatura pode tentar resistir ao desenrolar do propósito do Senhor –– “Ah! SENHOR, Deus de nossos pais, porventura não és tu que dominas sobre todos os reinos dos povos? Na tua mão está a força e o poder, e não há quem te possa resistir” (2 Crônicas 20:6).


IV. O Deus da Escritura é Soberano absoluto.

Tal é a Sua própria reivindicação: “Este é o desígnio que se formou concernente a toda a terra; e esta é a mão que está estendida sobre todas as nações. Porque o SENHOR dos Exércitos determinou; quem, pois, o invalidará? A sua mão está estendida; quem, pois, a fará voltar atrás?” (Isaías 14:26 e 27). A Soberania de Deus é absoluta e irresistível: “Todos os habitantes da terra são por ele reputados em nada; e segundo a sua vontade ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?” (Daniel 4:35). A Soberania de Deus é verdadeira não só hipoteticamente, mas de fato. Isto quer dizer, Deus exercita Sua soberania, a exercita tanto na esfera natural quando na espiritual. Um nasce negro, outro branco. Um nasce em riqueza, outro em pobreza. Um nasce com um corpo saudável, outro enfermo e defeituoso. Um é cortado na infância, outro vive até a velhice. A um são dados cinco talentos, a outros só um. Em todos estes casos é Deus o Criador que faz com que um seja diferente do outro, e “ninguém pode deter Sua mão”. É assim também na esfera espiritual. Um nasce em lar piedoso e é criado no temor e na admoestação do Senhor; o outro é nascido de pais criminosos e é criado no meio do vício. Um é objeto de muitas orações, por outro não se ora. Um ouve o Evangelho desde a infância, outro nunca o ouve. Um senta-se sob o ministério de alguém que ensina as Escrituras, outro não ouve nada senão erros e heresias. Daqueles que ouvem ao Evangelho, um tem o seu coração “aberto pelo Senhor” para receber a verdade, enquanto outro é deixado para si mesmo. Um é “ordenado para a vida eterna” (Atos 13:48), enquanto que outro é “ordenado” para condenação (Judas 4). Para quem Deus quer Ele mostra misericórdia, e para com quem Ele quer, Ele “endurece” (Romanos 9:18).
Arthur W. Pink

Fonte: Revista Os Puritanos.

terça-feira, janeiro 03, 2006

A Urgência da Ceifa

Leitura Seleta: Jl 3.13ª; Jo 4.31-38

Comentário: Nos versículos 31 e 33, os discípulos estavam preocupados com a satisfação física. Mas nos versículos 32 e 34, o Senhor Jesus estava preocupado em satisfazer a Vontade de Deus.
Para satisfazer a Vontade de Deus temos que renunciar nossos apetites.
A preocupação maior, ou melhor, a única do Senhor Jesus era realizar a Vontade de Deus, a qual Ele veio submeter-se e cumprir (Mt 26.39-44).
No Evangelho de João vemos como a Vontade de Deus estava no centro do ministério do Senhor Jesus: 5.30b: ...Porque não busco a Minha Vontade, mas a Vontade do Pai que me enviou. 6.38: Porque Eu desci do céu, não para fazer a minha Vontade, mas a Vontade dAquele que me enviou. Veja ainda 8.29. O Senhor Jesus foi enviado para realizar a Vontade e a Obra delineada por Deus e assim Deus foi glorificado no ministério do Senhor Jesus (Jo 17.4). Devemos, da mesma forma, imitar o nosso Amado Senhor realizando a Sua Vontade. A urgência e satisfação do Senhor estavam em realizar a Vontade do Pai. Não deveria ser essa nossa ocupação e satisfação?
Estamos mais interessados em que Deus faça o que queremos, do que em fazemos o que Deus quer. Quando começarmos a compreender que, fazendo a Vontade de Deus, seremos abençoados em tudo, então começaremos a ter uma visão real do que é ser um verdadeiro cristão (seguidor de Cristo, ou, aquele que imita a Cristo).
Estamos mais interessados em que Deus atenda os nossos pedidos, do que em atendermos as Suas ordens.
Estamos mais interessados em que Deus nos sirva, do que em servirmos a Deus.
Estamos mais preocupados em que Deus realize nossas obras, do que em realizarmos as Obras de Deus.
Estamos mais interessados em que Deus envie os Seus anjos para nos ajudar em nossos caprichos, do que em sermos enviados para fazer a Sua Obra (Jo 15.16).
Queremos ser mestres em vez de alunos. Ser senhores em vez de servos. Deuses em vez de homens.

