Discípulos de Cristo Jesus

Vivendo Para a Glória de Deus!

A vida cristã deve ser vivida para a glória de Deus somente. Em tudo o que nos empenhamos e fazemos devemos procurar a glória de Deus. Paulo chegou a dizer que até mesmo as coisas mais curriqueiras da vida como o beber e o comer devem ser feitos para a glória de Deus (1Co 10.31).

Nenhum de nós viveremos na plenitude se não vivermos voltados para a glória de Deus. Pois, a plenitude da vida está em viver para a glória de Deus. A glória de Deus produzirá a verdadeira vida plena de satisfação em Deus.

O pastor e escritor John Piper foi feliz quando afirmou que Deus é mais glorificado em nós quanto mais nos alegramos Nele. A glória de Deus e nossa alegria são faces de uma mesma moeda. Quando procuramos verdadeira satisfação vislumbramos e refletiremos a glória de Deus. Pois, a verdadeira alegria resulta na contemplação apaixonada do único ser no universo que tem toda a glória e beleza. A contemplação da beleza de Deus nos deixa encantados e sobressaltados ante inenarrável resplendor.

O Breve Catecismo de Westminster indaga: Qual o fim principal de todo o homem? Ele mesmo responde: O fim principal de todo homem é glorificar a Deus e se alegrar Nele para sempre.

A nossa alegria e a glória de Deus é o propósito de Deus para nossas vidas e o alvo da vida cristã. Toda a plenitude da vida cristã se resume na contemplação do Ser eterno de Deus na Pessoa maravilhosa de Cristo Jesus pela obra persuadora e renovadora do Espírito Santo.

Soli Deo Gloria!

segunda-feira, novembro 07, 2005

Deus é Antes de Todas as Coisas.

Deus é antes de todas as coisas – Cl 1.17. Ou, como o primeiro versículo da Escritura coloca, no princípio, Deus... . Antes não havia nada, senão Deus, o Incriado. O salmista disse: De eternidade a eternidade, Tu és Deus – Sl 90.2. Nunca houve um tempo em que Deus não tenha existido. De fato, Ele existiu desde sempre, antes de todas as coisas. Ele é chamado de “o Primeiro” e o “Alfa” (Ap 1.8; 1.17; 21.6). Freqüentemente, a Escritura refere-se a Deus existindo antes que o mundo existisse­ – Jo 17.5; cf. Mt 13.35; 25.34; Jo 17.24; Ap 13.8; 17.8.
Deus não existia somente antes de todas as coisas, mas existia antes do próprio tempo. Isso quer dizer que Ele é Eterno. Deus existia antes dos tempos eternos­ – II Tm 1.9 ARA. Por final, Deus trouxe o tempo à existência quando fez o universo – literal “as eras” (Heb 1.2). Somente Deus possui imortalidade – I Tm 6.16. Nós recebemos a imortalidade como um Dom (Rm 2.7; I Co 15.53; II Tm 1.10). Nossa imortalidade tem um começo; a de Deus, não.


Pr. Ivan Teixeira

Soli Deo Gloria

domingo, novembro 06, 2005

As Evidências da Obra do Espírito Santo

Comentário: O Espírito Santo como o enviado de Cristo, veio para fazer ou continuar a obra de Cristo a qual iremos falar neste sermão.

01. A primeira evidência da Obra do Espírito Santo foi a capacitação dos apóstolos a fazer discípulos (Mt 28.19; Mc 16.15; Lc 24.49; At 1.8).

02. A Segunda evidência da Obra do Espírito Santo foi a concessão dos dons espirituais, com o propósito de satisfazer novas necessidades e de enfrentar novos desafios (I Co 12.7 e 11).
a) Propósito de satisfazer novas necessidades – Foi dado dons de operações de maravilhas a Pedro e a João para no Nome de Jesus levantarem o paralítico (At 3.1-10).
b) Propósito de enfrentar novos desafios – Foi dado ao apóstolo Pedro o dom da revelação para enfrentar o desafio da mentira (At 5.1-11).

