Discípulos de Cristo Jesus

Vivendo Para a Glória de Deus!

A vida cristã deve ser vivida para a glória de Deus somente. Em tudo o que nos empenhamos e fazemos devemos procurar a glória de Deus. Paulo chegou a dizer que até mesmo as coisas mais curriqueiras da vida como o beber e o comer devem ser feitos para a glória de Deus (1Co 10.31).

Nenhum de nós viveremos na plenitude se não vivermos voltados para a glória de Deus. Pois, a plenitude da vida está em viver para a glória de Deus. A glória de Deus produzirá a verdadeira vida plena de satisfação em Deus.

O pastor e escritor John Piper foi feliz quando afirmou que Deus é mais glorificado em nós quanto mais nos alegramos Nele. A glória de Deus e nossa alegria são faces de uma mesma moeda. Quando procuramos verdadeira satisfação vislumbramos e refletiremos a glória de Deus. Pois, a verdadeira alegria resulta na contemplação apaixonada do único ser no universo que tem toda a glória e beleza. A contemplação da beleza de Deus nos deixa encantados e sobressaltados ante inenarrável resplendor.

O Breve Catecismo de Westminster indaga: Qual o fim principal de todo o homem? Ele mesmo responde: O fim principal de todo homem é glorificar a Deus e se alegrar Nele para sempre.

A nossa alegria e a glória de Deus é o propósito de Deus para nossas vidas e o alvo da vida cristã. Toda a plenitude da vida cristã se resume na contemplação do Ser eterno de Deus na Pessoa maravilhosa de Cristo Jesus pela obra persuadora e renovadora do Espírito Santo.

Soli Deo Gloria!

sábado, julho 03, 2010

CONTENTAMENTO CRISTÃO!



Como cristãos salvos por Deus por meio de Cristo Jesus devemos aprender a estar contentes tanto com o que Deus nos dá quanto com o que Ele não nos dá. A graça de Deus é Seu eterno favor imerecido para nós, mas Sua soberana graça também nos priva de muitas coisas que Deus não quer que nós usufruamos.
No conhecido texto de 2Samuel 11–12 o rei Davi aprende a respeito da graça de Deus. Neste texto vemos o processo, apresentado pelo narrador, por meio do qual Davi, mesmo sendo rei, aprende o contentamento com a graça de Deus, isto é, a aceitar o que Deus graciosamente dá e graciosamente retém. Deus não deu Bate-Seba a Davi. Ela era de Urias. Veja no texto que Urias teve mais honra embriagado do que Davi quando estava sóbrio! Quando não estamos contentes com o que Deus nos dá um ébrio é mais sóbrio do que nós!
Urias mesmo embriagado honrou a Deus, ao rei e aos soldados que ficaram na batalha. Mas, infelizmente o rei Davi em sua sobriedade embriagou-se na promiscuidade. Querendo aquilo que a graça de Deus não lhe deu.

Cada cristão precisa aprender a aceitar o que a graça de Deus lhe concedeu e o que a graça não concedeu. Ou seja, os cristãos precisam aprender a ficar satisfeitos com os presentes generosos de Deus.
Paulo disse: "Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação" (Fp 4.11). Há aqueles que só se contentam com o que Deus dá, mas ficam irritados com aquilo que o Soberano Deus não os dá. Para Paulo o verdadeiro contentamento não está em receber e não-receber, mas na decisão soberana da graça de Deus! O que Deus em Sua eterna graça decidisse para Paulo ele abraçaria alegremente, pois em todas essas coisas ele era fortalecido em Cristo (Fp 4.13).