v.35: Não dizeis vós... Jesus vai de encontro com a opinião errado dos discípulos. Na Obra de Deus o que prevalece não é a opinião de “A” ou “B”, mas a Palavra do Senhor. Não é o Senhor que está dizendo que não chegou o tempo de realizar a Vontade de Deus, mas os discípulos segundo suas opiniões.
Temos a mania (excentricidade – desviar-se do centro) de dar preferência a nossa opinião do que a Palavra de Deus. Estamos, muitas vezes, relegando a Palavra de Deus como uma opção em vez de um mandamento. E assim relegamos a Visão Divina para segundo ou último plano. Tentamos postergar a urgente Obra do Senhor para satisfazer os nossos anseios imediatos. Mantemos a nossa visão em detrimento da de Deus.
A nossa atenção não deve está no ...Dizeis vós..., mas no ...Eis que Eu vos digo... Veremos o que o nosso Senhor nos diz.

I. ORDEM DIVINA.
1. Levantai os vossos olhos – NVI – Abram os olhos.
Levantar os olhos é colocá-los acima de alguma coisa. Se a expressão “Levanta-te” quer dizer: “Coloque-se a minha disposição, porque Eu quero te usar”; então podemos afirma da expressão em apreço, que o Senhor Jesus está dizendo: “Coloquem os seus olhos a minha disposição, porque Eu quero usá-los”.
Há dois tipos de olhos: os Materiais e os Espirituais

Como os nossos olhos são abertos?
a) Pela Oração
(II Rs 6.17 – Observe no contexto que o profeta orou, mas foi Deus que abriu os olhos e cegou – v.18-20);
b) Pela Fé (Jo 11.40 – A visão espiritual é um ato de fé; Mc 10.46-52 – O cego, filho de Timeu);
c) Pela Saliva de Jesus (Mc 8.22-26).

2. Vede as terras – NVI – Vejam os campos.
Onde devemos por nossos olhos? Nos Campos (Jo 4.35). Nossos olhos são abertos pela Oração, pela Fé e pela Saliva de Jesus, mas só podemos ver pelo colírio (Ap 3.18: ...E que unjas os teus olhos com colírio para que vejas).

Há, atualmente, três tipos de campos:
a) O Campo da Evangelização: A Ação de proclamar as Boas Novas.
b) O Campo da Integração: A Ação de integrar ou introduzir o decidido à Igreja.
c) O Campo do Discipulado: A Ação de tornar o decidido em um discípulo maduro (Mt 28.19).

Há, também, três verdades sobre os campos:
a) Precisam ser vistos.
b) Estão maduros.
c) Eles já estão prontos para a colheita.

Três maneiras de atender à visão dos Campos Brancos para a ceifa:
a) Indo como missionário.
b) Contribuindo para o sustento daqueles que vão.
c) Orando em favor da Obra Missionária e dos obreiros enviados e mantenedores.

II. DOIS TIPOS DE VISÃO.
Visão Humana – Faltam quatro meses para a colheita.
Visão Divina – Os campos já estão maduros para a colheita.

III. DOIS TIPOS DE OBREIROS.
Os que semeiam – Os que realizam o trabalho árduo.
Os que ceifam – Os que usufruem do trabalho dos semeadores.
Dentro da óptica destes versículos, vivemos a ERA DA COLHEITA.
Semelhante ao Pai de família, da parábola dos trabalhadores da vinha, Deus sai para assalariar trabalhadores, não para semear, mas para ceifar (Mt 20.1-16).
Estamos na hora undécima no calendário profético Divino.
I Co 3.6-9: Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho. Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus.

Soli Deo Gloria!
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Os Sete Símbolos da Salvação - S.S.S

COMENTÁRIO: Estes símbolos são o auge da salvação em Cristo, mediante a obra regeneradora do Espírito Santo (Tt 3.5).

