A pregação da cruz deve ser central em nossa vida e ministério. A cruz de Cristo é a pedra de toque de todo ministério cristão. A cruz deve ser vista “como o teste e o padrão de todo ministério cristão autêntico”[1]. A cruz de Cristo não deve ser vista apenas como um meio de nossa salvação, mas também devemos observar as múltiplas funções que perpassa a doutrina da cruz em todo o Novo Testamento.
A centralidade da cruz precisa ser evidenciada em todos os aspectos de nosso ministério. Precisamos enfatizar a cruz de Cristo na adoração a Deus, na edificação da igreja, no discipulado cristão, na disciplina eclesiástica e na evangelização do mundo. A cruz é central! A glória da igreja está em sua ênfase sobre a cruz de Cristo. A glória da igreja é a glória da cruz de Cristo. Paulo disse: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo [...]” (Gl 6.14). Na vida cristã e em todo o universo nada se compara com a glória da cruz de Cristo Jesus.
Por que um homem como Paulo se gloriava unicamente na cruz de Cristo? Ele tinha muitas credenciais que poderiam ser sua glória. Mas, ele não se gloria em nenhuma de suas credenciais ou mesmo em nenhum de seus antigos mestres. Sua glória estava na cruz de Cristo. O Cristo da cruz era sua paixão e seu bem maior. Paulo sabia que através da cruz Cristo lhe conquistara e o atraíra. O Senhor Jesus disse em João 12.32: “E Eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a Mim mesmo”. A cruz ergueu a Cristo como o grande alvo e como nossa grande esperança de salvação e reconciliação com o Deus irado.
A doutrina da cruz de Cristo sustém a igreja de Deus em todos os aspectos de sua vida e ministério. A cruz é a base, e o meio e o alvo do ministério cristão e também de nossa vida como cristãos.
Não importa a situação do mundo, não podemos abandonar a pregação da cruz de Cristo. Não é o mundo que dita o conteúdo de nossa pregação, mas é Deus! E Deus nos diz em Sua Palavra que a cruz de Cristo é central em nossa mensagem ao mundo. Paulo disse: “Porque decidi nada saber entre vós, senão Jesus Cristo, e este crucificado” (1Co 2.2).
O que o mundo precisa não é de mensagens motivacionais. Não é de mensagens terapêuticas ou psicológicas. Mas o que o mundo precisa é da mensagem da Cruz!
Talvez os pregadores motivacionais digam: “não, não podemos pregar sobre a cruz, pois isso vai desmotivar as pessoas”!
Ou podemos ouvir os psicólogos vociferarem: “não podemos falar da cruz, pois isto é um golpe na auto-estima das pessoas! Nós devemos elevar a auto-estima delas”!
Paulo chama estes pensadores de inimigos da cruz de Cristo (Fp 3.18). Paulo disse em 1Coríntios 1.17: “Porque não me enviou Cristo para batizar, mas para pregar o evangelho, não com sabedoria de palavra, para que se não anule a cruz de Cristo”.
A missão da igreja é pregar o evangelho da cruz e não um “evangelho” da auto-estima. A missão da igreja é pregar o evangelho, não em sabedoria de palavra das novas idéias aplaudidas pelo mundo, para que não anule a cruz de Cristo.
A mentalidade do mundo nunca foi e nunca será favorável a mensagem da cruz. E Paulo elenca pelo menos três concepções do mundo com relação à cruz de Cristo:
(1) Escândalo: A pregação da cruz de Cristo para os judeus é escândalo. A palavra grega que Paulo usa é skandalon significando “qualquer impedimento colocado no caminho e que faz alguém tropeçar ou cair”. Figuradamente “aplicado a Jesus Cristo, cuja pessoa e ministério foram tão contrários as expectativas dos judeus a respeito do Messias, que o rejeitaram e, pela sua obstinação, fizeram naufragar a própria salvação”.
O que há de magnífico em um rei perdurado num madeiro, diziam eles! Não vemos nem um milagre, mas apenas impedimento.
A cruz é um impedimento e pedra de tropeço para os judeus porque ela vai de encontro e contra todas as suas expectativas e idéias.
