Discípulos de Cristo Jesus

Vivendo Para a Glória de Deus!

A vida cristã deve ser vivida para a glória de Deus somente. Em tudo o que nos empenhamos e fazemos devemos procurar a glória de Deus. Paulo chegou a dizer que até mesmo as coisas mais curriqueiras da vida como o beber e o comer devem ser feitos para a glória de Deus (1Co 10.31).

Nenhum de nós viveremos na plenitude se não vivermos voltados para a glória de Deus. Pois, a plenitude da vida está em viver para a glória de Deus. A glória de Deus produzirá a verdadeira vida plena de satisfação em Deus.

O pastor e escritor John Piper foi feliz quando afirmou que Deus é mais glorificado em nós quanto mais nos alegramos Nele. A glória de Deus e nossa alegria são faces de uma mesma moeda. Quando procuramos verdadeira satisfação vislumbramos e refletiremos a glória de Deus. Pois, a verdadeira alegria resulta na contemplação apaixonada do único ser no universo que tem toda a glória e beleza. A contemplação da beleza de Deus nos deixa encantados e sobressaltados ante inenarrável resplendor.

O Breve Catecismo de Westminster indaga: Qual o fim principal de todo o homem? Ele mesmo responde: O fim principal de todo homem é glorificar a Deus e se alegrar Nele para sempre.

A nossa alegria e a glória de Deus é o propósito de Deus para nossas vidas e o alvo da vida cristã. Toda a plenitude da vida cristã se resume na contemplação do Ser eterno de Deus na Pessoa maravilhosa de Cristo Jesus pela obra persuadora e renovadora do Espírito Santo.

Soli Deo Gloria!

sexta-feira, novembro 10, 2006

Homilética


01. DEFINIÇÃO.

Homilética é a ciência que se ocupa com a pregação cristã e, de modo particular, com o sermão proferido no culto, no seio da comunidade reunida.
O termo vem da palavra grega HE HOMILIA.
O verbo HOMILEIN era usado pelos gregos sofistas para expressar o sentido de “relacionar-se, conversar”.
HE HOMILIA designa, especialmente no N.T., “o estar juntos, o relacionar-se”, e, nos primeiros séculos da Era Cristã, o termo passou a ser usado para denominar a “arte de pregar sermão”. Daí deriva o sentido “Homilética” e suas formas de expressão. Desde então e muito cedo, a homilética passou a fazer parte da teologia prática.
Homilética é a ciência cuja arte é a pregação e cujo resultado é o sermão.
Homilética é a ciência que ensina os princípios fundamentais de discursos em públicos, aplicados na proclamação e ensino da verdade em reuniões regulares congregadas para o culto Divino (Hoppin).
Homilética é aquele ramo da teologia prática e das habilidades ministeriais que trata das regras relativas à preparação e entrega dos sermões.

