A Igreja da Palavra e do Poder
Infelizmente somos tentados a viver nos extremos. Ora estamos num pólo ora noutro. Quantos de nós não estivemos envolvidos em discussões acalentadoras sobre pontos aparentemente divergentes de ensinamentos bíblicos? Os famosos paradoxos da Teologia Bíblica (e.g. Soberania de Deus e Responsabilidade Humana). Quantos já não ouviram as palavras “tradicionais” e “pentecostais” ou mesmo Reformados e Renovados em debates? Há muitos que dizem: “eu sou Tradicional/Reformado porque creio na Bíblia como único meio que Deus nos fala hoje”; outros afirmam: “sou Pentecostal/Renovado porque creio nos dons do Espírito de que nos fala a Bíblia”.
Esse debate é chamado no meio erudito de cessacionistas VS. não cessacionistas. Tradicionais que crêem na Bíblia, mas que dizem que os dons cessaram. Do outro lado do espectro temos os Pentecostais que também crêem na Bíblia e dizem que pelas Escrituras os dons continuam atuais.
Para nossa infelicidade os evangélicos, como podem ser chamados os dois grupos, pois ambos são herdeiros das mesmas riquezas da fé eclesiástica como veremos mais na frente, têm se digladiado bastante. E para vergonha de ambos, tem havido exageros nas defesas de suas respectivas visões. Há histórias de pessoas que foram espancadas e perseguidas por que acreditava num dos dois lados.
Será que nós cometeremos os mesmos erros de nossos ancestrais? Será que ainda ficaremos divididos numa Igreja da Palavra e numa Igreja do Poder? Será que viveremos ou numa Igreja da Teologia ou numa Igreja da Experiência? Será que ainda seremos chamados divisoriamente de Reformados de um lado e Pentecostais do outro? De Tradicionais que só conhecem sobre Deus e de Renovados que conhecem a Deus? De pessoas que gostam de estudar a Bíblia e de pessoas que gostam de orar?
Será que cometeremos o mesmo erro dos discípulos do Senhor Jesus quando disseram ao Mestre: “[...] vimos um homem que, em Teu Nome, expelia demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não seguia conosco” (Mc 9.38)? Só porque não pertence ao nosso “Grupo Reformado” ou “Grupo Pentecostal” vamos proibi-lo de exercer o ministério em Nome do Senhor? Vamos marginalizá-lo? Diremos como os Reformados/Tradicionais: “Estes Pentecostais são gentes sentimentalistas”? Ou vociferaremos como os Pentecostais/Renovados: “Eis ai, esses Reformados secos e intelectualistas”?
A resposta do Senhor Jesus continua penetrante para ambos os “grupos”: “Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em Meu Nome e, logo a seguir, possa falar mal de Mim. Pois quem não é contra nós é por nós” (Mc 9.39,40).
Solução: A solução propostas por muitos líderes fiéis de ambas as vertentes é pegarmos os pontos fontes de ambos os espectros evangélicos e nos unirmos para formarmos, como realmente a Escritura nos registra, um só povo procurando manter a unidade do Espírito pelo vínculo da paz (Ef 4.3).
Como disse um autor metodista: “Como cristãos wesleanos temos de recuperar nossa herança de religião prática mesclada com autoridade bíblica” . Já vemos aqui um grande ponto inicial para a conciliação das duas vertentes protestantes.
Sabemos que em ambos os lados, Reformados e Pentecostais, encontramos pontos fracos e fortes. Os Reformados enfatizam que os dons já cessaram e de que precisamos somente da Bíblia. Os Pentecostais dizem que os dons continuam ativos por toda era da Igreja do Senhor Jesus. Os Reformados têm medo de experiências e às vezes despojam-se das emoções. Os Pentecostais têm medo da doutrina, da teologia e muitas vezes despojam-se de um estudo cuidadoso das verdades da Palavra de Deus.