A mensagem da cruz de Cristo nunca satisfará os anseios egoístas das pessoas. Pelo contrário, a mensagem da cruz é um golpe certeiro no egoísmo humano.
A cruz de Cristo sempre será um alvo de desprezo para este mundo.
(2) Loucura: Para os gentios/gregos a pregação da cruz é para loucos e não para pessoas sábias. Eles se achavam os detentores da sabedoria. Eles destilavam em seus discursos grandes palavras de persuasão humana. Eles eram mestre na técnica da retórica. Eram peritos em eloqüência. Para eles a pregação da cruz não tinha nada de atrativo. Era coisa de louco.
Para muitos “sábios” na cidade grega de Atena, a capital da sabedoria, Paulo era um tagarela (At 17.18).
(3) Fraqueza: Para todos os povos e principalmente para os judeus a cruz é sinônima de fraqueza.
Não há, diziam eles, nenhum poder demonstrado num homem pendurado num madeiro. Isso não é força, mas fraqueza.
Para o mundo a cruz de Cristo é escândalo, loucura e fraqueza. Não a nada de atrativo nisso, diz o mundo.
Devemos operar sobre dois princípios apresentados na seguinte frase: “Devemos pregar de tal maneira para confrontar/perturbar os confortados e, consolar os perturbados”.
A pregação da cruz de Cristo é um confronto a mentalidade confortada pelo pecado. As pessoas amam o pecado e quando pregamos a mensagem da cruz de Cristo elas são confrontadas com a revelação de que Deus odeia o pecado. A cruz revela o caráter santo de Deus e Ele não tolera o pecado. O pecado é uma afronta a Deus. E as pessoas que pecam estão afrontando a Deus. E na cruz de Cristo Deus mostra para essas pessoas que Ele trata com severidade o pecado. Pois, a cruz revela a Sua justa ira contra o pecado.
Mas, também a pregação da cruz de Cristo é um consolo para os perturbados, para os cansados e sobrecarregados (Mt 11.28-30). A mensagem da cruz é um alívio para aqueles que estão em desespero e não sabem o que fazer. É pela mensagem da cruz que mostramos a estas pessoas que Deus já fez tudo por elas em Cristo Jesus na cruz. E que elas precisam apenas se arrepender de seus pecados e voltar-se com fé para Cristo Jesus. Pois, a cruz de Cristo revela o grande amor de Deus por elas sendo elas ainda pecadoras. A cruz de Cristo não revela o valor da humanidade, mas revela o valor do amor/caráter de Deus. Paulo disse isso quando escreveu em Romanos 5.8:
“Mas Deus prova o Seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”.
O apóstolo João disse isso em outras palavras quando escreveu em 1João 3.1:
“Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a Ele mesmo.”.
O teólogo e pastor John Piper disse acertadamente:
“O amor de Deus por nós não se revela principalmente em que Ele nos valoriza, e sim em que Ele nos dá a capacidade de nos regozijarmos em apreciá-Lo para sempre. Se centralizamos e focalizamos o amor de Deus em nosso valor, estamos nos afastando do que é mais precioso, ou seja, Ele mesmo. O amor labuta e sofre para nos cativar com aquilo que é infinita e eternamente satisfatório: Deus mesmo. Por conseguinte, o amor de Deus labuta e sofre para aniquilar nossa escravidão ao ídolo do “eu” e focalizar nossas afeições no tesouro de Deus”[2].
A cruz de Cristo mostra que o homem não é o centro do universo, mas Deus o é. Para a maioria das pessoas o amor de Deus tem de colocá-las no centro de tudo. Mas a cruz nos mostra que Deus ama as pessoas para Sua glória. Não é o bem-estar das pessoas que em última análise Deus almeja, mas Sua glória e a demonstração para Suas criaturas de que a verdadeira felicidade delas está em Cristo Jesus, a dádiva de Deus para a humanidade (Jo 3.16).
John Piper nos diz: “O amor é fazer tudo que for necessário para ajudar os outros a verem e experimentarem a glória de Deus em Cristo, para todo o sempre. O amor mantém a Deus no centro, porque a alma foi criada para Deus”[3]. E só encontrará verdadeira felicidade, prazer e descanso em Deus.
