Discípulos de Cristo Jesus

Vivendo Para a Glória de Deus!

A vida cristã deve ser vivida para a glória de Deus somente. Em tudo o que nos empenhamos e fazemos devemos procurar a glória de Deus. Paulo chegou a dizer que até mesmo as coisas mais curriqueiras da vida como o beber e o comer devem ser feitos para a glória de Deus (1Co 10.31).

Nenhum de nós viveremos na plenitude se não vivermos voltados para a glória de Deus. Pois, a plenitude da vida está em viver para a glória de Deus. A glória de Deus produzirá a verdadeira vida plena de satisfação em Deus.

O pastor e escritor John Piper foi feliz quando afirmou que Deus é mais glorificado em nós quanto mais nos alegramos Nele. A glória de Deus e nossa alegria são faces de uma mesma moeda. Quando procuramos verdadeira satisfação vislumbramos e refletiremos a glória de Deus. Pois, a verdadeira alegria resulta na contemplação apaixonada do único ser no universo que tem toda a glória e beleza. A contemplação da beleza de Deus nos deixa encantados e sobressaltados ante inenarrável resplendor.

O Breve Catecismo de Westminster indaga: Qual o fim principal de todo o homem? Ele mesmo responde: O fim principal de todo homem é glorificar a Deus e se alegrar Nele para sempre.

A nossa alegria e a glória de Deus é o propósito de Deus para nossas vidas e o alvo da vida cristã. Toda a plenitude da vida cristã se resume na contemplação do Ser eterno de Deus na Pessoa maravilhosa de Cristo Jesus pela obra persuadora e renovadora do Espírito Santo.

Soli Deo Gloria!

sábado, maio 27, 2006

Profecia e Mensagem do Profeta Joel

A PROFECIA DE JOEL

A Palavra de Deus veio a Joel no auge de uma calamidade. O que levou Joel a pregar e, então, a registrar suas palavras foi uma invasão de insetos, uma devastadora praga de gafanhotos.
O conceito que Joel tinha da criação levou-o a ver os insetos como agentes do Criador, cumprindo a tarefa de julgar uma nação desobediente.


A MENSAGEM DO LIVRO
O livro de Joel é um livro teocêntrico. Tanto a praga, o apelo ao lamento, e as instruções para a conversão, a restauração, a dádiva do Espírito e convicção da vitória final são, todos, atos de Deus.

I. A Soberania de Yahweh Sobre a Criação.
O nosso Deus é soberano sobre a Sua criação. Esta é uma forte ênfase no Livro de Joel.
Não vemos no Livro nenhuma outra hipótese para a origem da praga de gafanhotos que avassalou a terra. Yahweh é o responsável tanto pelo envio (2.11) quanto pela retirado de Seu exército (2.20). O SENHOR é o que faz a ferida como a sara (Dt 32.39; 1Sm 2.6; Sl 51.8).
O nosso Deus tanto no juízo quanto na restauração, exerce o controle sobre a criação. Por isso, os hebreus não podem sustentar um conceito de natureza que a veja como um conjunto de leis ou padrões que operem por conta própria, à parte do controle do SENHOR.


II. A Compaixão de Yahweh no Perdão.
A esperança do livramento e restauração da praga baseia-se não nos méritos do próprio povo e sacerdotes. Esta restituição está baseada na manifestação de Sua misericórdia, em Sua prontidão de perdoar. Ele é pronto e rico em perdoar e grande em misericórdia (Is 55.7; 1.18; 43.25; Nm 14.18).
Mas quando Ele não quer perdoar não adianta orarmos (1Sm 16.1; Ex 33.19; 2Rs 24.4; Dt 29.20).