Isto é apenas um ponto entre o que ambos diferem. Nossa proposta com esta palestra é “recupera nossa herança de religião prática mesclada com autoridade bíblica”. Nós objetivamos ter uma religião que fale à mente (Reformados), mas também fale ao coração (Pentecostais). Desejamos ter luz na mente, com uma ênfase particular nas Escrituras como nossa única regra de fé, sola scriptura (Reformados), mas também desejamos ter calor no coração como resultado (aplicação) das verdades aurifulgentes das Escrituras como nossa única regra de prática (Pentecostais).
Todos nós devemos afirmar e crer na proposição: A Escritura é a nossa única de regra de fé e prática. A Escritura é a Palavra de Deus para o homem total! A Escritura fala tanto a mente como também ao coração. Ela aborda assuntos do intelecto, mas também assuntos da alma e das emoções.
Nossa proposta é pegar os pontos fontes de ambos os lados e formar uma Igreja Reformada Pentecostal. Ou como disse acertadamente Doug Banister “uma Igreja da Palavra e do Poder”.
Você que é um Pentecostal seja um “Pentecostal de coração e mente”. E você que é um Reformado seja um “Reformado de mente e coração”.
Não só uma parte de nosso ser deve está envolvida em nossa religiosidade. Mas todo o nosso ser deve cultuar, adorar e dedicar-se a Deus e a Suas coisas. Como diriam os Reformadores, todo o nosso ser deve está coram Deo, ou seja, “diante de Deus”. Nossa mente, emoções, coração e forças físicas devem está diante de Deus. Tudo deve ser para a glória de Deus. Devemos adorar a Deus com todo o nosso ser.
Nosso Senhor nos mostra como a vida cristã deve ser vivida. Será que é vivida somente da forma Reformada, enfatizando apenas o intelecto ? Ou deve ser vivida da forma Pentecostal, enfatizando as emoções ? Vejamos o que diz nosso bondoso e maravilhoso Mestre quando Lhe perguntaram “Qual é o principal de todos os mandamentos?”:
“Respondeu Jesus: O principal é: Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor! Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força.” (Mc 12.29,30).
O dever completo do homem e da mulher, toda a lei moral-espiritual e a essência do culto verdadeiro, podem ser resumidas numa simples frase: “amar a Deus com todas as suas faculdades que Deus lhe deu; amar a Deus com todo o nosso ser. O homem total deve se dedicar total e exclusivamente a Deus em adoração e serviço”. O Senhor Jesus enfatiza que é errado servir a Deus apenas com um aspecto de nosso ser, como fazem ora os Reformados e ora os Pentecostais. Devemos dedicar todas as nossas faculdades ao serviço de Deus. E isso é um chamado tanto aos Reformados quanto as Pentecostais. Devemos ser servos de Deus na totalidade de nosso ser. Devemos ser, para usar classificações, crentes Reformados e Pentecostais. Juntando de ambas vertentes evangélicas seus pontos fortes. E cada ponto fraco ou é excluído ou fortificado pelo ponto forte da outra vertente.
Não precisamos cair na tendência de muitos adotando uma teologia do tipo “ou... ou”, mas devemos adotar uma teologia “tanto... quanto”. Devemos orar a Deus para que Ele nos liberte da “tirania do OU” e nos dê um “espírito do TAMBÉM”. Em vez de escolher A ou B, vamos unir os pontos fortes dos dois, Reformados e Pentecostais, e fazer uma teologia A e B. Uma teologia da mente e do coração. Uma teologia que engloba o ser total do homem para a glória de Deus e edificação da Igreja.
Como disse acertadamente F. Scott Fitzgerald: “O teste da mais alta inteligência é a capacidade de manter idéias opostas na mente ao mesmo tempo, e ainda assim manter a capacidade de funcionar” .