Convém salientar que a homilética não é a mensagem. Ela disciplina o pregador para melhor entregar a mensagem. Não nos esqueçamos: a mensagem é de DEUS (Ef 6.19).
Seu objetivo primordial:
O objetivo principal da homilética desde o seu remoto princípio foi orientar os pregadores na dissertação de suas prédicas e, ao mesmo tempo, fazer que os mesmos adquiram princípios gerais corretos e despertá-los a terem idéia dos erros e falhas que os mesmos em geral cometem.
A homilética e a eloqüência:
A missão principal da homilética é conservar o pregador na rota traçada pelo ESPÍRITO SANTO. Ela ensina onde e como deve começar e terminar o sermão
A eloqüência é a capacidade intelectual de convencer pelas palavras. Palavras esclarecem, orientam e movem as pessoas. O orador que consegue mover as pessoas, persuadindo-as a aceitar suas idéias, é eloqüente, pois eloqüência é a capacidade de persuadir pela palavra. Apolo era eloqüente (At 18.24). O sermão tem por finalidade convencer os ouvintes. Um sermão bem elaborado, com a unção do ESPÍRITO SANTO, e com uma eloquência profusa, terá resultados maravilhosos. Eis o porque a homilética encontra-se vinculada à eloqüência.
Como podemos convencer:
Existem várias maneiras de persuadirmos ou convencermos alguém a seguir nossa orientação:
Pela força moral (princípios e doutrinas) – regras fundamentais.
Pela força social (costumes, normas e leis) – o direito.
Pela força física (braços e armas) – a guerra.
Pela força pessoal (exemplo) – influência psicológicas.
Pela força verbal (falada ou escrita) – retórica.
Pela força Divina (atuação do ESPÍRITO SANTO) – Ele convence.
O poder da persuasão pode convencer o próprio DEUS! Veja o exemplo de Moisés (Ex 32.7-14) e Abraão (Gn 18.23-33).
02. JESUS E A HOMILÉTICA.
No ministério de CRISTO, a homilética ocupou o lugar central no que diz respeito a sua propagação plena. Na sinagoga de Nazaré o Mestre descreveu a Si mesmo como divinamente enviado “... para evangelizar os pobres... a pregar liberdade aos cativos... a anunciar o ano aceitável do SENHOR” (Lc 4.18-19).
JESUS foi um pregador itinerante:
Pregou sobre o monte
Pregou na popa do barco
Pregou junto ao mar da Galiléia
Pregou nas sinagogas
Pregou em casas de amigos
Pregou de cidades em cidades
Pregou no Templo
O ministério da pregação tomou forma expressiva e dinâmica com o exemplo pessoal do SENHOR JESUS.
03. OS SERVOS DE DEUS E A HOMILÉTICA.
Jonas foi enviado por DEUS para pregar ao povo de Nínive (Jn 3.2).
Esdras explanou a lei para o povo de DEUS de tal forma que todos entendessem (Ne Cap.08).
João, o Batista pregou o evangelho do reino de DEUS para os judeus de tal forma que os persuadia ao arrependimento (Mt 3.1-12).
04. O VALOR DA HOMILÉTICA.
A homilética contribuiu, no sentido geral, na propagação da Palavra de DEUS. Os servos de DEUS apossaram-se de tão bela arte para tornar notório o Evangelho do SENHOR JESUS. O seu valor é inestimável para o pregador da Palavra de DEUS. Tornou-se uma ferramenta sine qua non para o pregoeiro da Verdade Divina. Dando-lhe condições de expor com precisão, clareza e coordenação a maior de todas as mensagens. O pregador que se preza tê-la-á em primeira mão.
A homilética é para o pregador, como uma planta de construção o é para o mestre de obras. Ela é para o pregador, como uma receita é para o cozinheiro. JESUS falando do preço do discipulado o comparou as pessoas que ponderam naquilo que vão ou pretendem fazer antes de fazêr-lo. “O que vai edificar uma torre primeiro deve se assentar para ver os gastos, para que começado a obra, e não tendo com que acaba-la, as pessoas zombem dele dizendo: começou, mas não pôde terminar! E o que sai para a guerra assenta-se para ver se com dez mil pode vencer o adversário que vem contra ele com vinte mil (Lc 14.25-35, especialmente os versículos 28-32). “O sermão pode ser comparado a uma planta de uma torre e a um estratagema de guerra”.
05. A ORIGEM DA HOMILÉTICA.
A homilética propriamente dita, surgiu muito cedo na história da humanidade, embora não como termo designativo homiletikos (arte de pregar sermões) e homilia (arte de falar elegantemente na oratória eclesiástica), mas como oratória pictográfica (sistema primitivo de escrita na qual as idéias são expressas por meio de desenhos das coisas ou figuras simbólicas).
Ela surgiu na Mesopotâmia há mais de 3.000 anos A.C., para auxiliar à necessidade que os sacerdotes tinham de prestar contas dos recebimentos e gastos às corporações a que pertenciam e faziam suas prédicas em defesa da existência miraculosa dos deuses do paganismo.
Soli Deo Gloria!
Extraído de nossa apostila sobre Homilética.

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