01. O CHIFRE – A força da salvação – Lc 1.69; II Sm 22.3.
E nos levantou uma salvação poderosa na casa de Davi, seu servo,
Deus é o meu rochedo, e nele confiarei; o meu escudo, e a força de minha salvação, e o meu alto retiro, e o meu refúgio. Ó meu Salvador, de violência me salvaste.

02. O ROCHEDO – A firmeza da salvação – Sl 95.1.
Vinde, cantemos ao SENHOR! Cantemos com júbilo à rocha da nossa salvação!

03. A CIDADELA – A segurança da salvação – II Sm 22.2.
Disse, pois: O SENHOR é o meu rochedo, e o meu lugar forte (a minha cidadela ARA), e o meu libertador.

04. O CAPACETE – A conservação da salvação – Ef 6.17.
Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus,

05. O CÁLICE – A alegria da salvação – Sl 116.13.
Tomarei o cálice da salvação e invocarei o nome do SENHOR.

06. A FONTE – O refrigério da salvação – Is 12.3.
E vós, com alegria, tirareis águas das fontes da salvação.

07. AS VESTES – A beleza da salvação – Is 61.10.
Regozijar-me-ei muito no SENHOR, a minha alma se alegra no meu Deus, porque me vestiu de vestes de salvação, me cobriu com o manto de justiça, como um noivo que se adorna com atavios e como noiva que se enfeita com as suas jóias.

A Ressurreição de Jesus Cristo

Leitura Seleta: Mt 28.5-6.

I. AS PRECAUÇÕES PARA EVITAR A RESSURREIÇÃO.
a) Mt 27.60: E o pôs no seu sepulcro novo, que havia aberto em rocha, e rodando uma grande pedra para a porta do sepulcro, retirou-se. A Grande Pedra com cerca de 2.00m e 2 toneladas.
b) Mt 27.66ª: E, indo eles, seguraram o sepulcro com a guarda, selando a pedra. A Guarda Romana composta de 16 homens.
c) Mt 27.66b: O Selo Romano. Inviolável.

II. AS CONSEQÜÊNCIAS DESASTROSAS SE JESUS NÃO TIVESSE RESSUSCITADO (I Co 15.12-19).
v.14 – A pregação seria vã, inútil, sem sentido.
v.14 – A fé seria vã.
v.15 – Seríamos considerados como falsas testemunhas de Deus. Ilusionários, mentirosos, lunáticos.
v.17 – Ainda estaríamos como escravos do pecado.
v.18 – Os que dormem em Cristo estariam sem esperança. A vida acabava com a morte física.
v.19 – Seríamos os mais miseráveis...

III. A RESSURREIÇÃO DE JESUS É UMA PROVA, A PRIORI, DE QUE DEUS ACEITOU O SACRIFÍCIO DE JESUS NA CRUZ (Rm 4.25).
O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação.
A ressurreição é o selo de aprovação sobre o que Jesus fez.

IV. A RESSURREIÇÃO DE JESUS DENTRE OS MORTOS COMPROVA SUA FILIAÇÃO DIVINA (Rm 1.4).
Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de Santificação, pela ressurreição dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor.

V. A RESSURREIÇÃO DE JESUS FOI UMA OBRA EXCLUSIVA DA SANTA TRINDADE.
a) PAI – Rm 6.4: De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela Glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.
b) FILHO – At 2.24: Ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela.
c) ESPÍRITO SANTO – Rm 8.11: E, se o Espírito daquEle que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquEle que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo Seu Espírito que em vós habita.

VI. AS EVIDÊNCIAS DA RESSURREIÇÃO DE JESUS.
a) O Túmulo Vazio (Mt 28.6)
Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito. Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia.
b) A Descida do Espírito Santo (Jo 16.7-11; 7.37-39).
Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que Eu vá; porque, se Eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando Eu for, vo-lo enviarei.
E, quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.
Do pecado, porque não crêem em mim;
Da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais;
E do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado.

c) A Existência da Igreja (Mt 16.17).
Na Morte de Jesus estamos vivos. Na ressurreição termos a garantia da vida eterna (Jo 11.25-26; I Jo 2.25).