03. A terceira evidência da Obra do Espírito Santo foi a como orientou os apóstolos com sabedoria (At 6.1-7).
a) O crescimento da Palavra de Deus.
b) A multiplicação dos discípulos.
c) Grande parte dos sacerdotes obedecia a fé.

04. A quarta evidência da Obra do Espírito Santo foi a plenitude do Espírito sobre os gentios (i.e., o batismo com o Espírito Santo – At caps. 10-11).

05. A quinta evidência da Obra do Espírito Santo tanto na Igreja como nas vidas dos indivíduos foi a maneira de o Espírito Santo guia-los (At 13.1-4).

06. A sexta evidência da Obra do Espírito Santo é o preparamento da noiva (Igreja) para encontrar-se com o Noivo (Cristo).

07. A sétima evidência da Obra do Espírito Santo é que Ele veio para honrar o Nome de Jesus (i.e., colocar Jesus no centro de nossas vidas) (I Co 12.3).

As Duas Grandes Coisas que Deus Fez

Leitura Seleta: Sl 126.3.

Comentário: Três grandes verdades básicas que aprendemos deste v.03 do salmo de número 126.
“Grandes Coisas” Só quem pode fazer-las é alguém grande. Então afirmamos: Deus é grande! Deus o Senhor Altíssimo é grande.
“Fez o Senhor” Só são grandes coisas porque é o Senhor Deus Altíssimo que faz.
“Estamos Alegres” Esta situação é conseqüência das realizações que o Senhor fez. E o melhor é que estas grandes coisas feitas por Deus são “por nós”, e esta é a razão maior de estamos alegres, porque Deus está do nosso lado, por nós, sobre nós, conosco, dentro de nós e em nós (Rm 8.31; I Jo 4.4).
Deus está fazendo grandes coisas.
Deus está do nosso lado (Rm 8.31; I Jo 4.4).
Estamos alegres com o agir de Deus.

I. A PRIMEIRA GRANDE COISA QUE DEUS FEZ “FOI POR NÓS”. NO LUGAR CHAMADO CALVÁRIO.
v No lugar chamado calvário foi efetuado a grande e transcendente obra de Deus porque nela Deus Filho morreu por nós.
v Jesus veio ao mundo por nós.
v Manifestou-se em carne por nós (I Tm 3.16).
v Foi crucificado por nós; Foi morto por nós; Ressuscitou por nós (Rm 6.3-6).
v Capítulo 126:
v Os versos 1-2 fala do cativeiro de pecado. O termo que pode ser usado aqui é “RESGATE” (Gl 3.13; Mt 20.28). Que significa a libertação de um cativo mediante o pagamento do resgate, ou a soltura de um devedor encarcerado, ao liquidar sua dívida.
v São três palavras gregas no NT que são traduzidas por Redenção:
AGORAZÕ – Adquirir no mercado.
EXAGORAZÕ – Comprar retirando do mercado (Gl 3.13; Lc 11.21-22 – Os dois valentes).
LYTROÕ – Denotam os meios ou o dinheiro para um resgate. É libertar, ou ainda, soltar mediante pagamento (I Pe 1.18-19).

II. A SEGUNDA COISA QUE Deus FEZ É “EM NÓS”. NO PENTECOSTE (Jo 14.16-17; At 2).
Nota: No Pentecostes a grande obra foi o revestimento do Espírito Santo nos discípulos, dando-lhes poder par fazer missões, pregações, milagres, afirmações corajosas e etc.
O Pentecostes é em nós (Jo 7.37-39; 14.17).
Os versículos 4-6 do Salmo 126, falam de outro cativeiro. Que podemos denomina-lo “cativeiro de secura”, como o sul da palestina (Neguebe, Heb. Seco. Terra do sul. Isto é, ao sul da Judéia), sem chuva (v.4), sem sega (v.5) e sem molhos (v.6).
A palavra apropriada, aqui, é renovação (ato ou efeito de renovar – tornar novo; recomeçar, restaurar) ou avivamento.
Os resultados desta renovação são tríplices:
a) Como as correntes das águas do sul – Fertilizando; tornar molhado o seco; tornar belo o que era ermo e árido.
b) V.5: Fartura na colheita. No Pentecostes quase três mil almas.
c) V.6: Resultados e frutos na evangelização e obra missionária. Molhos – produz cem por um...

