Discípulos de Cristo Jesus

Vivendo Para a Glória de Deus!

A vida cristã deve ser vivida para a glória de Deus somente. Em tudo o que nos empenhamos e fazemos devemos procurar a glória de Deus. Paulo chegou a dizer que até mesmo as coisas mais curriqueiras da vida como o beber e o comer devem ser feitos para a glória de Deus (1Co 10.31).

Nenhum de nós viveremos na plenitude se não vivermos voltados para a glória de Deus. Pois, a plenitude da vida está em viver para a glória de Deus. A glória de Deus produzirá a verdadeira vida plena de satisfação em Deus.

O pastor e escritor John Piper foi feliz quando afirmou que Deus é mais glorificado em nós quanto mais nos alegramos Nele. A glória de Deus e nossa alegria são faces de uma mesma moeda. Quando procuramos verdadeira satisfação vislumbramos e refletiremos a glória de Deus. Pois, a verdadeira alegria resulta na contemplação apaixonada do único ser no universo que tem toda a glória e beleza. A contemplação da beleza de Deus nos deixa encantados e sobressaltados ante inenarrável resplendor.

O Breve Catecismo de Westminster indaga: Qual o fim principal de todo o homem? Ele mesmo responde: O fim principal de todo homem é glorificar a Deus e se alegrar Nele para sempre.

A nossa alegria e a glória de Deus é o propósito de Deus para nossas vidas e o alvo da vida cristã. Toda a plenitude da vida cristã se resume na contemplação do Ser eterno de Deus na Pessoa maravilhosa de Cristo Jesus pela obra persuadora e renovadora do Espírito Santo.

Soli Deo Gloria!

quarta-feira, junho 09, 2010

JESUS um Simples Mestre e Grande Psicólogo?


O1. Perfil de Personalidade.
Depois de Philip Yancey falar sobre alguns aspectos cativante da personalidade do Senhor Jesus, como “um homem com carisma”, que o povo ficava sentado por três dias sem intervalo, sem comer, apenas para ouvir suas palavras instigantes. Um homem emocionado, impulsivamente “movido pela compaixão” ou “cheio de piedade”. Três vezes, pelo menos, Ele chorou na frente dos Seus discípulos. Ele teve súbita simpatia por uma pessoa leprosa (Mt 8). Um rasgo de raiva diante dos legalistas frios, tristeza por causa de uma cidade não receptiva.
Contudo, diz Philip Yancey, devido a todas as qualidades que remetem para o que os psicólogos gostam de chamar auto-realização, Jesus quebrou o protocolo. Como C. S. Lewis diz: “Ele não foi de maneira nenhuma o quadro que os psicólogos pintam de cidadão integrado, equilibrado, ajustado, feliz no casamento, bem-empregado, popular. Não podemos realmente estar “bem-ajustados” ao nosso mundo se ele nos diz ‘vá para o inferno’ e nos acaba pregando nus a um poste de madeira” .


02. As Bem-Aventuranças.
As bem-aventuranças podem ser consideradas a introdução do Sermão do Monte pregada pelo nosso Senhor. Parece-nos, como alguns têm acreditado que as bem-aventuranças são desenvolvidas em todo o Sermão em si. Aliás, podemos afirmar que as declarações do Senhor Jesus contidas neste maravilhoso Sermão é o âmago de toda a Sua mensagem e Sua Pessoa. Como disse acertadamente Philip Yancey “Se fracasso em entender esse ensinamento [Sermão do Monte], fracasso em entendê-Lo” .