Perdido Dentro da Igreja

Comentário: O texto de Lucas 15.25-32, fala sobre o irmão do filho pródigo. Ele aponta o terrível perigo de estar na casa do pai, dentro da igreja, obedecendo leis, cumprindo deveres, sem se enveredar pelos antros do pecado, e ainda assim, estar perdido. Podemos chegar a essa conclusão pelas seguintes razões:
1. Vive dentro da igreja, mas não é livre (v. 29) – Ele não vive como filho, mas como escravo. Faz as coisas certas com a motivação errada. Sua obediência não provém do coração, mas da obrigação. Ele nunca entendeu o que é ser filho. Nunca conheceu o amor do Pai. Muitos, também, estão na igreja por uma mera obrigação. Obedecem, mas não têm alegria. Estão na casa do Pai, mas vivem como escravos.
2. Vive dentro da igreja, mas está com o coração cheio de amargura (v. 29,30) – O filho mais velho irrita-se com a misericórdia do Pai. Ele não se alegra com a restauração do seu irmão caído. Para ele quem erra não tem chance de restauração nem deve ser objeto de perdão. Na religião dele não havia agenda para o amor. Mas a Palavra de Deus diz que quem não ama a seu irmão ainda permanece nas trevas. O ódio que ele sentia pelo irmão não era menos grave que o pecado de dissolução que outro cometera fora da igreja. O ressentimento que crepitava em seu coração o isolou do Pai e do irmão. Ele se recusou a entrar em casa para celebrar a volta do irmão arrependido, antes se encolheu, magoado, revoltado, envenenado pela mágoa destruidora.
3. Vive dentro da igreja, na presença do Pai, mas anda como solitário (v. 31) – Ele anda sem alegria. Está na casa do Pai, mas não tem comunhão com ele. Muitos também, estão na igreja, mas não têm intimidade com Deus, não desfrutam da alegria da salvação, não experimentam as doces consolações do Espírito, vivem como órfãos, sozinhos, curtindo uma solidão dolorosa.
4. Vive dentro da igreja, mas não se sente dono do que é do Pai (v. 31) – Ele era rico, mas estava vivendo na miséria. Tinha toda a riqueza do Pai à sua disposição, mas vivia como escravo. Era filho, mas não banqueteava com os seus amigos. Assim, também, muitos vivem na igreja sem experimentar os banquetes do céu, servindo a Deus por obrigação, sem alegria no coração. O mesmo Pai que saiu para abraçar o filho pródigo arrependido, sai para conciliar este filho revoltado. O arrependido, com o coração quebrantado, festejou a sua restauração; o outro, ficou do lado de fora, perdido, com o coração endurecido.

Aproveitando a Oportunidade

Comentário: Podemos aprender, nesta passagem, a sabedoria que existe em se aproveitar cada oportunidade para o bem de nossa alma.

1. POR QUE JESUS NOS FAZ UMA PERGUNTA.
a) Para confessarmos os nossos pecados (Gn 3.9).
b) Para revelar o nosso caráter (Gn 32.27).
c) Para saber qual o nosso desejo (Mc 10.36-37).
Ex. Salomão – I Rs 3.5. veja ainda Tg 4.3.
d) Para nos conceder uma oportunidade.
Ex. Bartimeu – este não era o nome do cego. A expressão quer dizer filho de Timeu.
ü Ele teve a oportunidade de mudar sua vida. Jesus falou “Que queres que te faça?”.
ü Jesus dar ao filho de Timeu a oportunidade de expressar seus desejos e de pedir (Mt 7.7; Tg 4.2).
ü Não devemos negligenciar os meios de obtermos a vitória. O cego não negligenciou, mas pediu.
ü O cego não era tíbio (adj. Frouxo; indolente); não queria abrir mão da oportunidade.
ü Ele teve oportunidade de:
* Clamar
* Perseverar
* Ver
* Deixar de ser mendigo
* Pedir
* De ver a Jesus
* De segui-lo
O filho de Timeu, sabia o que queria, e sabia o que fazer com isso quando o conseguiu.
Aproveite as oportunidades que surgem no seu dia a dia.
Três coisas que não voltar atrás: 1. A palavra falada; 2. A pedra lançada e 3. A oportunidade passada.
Por isso: ...Se ouvirdes hoje a Sua voz, não endureçais os vossos corações, como na provocação, no dia da tentação no deserto (Hb 3.7-8).