Conclusão: O nosso Deus continua fazendo Coisas Grandes em nosso meio. Que possamos confiar no agir de Deus. Fazendo o que nos cabe – tirando todo o impedimento para Deus operar (Is 43.13).


Ev. Ivan Teixeira

Soli Deo Gloria!

Deus e os Extraterretres

O professor Dr. Werner Gitt, diretor do "Instituto Nacional de Tecnologia Física" na Alemanha, escreveu o seguinte acerca do assunto:

Estamos sozinhos, ou existe vida em outros lugares do Universo? Os relatórios acerca de discos voadores e de encontros com extraterrestres, que há décadas já produziam inúmeras especulações, e que nos últimos tempos aumentaram em número, receberam combustível de uma ala séria: no início de agosto de 1996, pesquisadores da NASA anunciaram ter descoberto formas rudimentares de vida em um meteorito que supostamente procedia de Marte. Estas ligas orgânicas também poderiam ser bolinhas de lama petrificada, ressaltam. Uma prova de "vida", na verdade, não existia! Mas de qualquer forma a pedra de quase dois quilos, achada na Antártida, reaqueceu a febre marciana mundial: nos próximos anos, americanos, europeus, japoneses e russos planejam cerca de 20 projetos e pretendem enviar sondas até o planeta vizinho Marte, distante 78 milhões de quilômetros.

De modo geral, percebe-se que a crença em inteligência extraterrestre, que já tinha características quase religiosas, alcança uma nova dimensão.

A onda dos OVNIs vai aumentando

Se bem que após algum tempo as especulações sobre a "pedra de Marte" mostraram não ter fundamento, o entusiasmo pela busca de vida extraterrena prossegue. Existem diversas causas para o enorme "boom" dos relatos de aparições de OVNIs (Objetos Voadores Não Identificados). O professor de psiquiatria da Universidade de Harvard, John E. Mack, chamou a atenção do mundo inteiro com sua coletânea de casos intitulada "Raptado por Extraterrestres". Há algum tempo, o cineasta britânico Ray Stilli trouxe a público um filme supostamente rodado em 1947 e mantido em sigilo desde então, mostrando a autópsia de um suposto extraterrestre. Ele teria caído com seu disco voador no Novo México em 1947, próximo à base aérea de Roswell. Na Brasil, o "Fantástico" mostrou partes do filme. Em outubro de 1995, no Congresso Mundial de OVNIs, em Düsseldorf (Alemanha), as imagens pouco nítidas foram uma das principais atrações. (...) Segundo uma pesquisa de opinião efetuada pelo Instituto Allensbach, na Alemanha 17% da população crê que existam OVNIs, 40% contam com vida em outros planetas e 31% crêem que estes seres sejam inteligentes.
Como os cristãos deveriam classificar os OVNIs? Que significado tem a existência de extraterrestres no espaço?

I. O que a ciência diz a respeito?

1. Nunca houve um contato com "extraterrestres"

No ano de 1900, a Academia Francesa de Ciências anunciou um prêmio de 100.000 Francos para quem fosse o primeiro a estabelecer contato com um mundo desconhecido. Marte foi excluído, pois naquela época havia certeza da existência de moradores no planeta vizinho. Mas nesse meio tempo sabe-se com certeza: nem nesse nem em outro planeta existe qualquer sinal de "pequenos homenzinhos verdes" ou de qualquer outro ser inteligente.
Mesmo que até agora não exista a menor prova científica da existência de vida extraterrena, muitos astrônomos – sob o impacto da quantidade enorme de estrelas – acham que a vida, como ela é concebida na terra, também teria de haver surgido em outros lugares. Os cientistas americanos do SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence = Busca de Inteligência Extraterrestre) fizeram diversas tentativas para captar sinais do espaço. Tudo foi em vão – eles também não encontraram nenhuma prova de vida extraterrestre.