III. O Uso do Positivo do Culto.
O fracasso de Judá, cuja punição fora a praga de gafanhotos, consistia num culto degenerado.
O culto estava sendo pervertido pelos excessos dos participantes embriagados. E mormente, pelos sacerdotes negligentes, que deixaram as práticas pagãs diminuir a pureza da adoração que devia ter se concentrado somente no nome de Yahweh e em Seu senhorio único e exclusivo sobre o povo.
Como prova disto, ficamos cientes que a praga atacou o próprio culto de maneira que pôs em risco sua existência. Contudo, a resposta à ameaça não foi um apelo para abandonar a adoração (cf. Os 9.1,6; Am 5.21-27), mas para usa-la devidamente – participar de seus atos de humilhação, responder aos apelos de seu sacerdócio, reunir-se fisicamente em seu recinto (do Templo), pronunciar as liturgias de lamentação, já prescritas, buscar um oráculo de salvação e ter esperança nas bênçãos prometidas por Ele (Jl 2.14; cf. Sl 24.5).
Visto que o culto estava degenerado, encontramos uma linguagem que conclama a uma conversão e expõem, também, os resultados de tal conversão (Jl 2.12-14). Conversão implica deserção, desobediência, rebelião contra a aliança. Conversão é o inverso de obstinação. O apelo não é geral, mas específico – “a mim” (2.12); “a Yahweh, vosso Deus” (2.13). E a conversão deve efetuar-se no culto, adoração oficial e pública, e por meio dele; seus sinais são: jejum, choro e pranto (2.12); seu local é o templo; seus porta-vozes são os sacerdotes (2.17); seu resultado tangível são as bênçãos materiais, o meio de apresentar ofertas de cereais e libações de vinho ao SENHOR (2.14); seu clímax é o reconhecimento da verdade da autoproclamação de Yahweh – “Eu Sou o SENHOR vosso Deus, e não há outro” (2.27; cf. 3.17). O lembrete de que “não há outro”, junto com o uso sétuplo de “vosso Deus” (1.14; 2.13,1423,26,27; 3.17), é forjado para ser uma reprimenda e uma reafirmação.
Junto com o apelo à conversão, a ênfase no relacionamento exclusivo do SENHOR com Seu povo é um forte indício de que a idolatria não havia sido totalmente expurgada do segundo templo. À semelhança de seus antepassados da época de Josias (c. 621 a.C.), as pessoas do Judá pós-exílico haviam sucumbido ao sincretismo, comprometendo a exclusividade da soberania de Yahweh e sua promessa de aliança com Ele.

Com vista neste contexto, o propósito do Livro de Joel fica evidente. Ele via a praga de gafanhotos o meio divino de corrigir, purificar o culto e, além disso, preparar o caminho para a bênção plena de Yahweh sobre Seu povo pela dádiva de Seu Espírito, a derrota de Seus inimigos e a prosperidade permanente de Judá em Jerusalém. Deus pretende com tudo isso, levar o Seu povo a se voltar para Ele.


IV. O Terror e a Esperança do Dia do SENHOR.
As primeiras notas que Joel faz soar devem ter sido calculadas para chocar e surpreender os ouvintes. Ele via o Dia não como um tempo de celebração abençoada ou de resgate divino (como em Sl 118.24,25), mas de lamento e devastação. O grito na adoração não era “oh!”, mas “ai!” (1.15).
Esse era um lembrete de que o Dia do SENHOR era o dia dEle. Ele escreveu o roteiro e o encenou. Onde as trevas do juízo eram necessárias, essa era Sua resposta. Se o culto público na entendia bem o Dia, contando com a graça e a bênção divina, o próprio culto precisava ser interrompido. Se a fé do povo dependia placidamente da proteção de Deus, apesar da deslealdade para com a aliança, Yahweh iria marchar com forças inimigas para ensinar a Seu povo as lições de obediência.
Influenciado pelas descrições sombrias e terríveis de Amós (5.18-20) e Sofonias (1.14-18), Joel vê o Dia em duas etapas (1) um dia de juízo prenunciado pelas hordas de gafanhotos, com o propósito de levar o povo ao arrependimento e à reforma, e (2) um dia de vindicação fundamentado em uma nova obediência a Yahweh e numa comunhão com Ele, que se torna possível mediante o derramamento do Espírito Santo (2.28,32).
As conseqüências da volta que, presume-se, deva ocorrer entre 2.17 e 2.18, fluem até o final do Livro como ondas resultantes de uma grande pedra atirada no meio de um lago:
(1) A restauração material do dano causado pela praga (2.18-26);
(2) O reconhecimento da singularidade de Yahweh entre eles (2.27);
(3) A efusão do Espírito Santo sobre a nação toda com a concomitante revelação da vontade e do poder de Yahweh (2.28,29);
(4) Sinais e presságios funestos que assinalam a vinda do segundo Dia, o Dia além do Dia, que promete resgate para o povo de Deus (2.30-32);
(5) O julgamento das nações pelos abusos contra o povo de Yahweh (3.1-14);
(6) A prosperidade do povo pelo fato de o SENHOR habitar em Sião (3.15-21; cf. Zc 14.1-9).

A conversão (2.13,14) é essencial para tudo isso. É preciso lidar com qualquer coisa que impeça a fidelidade à aliança, como Malaquias também advertiu (4.5,6).

Soli Deo Gloria!

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