Que significado podem as bem-aventuranças ter para uma sociedade que honra o agressivo, o confiante e o rico? Bem-aventurados são os felizes e os fortes, diz a sociedade em que vivemos. Bem-aventurados os que têm fome e sede de divertimentos, os que procuram se vingar e ainda os que procuram agradar o N0 1.
Alguns psicólogos e psiquiatras, seguindo a liderança de Freud, apontam para as bem-aventuranças como prova do desequilíbrio de Jesus. Um notável psicólogo britânico disse num discurso preparado para a Sociedade Real de Medicina:

“O espírito de auto-sacrifício que permeia o cristianismo e é tão altamente valorizado na vida religiosa cristã é masoquismo moderadamente consentido. Uma expressão muito forte dele se encontra nos ensinamentos de Cristo no Sermão do Monte. Esse abençoa os pobres, os mansos, os perseguidos; exorta-nos a não resistir ao mal, mas oferecer a outra face para ser esbofeteada; e a fazer o bem aos que nos odeiam, perdoando aos homens as transgressões. Tudo isso tem cheiro de masoquismo” .

Com essas palavras vemos a falta de compreensão tanto da Pessoa de Cristo quanto de Seus ensinos. Outro exemplo disso é o grande escritor Augusto Cury com mais de cinco (5) milhões de livros vendidos no Brasil. Podemos admirá-lo pelas suas penetrantes palavras dentro do seu contexto psicológico. Mas, infelizmente, como aconteceu com muitos, o Dr. Cury erra em interpretar muitos dos textos das Escrituras sob sua ótica psicológica. Talvez ele, como muitos outros cientistas que afirmam que as Escrituras não são precisas, por exemplo, quando dizem que o sol se põe e outros detalhes neste sentido, erram em não reconhecer o propósito teológico dos fatos e, as palavras registradas nas Escrituras numa visão fenomenológica.
Por exemplo, depois de Cury receber críticas de suas idéias errôneas de que “Deus sente necessidades psíquicas e que experimentou solidão”, ele diz:

“[...] insisto que a análise de determinados textos bíblicos, sob o ângulo da psicologia e da filosofia – e não da teologia –, demonstra que, se o Deus real e auto-existente não experimentasse uma indecifrável solidão no teatro da Sua psique, provavelmente continuaria vivendo numa clausura eterna. A eternidade seria para Ele uma prisão. Não teria nenhuma necessidade de inspirar, criar, relacionar-Se” .

Na página 14 Cury diz: “[...] E como tal [ou seja, Deus] possui uma personalidade concreta com necessidades psíquicas vitais” . E continua dizendo que “[...] Deus não é um computador universal, uma energia cósmica ou um criador insensível e auto-suficiente. Deus é Pai. Como Pai, Ele foi preso na armadilha da própria emoção, onde se destaca uma dramática solidão. Como Pai, Ele tem necessidade incontida de construir uma rede de relacionamentos com a humanidade, para trocar experiências, interagir, irrigar sua emoção com prazer”.
Infelizmente, esta é uma visão bastante distorcida do Deus revelada nas Escrituras Sagradas. Cury erra em muitos pontos em seu livro A Sabedoria nossa de Cada Dia: Os Segredos do Pai Nosso 2.
O problema da análise do Dr. Cury é que ele encaixota Deus dentro das limitadas necessidades humanas vistas pela psicologia. No final de sua análise (Cury), não temos o Deus revelado nas Escrituras, mas um grande homem com necessidades psíquicas, que não está satisfeito com sua vida eterna solitária que chamamos pelo nome de “Deus”. O que temos não é o Deus que Se auto-revelou nas Escrituras, mas a própria imagem de Augusto Cury. Ou seja, um deus feito a própria imagem do entendimento psicológico do Dr. Cury.

Deus não é um Grande Homem Cósmico com profundas necessidades psíquicas enclausurado na eternidade.
Porque Deus é a Realidade Última, devemos medir tudo em relação ao critério de Sua auto-revelação e de Sua obra, a partir do que Ele diz, sem tentar fazê-Lo se encaixar em nossas próprias imagens e imaginações pessoais como faz Cury. O grande problema de Cury é que ele encaixota a personalidade de Deus dentro da moldura da personalidade humana. Ou seja, ele descreve a Deus como um simples ser humano. Ele “analisa” Deus como se Ele tivesse as mesmas necessidades psíquicas que um ser finito como o homem possui. Ele esquece que Deus é o Criador auto-suficiente de toda a personalidade e não uma réplica grande do homem e suas necessidades. Com isso afirmo que a personalidade de Deus é infinitamente maior e diferente da do homem. Sendo a deste um reflexo turvo da personalidade do Deus Infinito.