2. Vida no espaço só seria possível se...

Vida no espaço só seria possível em um planeta cuja superfície suprisse diversas condições. Ele deve ter a distância certa de seu sol para ser aquecido corretamente. Até aqui os astrônomos só acharam uma indicação de possível vida em um planeta em outro sistema solar. Ele orbita em torno da estrela Pégaso de nossa Via Láctea, distante 45 anos-luz de nós. Mas como ela está 20 vezes mais próxima de seu sol do que a terra, a vida lá seria impossível devido ao calor. Ainda é possível que existam planetas não descobertos entre os incontáveis sóis (um número formado por 1 mais 25 zeros). Mas é, no mínimo, improvável que eles atendam as condições que possibilitem a existência de vida. A simples existência de água ou gelo não é evidência clara da eventual existência de outras formas de vida, como foi publicado em muitos jornais, quando se dizia que na lua de Júpiter, chamada "Europa", eventualmente teria sido descoberto gelo.
3. Distâncias intransponíveis até outros planetas

Mesmo aceitando-se que exista vida em algum lugar do espaço, uma visita de extraterrestres à Terra, como as sugeridas pelos relatos de OVNIs, seria impossível na prática. O principal impecilho são as distâncias inimaginavelmente grandes e, com isso, o longo tempo de viagem que se faz necessário. Já a estrela mais próxima da terra, chamada Proxima Centauri, fica a uma distância de 4,3 anos-luz, ou seja, 40.680.000.000.000 quilômetros (40,7 trilhões). Os vôos do projeto Apolo levaram três dias para irem até a Lua, que fica a 384.000 quilômetros de distância. Com a mesma velocidade, seriam necessários 870.000 anos para se chegar a essa estrela vizinha.
Sondas espaciais não-tripuladas poderiam obviamente ser mais rápidas. Se existisse alguma força de impulsão que alcançasse um décimo da velocidade da luz, mesmo assim a viagem levaria 43 anos. Segundo os cálculos aproximados do físico nuclear sueco C.Miliekowsky, seriam necessárias quantidades enormes de energia para a propulsão. Elas equivaleriam à quantidade de energia elétrica consumida atualmente pelo mundo inteiro em um mês. Além disso, as pequenas partículas de poeira que flutuam no espaço representam um problema para as sondas espaciais, pois colidiriam com elas. Átomos de hidrogênio (100.000 por metro cúbico) são os mais freqüentes. E partículas de poeira de silicatos e gelo com 0,1 grama de peso (100.000 por quilômetro cúbico) já poderiam destruir o aparelho. Tudo isso torna uma viagem de eventuais extraterrestres até nós ou de nós até eles praticamente impossível.

II. A Bíblia

1. Em lugar nenhum a Bíblia fala de extraterrestres

Para os cristãos, a Bíblia é a Palavra de Deus revelada. A Bíblia ensina que a vida só é possível através de um ato criador. Mesmo que no espaço existam planetas semelhantes à Terra, lá não existiria vida se o Criador não a tivesse criado. E se Deus o tivesse feito, e essas criaturas nos visitassem algum dia, então Deus não teria nos deixado ignorantes a respeito. Podemos deduzir isso de Isaías 34.16: "Buscai no livro do Senhor, e lede; nenhuma destas criaturas [de Deus] falhará, nem uma nem outra faltará". Além disso, Deus nos informou acerca de detalhes muito exatos do futuro (por exemplo, acerca da volta de Jesus, detalhes acerca do fim deste mundo, como em Mateus 24 ou no livro de Apocalipse). Um dia o Universo será enrolado como um pergaminho envelhecido (Is 34.4; Ap 6.14). Com isso, se Deus tivesse criado seres viventes em outro lugar, Ele automaticamente destruiria a morada deles.