Quem ou o que deve ser a fonte do contentamento cristão?
Para Paulo e para todo o cristão verdadeiro a resposta é Deus! O Deus que Se revelou por meio de Jesus Cristo!
Então, a vida cristã é uma vida de contentamento em Deus por meio de Cristo no usufruto da presença de Deus Espírito Santo!
Paulo estaria contente em toda e qualquer situação porque a fonte de sua alegria não estava nas circunstâncias, mas Naquele que o fortalecia em todas elas – o próprio Deus por meio de Cristo!
Agostinho disse que “feliz é aquele que possui a Deus”. Ele também disse em suas Confissões: “Tu nos fizestes para Ti mesmo, e nossos corações não acham paz, enquanto não descansam em Ti”. Agostinho trabalhou com todo o seu vigor para fazer conhecido e amado, no mundo, este Deus de graça e alegria soberanas para nosso contentamento.
Infelizmente, a nota de contentamento em Deus descrita por Agostinho está ausente da maioria das pregações e de nossas igrejas hoje. Ainda com tristeza digo que, infelizmente “teologias” que colocam o homem como o centro de todas as coisas e um “contentamento” baseado na busca frenética nos prazeres temporários desta vida imperam nas nossas comunidades.
Como disse o teólogo R. C. Sproul que ainda hoje “não ficamos livres do cativeiro pelagiano na igreja”. Pelágio, um monge britânico, era um pregador popular nos anos 401 a 409 d. C. Ele era o arquiinimigo de Agostinho porque rejeitava a noção de que a vontade do homem era escravizada pelo pecado e necessitava de graça especial para crer em Cristo e fazer o bem. Ele rejeitava a oração de Agostinho: “Dá-me graça [ó Senhor] para fazer o que Tu ordenas e ordena-me fazer o que Tu queres”. R. C. Sproul disse: “Precisamos de um Agostinho ou de um Lutero para falar conosco novamente, para que a graça de Deus não seja obscurecida nem obliterada em nossa época”.
Mas, mesmo que outro Lutero ou Agostinho não se levantem, Deus pode nos usar! Nós que nos deleitamos em Deus para Sua eterna glória na manifestação de Seu eterno Filho. E isto acontecerá quando nos arrependermos das fontes erradas que a igreja atual busca para encontrar o contentamento. Nosso Senhor disse para a mulher Samaritana que enquanto ela buscvaa o contentamento na prostituição, indo de marido em marido, de cama em cama, ela nunca estaria satisfeita, ela sempre teria sede e procuraria saciá-la na promiscuidade, mas no dia em que ela bebesse da água que Ele tinha para oferecer ela nunca mais buscaria o contentamento nas cisternas rotas da vida. Pelo contrario, ela estaria satisfeita e contente unicamente Nele. Pois, o contentamento no Deus que Se revelou por meio de Cristo é como uma fonte que salta para a vida eterna.
Só assim oraremos e confessaremos como Agostinho:
“Como foi maravilhoso eu ficar repentinamente livre daquelas alegrias infrutíferas que antes eu tinha medo de perder! [...] Tu as expulsastes de mim; Tu, que és a verdadeira e a soberana alegria. Tu as expulsastes de mim e ocupastes o lugar delas [...] Ó Senhor, meu Deus, minha Luz, minha Riqueza, minha Salvação” .

DEUS AMA GLORIFICAR A SI MESMO PARA NOSSA ALEGRIA!
John Piper nos lembra que o alicerce do prazer [contentamento] cristão é o fato de que Deus é supremo em Suas afeições:
“O principal propósito de Deus é glorifica a Deus e ter prazer em Si mesmo para sempre”.
Parece-me que esta frase do Dr. Piper no evangelicalismo moderno soaria totalmente estranha. Os cristãos triunfalistas a colocariam desta maneira:
“O principal propósito de Deus é glorificar o homem e ter prazer no homem para sempre”.
Infelizmente, o contentamento de muitos que se dizem crentes em Jesus está neles mesmos e na satisfação de seus desejos egoístas em detrimento da glória de Deus e da edificação dos irmãos.
Hoje, parece que Deus foi destronado e o homem entronizado. Deus tornou-Se um mero meio para a satisfação dos desejos de homens sanguessedentos por si mesmos e por suas próprias platéias e famas. Deus vive para nós, reverbera o evangelicalismo humanista brasileiro!

Sacudindo esse humanismo podemos dizer como o velho Catecismo coloca: “O fim supremo e principal do homem é glorificar a Deus ao gozá-Lo plena e eternamente”.
Veja que a nossa alegria não está nos dons de Deus, nem em nós mesmos, mas UNICAMENTE NELE PARA ELE E POR ELE! Então glórias, pois a Nome Dele por meio de Cristo Jesus para nossa eterna alegria Nele! Amém!
É totalmente arrogante e antibíblico tentar adorar a Deus por qualquer outra razão que não o prazer de estar Nele, diz John Piper . Adorar a Deus é reconhecer que Ele é supremo em Suas afeições procurando glorificar a Si mesmo para nossa eterna alegria! A nossa alegria e a glória de Deus são faces da mesma moeda. Deus, como coloca muito bem o Dr. Piper, é mais glorificado em nós quanto mais nos alegramos Nele. Quanto mais procuramos nos deleitar em Deus como a fonte de nossa verdadeira e perene alegria mais glórias Deus terá por meio de nossa busca da alegria Nele. Pois, quando Nele buscamos a alegria Ele é glorificado como a fonte da verdadeira alegria.

Buscar a felicidade não é pecado; isto é um traço comum da natureza humana. Pecado é buscá-la na fonte errada (nós mesmos, nas coisas desta vida passageira) e não na certa (no Deus que Se revelou em Cristo Jesus).
Não devemos jogar a nossa vida fora buscando o contentamento em nós mesmos e nas coisas não eternas. Só buscando-o (contentamento) em Cristo Jesus, nós conseguiremos salvar nossa vida. Foi Cristo mesmo quem disse: “Se alguém perder a sua vida por amor de Mim achá-la-á”.

Que Deus possa continuar abrindo nossos olhos para que tenhamos a visão de que somente na presença Dele há plenitude de alegria e delícias perpétuas (cf. Sl 16.11).


Soli Deo Gloria!

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