James I. Packer comenta corretamente sobre o perigo de concebermos uma imagem de Deus que, em última análise é produto de nossa especulativa imaginação:

“Ouvimos freqüentemente expressões como esta ‘Eu gosto de pensar em Deus como o grande Arquiteto (ou Matemático, ou Artista)’. ‘Eu não penso em Deus como um juiz: gosto de pensar nEle simplesmente como um Pai’. Sabemos por experiência como essas expressões servem de prelúdio à negação de alguma coisa que a Bíblia nos diz a respeito de Deus. É necessário que se diga com a maior ênfase possível que quem se considera livre para pensar em Deus como gosta está infringindo o Segundo Mandamento. Na melhor das hipóteses, podem pensar em Deus apenas como um homem, talvez um homem ideal ou um super-homem, mas Deus não se iguala a nenhum tipo humano” .


É exatamente isso que observamos na psicologização das Escrituras feitas por Augusto Cury. Quando a Escritura diz que somos feitos à imagem de Deus (Gn 1.26,27), não significa que devemos pensar nEle de acordo com nossa imagem, pois pensar em Deus desse modo é ser ignorante a Seu respeito, não O conhecendo. Pensar desta forma é cair no erro da especulação filosófica e psicológica em vez de nos debruçarmos na revelação bíblica. Fazer isto é nos tornar adoradores de imagens produzidas por nossa imaginação e especulação. No final tudo se reduz a pura idolatria. O deus de Augusto Cury, que sente necessidades psíquicas, é um produto de sua própria imaginação especulativa, portanto é idolatria.
Outra vez leiamos o alerta do Dr. James I. Packer:

“As imagens enganam os homens. Elas projetam idéias falsas a respeito de Deus. O modo inadequado como O representam perverte nossos pensamentos a Seu respeito, e incutem em nossas mentes erros de todos os tipos sobre Seu caráter e vontade” .

A Bíblia não ordena a crença num deus; mas ordena a crença no Deus. O primeiro dos Dez Mandamentos proíbe a idolatria, não o ateísmo. O grande perigo da civilização não é que ela não crerá em Deus, mas que eles se entregarão a fantasias, a imaginações ímpias e a demônios .

O que salientou James Kennedy com respeito à doutrina da predestinação serve como verdade para o que estamos falando. Ele diz: “O motivo por que tantas pessoas se opõem a essa doutrina [predestinação] é que elas querem um Deus que seja qualquer coisa, menos Deus. Talvez lhe permitam ser algum psiquiatra cósmico, um pastor prestativo, um líder, um mestre, qualquer coisa, talvez... contanto que Ele não seja Deus. E isso por uma razão muito simples [...] elas mesmas querem ser Deus. Essa sempre foi a essência do pecado – o fato que o homem pretende ser Deus” .
A nossa grande tragédia é que pensamos sobre Deus em nossos moldes finitos. O que devemos fazer é nos quedar humildemente diante da revelação de Deus de Si mesmo e, não ficar especulando sobre Deus.