[1] D. A. Carson em A Cruz e o Ministério Cristão, pg. 11. Editora Fiel.
[2] Em Penetrado Pela Palavra, pg. 09,10. Editora Fiel.
[3] Op. Cit., pg. 12.
A centralidade da cruz precisa ser evidenciada em todos os aspectos de nosso ministério. Precisamos enfatizar a cruz de Cristo na adoração a Deus, na edificação da igreja, no discipulado cristão, na disciplina eclesiástica e na evangelização do mundo. A cruz é central! A glória da igreja está em sua ênfase sobre a cruz de Cristo. A glória da igreja é a glória da cruz de Cristo. Paulo disse: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo [...]” (Gl 6.14). Na vida cristã e em todo o universo nada se compara com a glória da cruz de Cristo Jesus.
Por que um homem como Paulo se gloriava unicamente na cruz de Cristo? Ele tinha muitas credenciais que poderiam ser sua glória. Mas, ele não se gloria em nenhuma de suas credenciais ou mesmo em nenhum de seus antigos mestres. Sua glória estava na cruz de Cristo. O Cristo da cruz era sua paixão e seu bem maior. Paulo sabia que através da cruz Cristo lhe conquistara e o atraíra. O Senhor Jesus disse em João 12.32: “E Eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a Mim mesmo”. A cruz ergueu a Cristo como o grande alvo e como nossa grande esperança de salvação e reconciliação com o Deus irado.
A doutrina da cruz de Cristo sustém a igreja de Deus em todos os aspectos de sua vida e ministério. A cruz é a base, e o meio e o alvo do ministério cristão e também de nossa vida como cristãos.
Não importa a situação do mundo, não podemos abandonar a pregação da cruz de Cristo. Não é o mundo que dita o conteúdo de nossa pregação, mas é Deus! E Deus nos diz em Sua Palavra que a cruz de Cristo é central em nossa mensagem ao mundo. Paulo disse: “Porque decidi nada saber entre vós, senão Jesus Cristo, e este crucificado” (1Co 2.2).
O que o mundo precisa não é de mensagens motivacionais. Não é de mensagens terapêuticas ou psicológicas. Mas o que o mundo precisa é da mensagem da Cruz!
Talvez os pregadores motivacionais digam: “não, não podemos pregar sobre a cruz, pois isso vai desmotivar as pessoas”!
Ou podemos ouvir os psicólogos vociferarem: “não podemos falar da cruz, pois isto é um golpe na auto-estima das pessoas! Nós devemos elevar a auto-estima delas”!
Paulo chama estes pensadores de inimigos da cruz de Cristo (Fp 3.18). Paulo disse em 1Coríntios 1.17: “Porque não me enviou Cristo para batizar, mas para pregar o evangelho, não com sabedoria de palavra, para que se não anule a cruz de Cristo”.
A missão da igreja é pregar o evangelho da cruz e não um “evangelho” da auto-estima. A missão da igreja é pregar o evangelho, não em sabedoria de palavra das novas idéias aplaudidas pelo mundo, para que não anule a cruz de Cristo.
A mentalidade do mundo nunca foi e nunca será favorável a mensagem da cruz. E Paulo elenca pelo menos três concepções do mundo com relação à cruz de Cristo:
(1) Escândalo: A pregação da cruz de Cristo para os judeus é escândalo. A palavra grega que Paulo usa é skandalon significando “qualquer impedimento colocado no caminho e que faz alguém tropeçar ou cair”. Figuradamente “aplicado a Jesus Cristo, cuja pessoa e ministério foram tão contrários as expectativas dos judeus a respeito do Messias, que o rejeitaram e, pela sua obstinação, fizeram naufragar a própria salvação”.
O que há de magnífico em um rei perdurado num madeiro, diziam eles! Não vemos nem um milagre, mas apenas impedimento.
A cruz é um impedimento e pedra de tropeço para os judeus porque ela vai de encontro e contra todas as suas expectativas e idéias.
A mensagem da cruz de Cristo nunca satisfará os anseios egoístas das pessoas. Pelo contrário, a mensagem da cruz é um golpe certeiro no egoísmo humano.
A cruz de Cristo sempre será um alvo de desprezo para este mundo.