2. A finalidade das estrelas

Um outro raciocínio que leva à mesma conclusão: se conhecemos a finalidade das estrelas, temos em mãos a chave bíblica para respondermos as questãos concernentes aos assim chamados "extraterrestres". O "para quê" das estrelas é mencionado em diversas passagens bíblicas. O conhecido Salmo 19 trata do assunto, mas queremos salientar aqui o relato da criação. Gênesis 1.14-15 diz: "Disse também Deus: Haja luzeiros no firmamento dos céus, para fazerem separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais, para estações, para dias e anos. E sejam para luzeiros no firmamento dos céus, para alumiar a terra. E assim se fez."
As razões de sua existência são muito claras: devem luzir na terra, mostrar o tempo e ser portadoras de sinais. As estrelas são, portanto, orientadas e planejadas para a terra, ou, para ser mais exato, para as pessoas que vivem na terra. Diante desta distribuição de finalidades quando de sua criação, diante da seqüência da criação (no primeiro dia a terra e só no quarto dia os outros planetas) bem como do testemunho bíblico como um todo, pode-se chegar a uma única conclusão: não se pode contar com vida em outros planetas!

III. E os OVNIs?

Após a constatação feita acima, como devemos nos posicionar diante dos fenômenos de discos voadores e diante da euforia e da crença em seres extraterrestres? Li na revista alemã "Focus": "90% das notícias de OVNIs são consideradas disparates, mas um resto de dez por cento é suficiente para o surgimento de muitas especulações." E o sociólogo Gerald Eberlein chega à conclusão: "Pesquisas revelaram que pessoas que não têm vínculos com igrejas mas afirmam ser religiosas, reagem de maneira especialmente forte à possível vida de extraterrestres. Para elas, a ufologia é uma espécie de religião substituta." A Bíblia expressa a mesma constatação num ponto de vista ainda mais profundo, quando menciona causa e conseqüência: "Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira" (2 Ts 2.9-11).

A Bíblia o diz

Um pensamento complementar para elucidar o fenômeno dos discos voadores: a Bíblia dá uma descrição de todos os seres viventes. O Deus vivo se apresenta a nós como o Deus triúno no Pai, no Filho e no Espírito Santo. No céu existem os anjos, que também servem às pessoas sobre a terra. Eles trazem uma boa mensagem e dão a reconhecer quem os enviou (por ex., Lucas 2.6-16). Suas afirmações são precisas e verificáveis.
Uma mensagem diferente é a do diabo e dos demônios. Efésios 2.2 chama-o de "príncipe da potestade do ar". Seu raio de ação é sobre a terra. O diabo tem seu próprio repertório para seduzir este mundo, sob a forma de variadas práticas ocultas e de milhares de ritos religiosos. Será que não poderia ser que, por trás de todos os fenômenos não identificáveis se encontrassem as obras do enganador? Como os relatos de OVNIs mostram, tudo é muito nebuloso e não identificável. Pessoas que não conhecem a Cristo se deixam fascinar com facilidade por tudo quanto é fenômeno abstrato. Aos cristãos vale o aviso: "Vede que ninguém vos engane!" (Mt 24.4).
Norbert Lieth

Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, abril de 1997.

sexta-feira, novembro 04, 2005

A Igreja e Suas Prioridades

Ev. Ivan Teixeira
Ministro do Evangelho CGADB: 32118.
Pregando em Salvador - BA.
Conferência Missionária
Residência: Juiz de Fora MG
(32) 3216-5566 e 8819-1352


Leituras Selecionadas: Jo 4.21-24; Jo 17.21-23; Mc 16.15-16.