No texto do Evangelho do Senhor Jesus Segundo João (14.7-14) temos uma clássica exposição de nosso Senhor mostrando (revelando) quem Ele é. Nosso Senhor revela quem realmente Ele é em termos inconfundíveis, incontestáveis e aurifulgentes: “Quem Me vê a Mim vê o Pai” (v.9); “[...] Eu estou no Pai e que o Pai está em Mim” (v.10).
O que o Senhor Jesus revelou aos Seus discípulos e a nós neste texto? Uma coisa é certa: ELE É DEUS! Eles tinham ouvido as Suas afirmações de deidade antes e haviam presenciado a prova disso em Suas obras. Ele tinha acabado de dizer que era o caminho para Deus, a verdade sobre Deus e a própria vida em Deus (v.6). E, agora, Ele vai um passo adiante nos versículos 7 a 10 e afirma em termos inequívocos ser Deus. Suas Palavras devem ter sido surpreendentes porque a declaração era tremenda para os judeus.
Nenhuma pessoa razoável vai simplesmente desconsiderar a alegação de Jesus de ser Deus (só Cury e outros estudiosos). A simples, central e mais importante de todas as questões sobre Jesus é a que trata da Sua deidade. Qualquer pessoa que estude a vida de Jesus tem de confrontar esse assunto, por causa do que o Novo Testamento ensina. Alguns concluem que Jesus era um insano, que tinha mania de grandeza. Outros acreditam que Ele era uma fraude. Outras ainda tentam dizer que Ele era apenas um bom mestre (olá dr. Cury!), mas isso na realidade não é uma solução, porque bons professores não afirmam ser Deus. Se não fosse Deus encarnado o Emanuel Ele seria um insano, ou uma fraude e ainda um mestre da moral louco. Em vista dessas opções, o ensaísta cristão, C. S. Lewis, corretamente observou que “a única coisa que nós não podemos dizer” sobre Jesus é que Ele foi “um grande mestre de moral”, mas não Deus. Lewis mais adiante anotou:
“Um homem que fosse meramente um homem e dissesse as coisas que Jesus disse não seria um grande mestre de moral. Seria um lunático – como o homem que diz ser um ovo frito – ou então seria o Diabo do Inferno. Você tem que fazer a sua escolha. Esse homem era, e é, o Filho de Deus ou então é um lunático ou alguma coisa pior” .

Sabélio, um herege e o precursor da seita dos unitarianos, ensinou que Jesus era somente uma radiação, uma manifestação de Deus. Mas Ele não é meramente uma manifestação de Deus; Ele é o Deus bendito eternamente. O Senhor Jesus é o Deus bendito que Se manifestou. Como disse o grande defensor da divindade do Senhor Jesus na História da Igreja, Atanásio: “Ele tornou-Se o que não era (Homem, não simples homem, mas teologicamente falando, DEUS-HOMEM); mas continuou sendo o que sempre foi (DEUS!)”. Existe uma significante diferença. Jesus é, de modo único, um com, mas distinto de, o Pai – Deus evidente em carne humana.
Em João 14.7-10 o Senhor Jesus faz a muito simples, indisfarçada reivindicação de que Ele é não menos que o próprio Deus.

A minha exortação a todos é fazer coro a voz do profeta Oséias que falou destemidamente em alguns textos:
“O Meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também Eu te rejeitei, para que não sejas sacerdote diante de Mim; visto que te esqueceste da Lei do teu Deus, também Eu Me esquecerei de teus filhos” (Os 4.6). Que tragédia quando um pastor, líder ou cristão ficam inventados conhecimento em vez de se debruçarem na revelação da Palavra de Deus!

“[...] o povo que não tem entendimento corre para a sua perdição” (Os 4.14).
E isto eles fazem celeremente!

“Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR: como a alva a Sua vinda é certa; e Ele descerá sobre nós como a chuva, como a chuva serôdia que rega a terra” (Os 6.3).
É certa a manifestação de Deus quando prosseguimos em conhecer a Deus!
Que o nosso anseio possa ser: “Pois misericórdia quero, e não sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos” (Os 6.6).

É o Deus da Bíblia que precisa ser conhecido e não o “nosso” deus. É o Deus da revelação que precisa ser conhecido e não o deus da invenção psicológica, filosófica ou qualquer logia de qualquer homem. Precisamos conhecer a Autobiografia de Deus (As Escrituras) e não alguma “biografia” de um homem a respeito de Deus. Queremos e precisamos de Deus que fale conosco e não de alguém que exponha suas idéias sobre Deus. O que estou querendo dizer é que somente nas Escrituras Sagradas temos a infalível e inerrante revelação que Deus deu de Si mesmo por meio de Cristo e pelas Palavras ensinadas do Espírito Santo.



Soli Deo gloria!