Que Deus nos ajude nesta labuta e nos capacite a manter as ênfases tanto Reformada quanto Pentecostal ao mesmo tempo, e ainda assim sem perder a capacidade de funcionar. A funcionalidade de uma igreja Reformada Pentecostal ou uma igreja da Palavra e do Poder dependerá do nosso empenho e destreza para manter os pontos fortes de ambas as vertentes sem nos desequilibrarmos para os extremos. Em outras palavras, devemos manter a capacidade de equilíbrio das idéias “opostas” (paradoxais) sem perder de vista a funcionalidade de nossa religião.
Acredito que os pontos fortes de ambos as vertentes evangélicas podem suprir as suas respectivas fraquezas.
Para nossa infelicidade os evangélicos, como podem ser chamados os dois grupos, pois ambos são herdeiros das mesmas riquezas da fé eclesiástica como veremos mais na frente, têm se digladiado bastante. E para vergonha de ambos, tem havido exageros nas defesas de suas respectivas visões. Há histórias de pessoas que foram espancadas e perseguidas por que acreditava num dos dois lados.
Será que nós cometeremos os mesmos erros de nossos ancestrais? Será que ainda ficaremos divididos numa Igreja da Palavra e numa Igreja do Poder? Será que viveremos ou numa Igreja da Teologia ou numa Igreja da Experiência? Será que ainda seremos chamados divisoriamente de Reformados de um lado e Pentecostais do outro? De Tradicionais que só conhecem sobre Deus e de Renovados que conhecem a Deus? De pessoas que gostam de estudar a Bíblia e de pessoas que gostam de orar?
Será que cometeremos o mesmo erro dos discípulos do Senhor Jesus quando disseram ao Mestre: “[...] vimos um homem que, em Teu Nome, expelia demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não seguia conosco” (Mc 9.38)? Só porque não pertence ao nosso “Grupo Reformado” ou “Grupo Pentecostal” vamos proibi-lo de exercer o ministério em Nome do Senhor? Vamos marginalizá-lo? Diremos como os Reformados/Tradicionais: “Estes Pentecostais são gentes sentimentalistas”? Ou vociferaremos como os Pentecostais/Renovados: “Eis ai, esses Reformados secos e intelectualistas”?
A resposta do Senhor Jesus continua penetrante para ambos os “grupos”: “Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em Meu Nome e, logo a seguir, possa falar mal de Mim. Pois quem não é contra nós é por nós” (Mc 9.39,40).
Solução: A solução propostas por muitos líderes fiéis de ambas as vertentes é pegarmos os pontos fontes de ambos os espectros evangélicos e nos unirmos para formarmos, como realmente a Escritura nos registra, um só povo procurando manter a unidade do Espírito pelo vínculo da paz (Ef 4.3).
Como disse um autor metodista: “Como cristãos wesleanos temos de recuperar nossa herança de religião prática mesclada com autoridade bíblica” . Já vemos aqui um grande ponto inicial para a conciliação das duas vertentes protestantes.
Sabemos que em ambos os lados, Reformados e Pentecostais, encontramos pontos fracos e fortes. Os Reformados enfatizam que os dons já cessaram e de que precisamos somente da Bíblia. Os Pentecostais dizem que os dons continuam ativos por toda era da Igreja do Senhor Jesus. Os Reformados têm medo de experiências e às vezes despojam-se das emoções. Os Pentecostais têm medo da doutrina, da teologia e muitas vezes despojam-se de um estudo cuidadoso das verdades da Palavra de Deus.
Isto é apenas um ponto entre o que ambos diferem. Nossa proposta com esta palestra é “recupera nossa herança de religião prática mesclada com autoridade bíblica”. Nós objetivamos ter uma religião que fale à mente (Reformados), mas também fale ao coração (Pentecostais). Desejamos ter luz na mente, com uma ênfase particular nas Escrituras como nossa única regra de fé, sola scriptura (Reformados), mas também desejamos ter calor no coração como resultado (aplicação) das verdades aurifulgentes das Escrituras como nossa única regra de prática (Pentecostais).