I. A IGREJA FOI ESTABELECIDA PARA ADORAR A DEUS.
1. A visão bíblica da adoração.
Segundo a definição da Bíblia de Estudo Pentecostal, “a adoração se constitui de ações e atitude que reverenciam e honram a dignidade do grande Deus do céu e da terra. Ela exige uma entrega de fé ao Todo Poderoso e um reconhecimento de que Ele é Deus e Senhor”.
No encontro de Jesus com a mulher samaritana (Jo 4.20-24), Ele definiu a adoração como algo que deve ser feito em “espírito e verdade”. Em espírito, porque não depende de elementos litúrgicos externos que visibilizem o propósito do ofertante. É algo do coração, para ser visto por Deus, e não ser visto pelos homens. Não é, portanto, a aparência que determina o valor da adoração. É o conteúdo. Em verdade, porque deve ser fruto da sinceridade do pecador que, contrito, reconhece a sua total dependência de Deus, mediante a obra vicária de Cristo na cruz.

2. O povo de Israel chamado à adoração.
O Concerto de Deus com Israel tinha como selo a adoração ao Seu Nome. A chamada de Deus a Moisés, do meio da sarça, no Monte Sinai, deixa implícita essa verdade. Em Ex 3.12 o SENHOR estabelece como sinal do cumprimento de Sua promessa de libertação o fato que os israelitas o serviriam no mesmo lugar onde havia chamado Moisés. Servir, aqui, é plena adoração.
Em Ex 3.18b Moisés diz a faraó: ...Deixa-nos ir caminho de três dias para o deserto, para que sacrifiquemos ao SENHOR, nosso Deus. Sacrificar, aqui, é também plena adoração.
Posteriormente Deus, por Moisés e Arão, falaram a faraó em Ex 5.1b: ...Deixa ir o Meu povo, para que Me celebre uma festa no deserto. Celebrar uma festa, aqui, é mais uma vez plena adoração.

3. A Igreja chamada à adoração.
A finalidade da igreja e dos seus membros é ministrar ao Senhor. Uma das afirmações mais sucintas e profundas da Bíblia refere-se ao culto a Deus: Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e verdade. Nessa única afirmação, o Espírito Santo revelou os elementos necessários de nosso ministério de adoração para o Senhor. São:
a) A Preeminência de Deus Como Objeto do Culto – A qualidade do nosso culto é determinada pelo objeto dele. Eis o primeiro mandamento da Lei: Não terás outros deuses diante de Mim (Ex 20.3). O NT afirma a mesma coisa de um modo positivo: Amarás ao Senhor teu deu de todo o teu coração... (Mt 22.37). Toda a estrutura da verdade espiritual apóia-se na Preeminência do próprio Deus. O próprio Deus precisa ser o objeto de valor máximo. Em questão de culto, Ele é um Deus zeloso. Ele precisa ser preeminente. A Igreja não pode servir a dois senhores. A lealdade não pode ser dividida. Nenhuma distração pode tirar o Objeto de culto de nossas vidas (Lc 10.38-42). Devemos fazer tudo com o objetivo de que Jesus Cristo seja exaltado e Deus seja glorificado!
b) A Transcendência ou Espiritualidade de Deus Como a Magnitude do Culto – Isto quer dizer que o verdadeiro significado da adoração não está em algo físico. O verdadeiro adorador não depende de postura, circunstância ou local. Jesus foi bem claro ao afirmar para a mulher samaritana que, nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai (Jo 4.21). Paulo e Silas estavam, na óptica humana da adoração, em um local, em uma circunstância e em uma postura nada aconselhável para a adoração. Todavia eles criam na Transcendência e Espiritualidade de Deus, ou seja, que Deus deve ser adorado independente das circunstancias (At 16.22-25).
c) E o Conhecimento de Deus Como Resultado do Culto – Se Deus for o objetivo de valor supremo e se formos capazes, pelo novo nascimento, de adorá-Lo em Espírito, então teremos um verdadeiro Conhecimento de Deus. É este o resultado da verdadeira adoração: a Igreja conhecerá o seu Deus. Qualquer igreja que conheça o Senhor terá um poder além de todos os recursos da terra (Dn 11.32). O NT não diz: “Conhecereis as regras e estareis presos a elas”, mas: Conhecereis a Verdade (Jo 8.32). A melhor coisa que se pode dizer de uma igreja é: os seus membros conhecem a Deus. Se não estivemos seguros a respeito de Deus, teremos insegurança em tudo que fizermos.
Porque a Igreja primitiva tinha tanta autoridade para realizar a obra de evangelização? Eles estavam seguros a respeito de Deus. Tinham fé a ponto de invadir o território do inimigo porque sabiam que Deus é maior do que qualquer coisa ou qualquer pessoa no mundo. A Igreja precisa redefinir todas as coisas à luz do Conhecimento de Deus (Cf. Os 6.3).