(2) Loucura: Para os gentios/gregos a pregação da cruz é para loucos e não para pessoas sábias. Eles se achavam os detentores da sabedoria. Eles destilavam em seus discursos grandes palavras de persuasão humana. Eles eram mestre na técnica da retórica. Eram peritos em eloqüência. Para eles a pregação da cruz não tinha nada de atrativo. Era coisa de louco.
Para muitos “sábios” na cidade grega de Atena, a capital da sabedoria, Paulo era um tagarela (At 17.18).
(3) Fraqueza: Para todos os povos e principalmente para os judeus a cruz é sinônima de fraqueza.
Não há, diziam eles, nenhum poder demonstrado num homem pendurado num madeiro. Isso não é força, mas fraqueza.
Para o mundo a cruz de Cristo é escândalo, loucura e fraqueza. Não a nada de atrativo nisso, diz o mundo.
Devemos operar sobre dois princípios apresentados na seguinte frase: “Devemos pregar de tal maneira para confrontar/perturbar os confortados e, consolar os perturbados”.
A pregação da cruz de Cristo é um confronto a mentalidade confortada pelo pecado. As pessoas amam o pecado e quando pregamos a mensagem da cruz de Cristo elas são confrontadas com a revelação de que Deus odeia o pecado. A cruz revela o caráter santo de Deus e Ele não tolera o pecado. O pecado é uma afronta a Deus. E as pessoas que pecam estão afrontando a Deus. E na cruz de Cristo Deus mostra para essas pessoas que Ele trata com severidade o pecado. Pois, a cruz revela a Sua justa ira contra o pecado.
Mas, também a pregação da cruz de Cristo é um consolo para os perturbados, para os cansados e sobrecarregados (Mt 11.28-30). A mensagem da cruz é um alívio para aqueles que estão em desespero e não sabem o que fazer. É pela mensagem da cruz que mostramos a estas pessoas que Deus já fez tudo por elas em Cristo Jesus na cruz. E que elas precisam apenas se arrepender de seus pecados e voltar-se com fé para Cristo Jesus. Pois, a cruz de Cristo revela o grande amor de Deus por elas sendo elas ainda pecadoras. A cruz de Cristo não revela o valor da humanidade, mas revela o valor do amor/caráter de Deus. Paulo disse isso quando escreveu em Romanos 5.8:
“Mas Deus prova o Seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”.
O apóstolo João disse isso em outras palavras quando escreveu em 1João 3.1:
“Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a Ele mesmo.”.
O teólogo e pastor John Piper disse acertadamente:
“O amor de Deus por nós não se revela principalmente em que Ele nos valoriza, e sim em que Ele nos dá a capacidade de nos regozijarmos em apreciá-Lo para sempre. Se centralizamos e focalizamos o amor de Deus em nosso valor, estamos nos afastando do que é mais precioso, ou seja, Ele mesmo. O amor labuta e sofre para nos cativar com aquilo que é infinita e eternamente satisfatório: Deus mesmo. Por conseguinte, o amor de Deus labuta e sofre para aniquilar nossa escravidão ao ídolo do “eu” e focalizar nossas afeições no tesouro de Deus”[2].
A cruz de Cristo mostra que o homem não é o centro do universo, mas Deus o é. Para a maioria das pessoas o amor de Deus tem de colocá-las no centro de tudo. Mas a cruz nos mostra que Deus ama as pessoas para Sua glória. Não é o bem-estar das pessoas que em última análise Deus almeja, mas Sua glória e a demonstração para Suas criaturas de que a verdadeira felicidade delas está em Cristo Jesus, a dádiva de Deus para a humanidade (Jo 3.16).
John Piper nos diz: “O amor é fazer tudo que for necessário para ajudar os outros a verem e experimentarem a glória de Deus em Cristo, para todo o sempre. O amor mantém a Deus no centro, porque a alma foi criada para Deus”[3]. E só encontrará verdadeira felicidade, prazer e descanso em Deus.
[1] D. A. Carson em A Cruz e o Ministério Cristão, pg. 11. Editora Fiel.
[2] Em Penetrado Pela Palavra, pg. 09,10. Editora Fiel.
[3] Op. Cit., pg. 12.