Todos nós devemos afirmar e crer na proposição: A Escritura é a nossa única de regra de fé e prática. A Escritura é a Palavra de Deus para o homem total! A Escritura fala tanto a mente como também ao coração. Ela aborda assuntos do intelecto, mas também assuntos da alma e das emoções.
Nossa proposta é pegar os pontos fontes de ambos os lados e formar uma Igreja Reformada Pentecostal. Ou como disse acertadamente Doug Banister “uma Igreja da Palavra e do Poder”.
Você que é um Pentecostal seja um “Pentecostal de coração e mente”. E você que é um Reformado seja um “Reformado de mente e coração”.
Não só uma parte de nosso ser deve está envolvida em nossa religiosidade. Mas todo o nosso ser deve cultuar, adorar e dedicar-se a Deus e a Suas coisas. Como diriam os Reformadores, todo o nosso ser deve está coram Deo, ou seja, “diante de Deus”. Nossa mente, emoções, coração e forças físicas devem está diante de Deus. Tudo deve ser para a glória de Deus. Devemos adorar a Deus com todo o nosso ser.
Nosso Senhor nos mostra como a vida cristã deve ser vivida. Será que é vivida somente da forma Reformada, enfatizando apenas o intelecto ? Ou deve ser vivida da forma Pentecostal, enfatizando as emoções ? Vejamos o que diz nosso bondoso e maravilhoso Mestre quando Lhe perguntaram “Qual é o principal de todos os mandamentos?”:
“Respondeu Jesus: O principal é: Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor! Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força.” (Mc 12.29,30).
O dever completo do homem e da mulher, toda a lei moral-espiritual e a essência do culto verdadeiro, podem ser resumidas numa simples frase: “amar a Deus com todas as suas faculdades que Deus lhe deu; amar a Deus com todo o nosso ser. O homem total deve se dedicar total e exclusivamente a Deus em adoração e serviço”. O Senhor Jesus enfatiza que é errado servir a Deus apenas com um aspecto de nosso ser, como fazem ora os Reformados e ora os Pentecostais. Devemos dedicar todas as nossas faculdades ao serviço de Deus. E isso é um chamado tanto aos Reformados quanto as Pentecostais. Devemos ser servos de Deus na totalidade de nosso ser. Devemos ser, para usar classificações, crentes Reformados e Pentecostais. Juntando de ambas vertentes evangélicas seus pontos fortes. E cada ponto fraco ou é excluído ou fortificado pelo ponto forte da outra vertente.
Não precisamos cair na tendência de muitos adotando uma teologia do tipo “ou... ou”, mas devemos adotar uma teologia “tanto... quanto”. Devemos orar a Deus para que Ele nos liberte da “tirania do OU” e nos dê um “espírito do TAMBÉM”. Em vez de escolher A ou B, vamos unir os pontos fortes dos dois, Reformados e Pentecostais, e fazer uma teologia A e B. Uma teologia da mente e do coração. Uma teologia que engloba o ser total do homem para a glória de Deus e edificação da Igreja.
Como disse acertadamente F. Scott Fitzgerald: “O teste da mais alta inteligência é a capacidade de manter idéias opostas na mente ao mesmo tempo, e ainda assim manter a capacidade de funcionar” .
Que Deus nos ajude nesta labuta e nos capacite a manter as ênfases tanto Reformada quanto Pentecostal ao mesmo tempo, e ainda assim sem perder a capacidade de funcionar. A funcionalidade de uma igreja Reformada Pentecostal ou uma igreja da Palavra e do Poder dependerá do nosso empenho e destreza para manter os pontos fortes de ambas as vertentes sem nos desequilibrarmos para os extremos. Em outras palavras, devemos manter a capacidade de equilíbrio das idéias “opostas” (paradoxais) sem perder de vista a funcionalidade de nossa religião.
Acredito que os pontos fortes de ambos as vertentes evangélicas podem suprir as suas respectivas fraquezas.