1. Modelo Wall Street: princípios empresariais. Neste modelo os
líderes se preocupam com resultados: dinheiro; investimentos. A preocupação da
liderança é mais com as coisas e empreendimentos do que com as pessoas. As
pessoas são apenas meios de se conseguir os objetivos e metas propostos.
Antídoto: precisamos resgatar a visão bíblica da igreja como uma
família, não como uma empresa. A igreja é uma família, e seu objetivo é a
maturidade (1Co 3.1-4).
2. Modelo Hollywood: princípio de entretenimento. Neste modelo os
líderes estão preocupados em divertir as pessoas, em vez de discipular. Os
líderes se tornam animadores de auditórios.
Antídoto: A igreja é um exército. Não estamos num parque de
diversão, mas numa batalha contra as hostes espirituais da maldade. A igreja
precisa, na realização de sua missão, se revestir da armadura de Deus na
evangelização dos povos.
A igreja é um exército, e seu
objetivo é conquistar almas para Cristo.
O líder é um soldado que não se
embaraça com negócios desta vida (2Tm 2.3-4).
3. Modelo Terapêutico: divã de um psiquiatra. Muitos líderes estão
preocupados em massagear o ego das pessoas, em vez de chama-las a renunciar a
si mesmas. Preocupam-se em dá um escape da culpa, em vez de conclama-las ao
arrependimento. Preocupam-se na valorização da autoestima, em vez de valorizar
o autocontrole. A ênfase está em fornecer apoio e soluções para nossas mais
profundas necessidades emocionais e psicológicas, em vez de prestar um culto
espiritual a Jesus Cristo.
O hedonista britânico Oscar Wilde disse: “Amar a si mesmo é o
começo de um romance para toda a vida.”. Robert
Schuller disse: “Amar a si mesmo é ser verdadeiramente religioso.”. Isto é
o que Schuller chamou de “a Nova
Reforma”. Esta “Nova Reforma” centraliza-se no “eu”. O homem é o centro!
Num contraste agudo, o Senhor Jesus disse que se alguém deseja se
tornar Seu discípulo, deve negar-se a si mesmo e se amar menos (cf. Mt
10.34-39; 16.24; Mc 8.34-38; Lc 14.25-35). Aqui Deus é o centro! Um dos slogans da Reforma Protestante do século
XVI foi Soli Deo Gloria!
Antídoto: A igreja é um corpo em que cada membro é responsável para
o bem do todo. Todos os membros são responsáveis uns pelos outros. Cristo é a
Cabeça deste corpo de eleitos de Deus. Por isso, Ele é o centro!
02. Modelo bíblico de
Igreja.
Quando estudamos a Bíblia para
compreendermos o que é a igreja e no que ela deve está envolvida não
encontramos nenhum dos modelos acima. A Bíblia, a Palavra de Deus, usa outras
imagens para descrever a igreja. Estas imagens não se encaixam muito bem nos
modernos modelos.
Para termos uma revitalização e
não reinvenção da igreja, nós precisamos resgatar pelo menos quatro modelos
bíblicos para a igreja.
1. O modelo
doutrinário.
A igreja é uma comunidade
centrada na Palavra de Deus, no ensino dos apóstolos (At 2.42). Neste contexto
vemos que após a conversão das quase três mil almas, todas elas estavam
perseverando na doutrina. As pessoas eram salvas para aprenderem mais de seu
bendito Salvador e sua salvação.
2. O modelo koinonia.
A igreja é um povo que vive em
comunhão profunda com o Deus triúno e uns com os outros.
3. O modelo epicêntrico.
Um epicentro é onde um terremoto
começa. Ele envia suas ondas de choque pelo solo por quilômetros em todas as
direções.
Nosso desejo deve ser que a
igreja experimente um avivamento bíblico que ela, a igreja, irradie em todas as
direções. O tipo de tremor que queremos ver é de evangelismo, discipulado,
plantação de igrejas, revitalização de igrejas e atos de amor, misericórdia e
justiça.
Paulo em suas viagens
missionárias plantou igrejas por meio do evangelismo e discipulado bíblicos.
Depois, ele trabalhou para revitalizar e fortalecer as igrejas que havia
plantado (cf. At 14.21-23).
4. O modelo
doxológico.
A igreja é um povo resgatado
para adorar verdadeiramente ao Deus verdadeiro.
Para que nossas igrejas sejam revitalizadas pelo poder do Espírito
Santo, nós devemos, primeiro, adorar a Deus Pai em espírito e em verdade como o
Senhor Jesus ensinou (Jo 4.24).
Infelizmente, algumas abordagens
errôneas são vistas na doxologia das igrejas.
(1) entretenimento: os planos para o culto são controlados por
questões como: “Todos estão se divertindo?”. O interesse primário é que as
pessoas se divirtam quando vão à igreja. Acima de tudo, queremos que elas
tenham experiências agradáveis para que queiram voltar. O objetivo é agradar e
divertir o cliente.
(2) edificação: Nesta abordagem, o culto é focalizado no quanto os
crentes se beneficiarão dele. Se uma pessoa perde o culto, por exemplo, a principal
preocupação é com as bênçãos que ela não recebeu. Neste estilo, pensa-se muito
pouco em glorificar a Deus porque o foco é sobre o que se acredita que o culto
faça em favor das pessoas.
Calvin Johanssonn chamou isso de “autoindulgência individualista”.
Estas pessoas pensam que o culto existe ou é feito para elas. Neste caso a
adoração é introvertida, ou seja, voltada para as necessidades sentidas das
pessoas. Mas, a essência do culto é extrovertida – quando damos a Deus louvores
e celebrações pelo que Ele é e pelos Seus atos criadores, provedores e
redentores. O culto não é gratificação pessoal, mas glorificação do Deus vivo e
verdadeiro.
Soli Deo
Gloria!
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