II. A IGREJA FOI ESTABELECIDA PARA A COMUNHÃO FRATERNAL.
1. O significado da comunhão.
Comunhão vem do grego koinwnia – koinõnía (como substantivo ocorre por dezoito vezes), Companhia, comunhão, co-participação, companheirismo, relações espirituais, comunicação, distribuição, contribuição e auxílio colaboração, comungar, união, comunidade, amizade íntima.
R. N. Champlin, em EBTFV1, acrescenta a respeito do termo Koinõnía: O termo envolve as idéias de participação, comunhão, companheirismo e contribuição, pois essa é uma maneira de compartilhar com outras pessoas de nossas posses materiais.
J. Schattenmann no DITNTV1 afirma que, no grego clássico, koinõnía significava a estreita união de laços fraternais entre os homens. E que em At 2.42, o termo pode ser traduzido como “comunhão” ou “fraternidade litúrgica na adoração”. Indica a unanimidade e unidade levada a efeito pelo Espírito. O indivíduo era completamente apoiado pela comunidade dos discípulos.
Comunhão é muito mais do que cumprimentar o irmão e desejar-lhe felicidades. É um relacionamento espiritual, pessoal e social entre os que compõem a comunidade eclesiástica. É um intenso compartilhamento de tudo quanto se relaciona à vida cristã.
A Igreja primitiva levou a comunhão tão a sério que todos tinham tudo em comum, de modo que não havia nela nenhum necessitado (At 4.32-34). Eram verdadeiros mordomos.

2. A busca da comunhão.
A comunhão não é algo que recebemos em um passe de mágica. Não é algo que ganhamos de presente, pelo contrário, comunhão é algo que nós conquistamos como discípulos de Jesus.
Buscar a comunhão com os demais crentes é uma condição básica para o êxito espiritual de cada crente. O Salmo 133 expressa essa necessidade e os resultados daí recorrentes: unção, bênção e vida para sempre. A mesma ênfase aparece na Oração Sacerdotal (Jo 17.20-23).

3. O exercício da comunhão.
A comunhão pode ser exercitada no amor ao irmão mais fraco, que depende de ajuda para manter-se de pé (Rm 14.1, 13), no companheirismo que honra o próximo ao invés de si mesmo (Rm 12.10), na solidariedade que assiste o irmão necessitado (Gl 6.10), no levar as cargas uns dos outros (Gl 6.2).


III. A IGREJA FOI ESTABELECIDA PARA A EVANGELIZAÇÃO.
1. O lugar da evangelização.
É comum colocar a evangelização como a prioridade número um da Igreja. Em certo sentido, não deixa de estar correto, pois em relação ao mundo esta é a sua principal tarefa. No entanto, neste comentário ela não foi colocada em terceiro lugar por acaso. Há uma razão. É que a evangelização só terá êxito, se os crentes estiverem bem ajustados quanto aos pontos anteriores.
Em Jo 17.23 esta seqüência aparece de maneira clara: Eu neles, Tu em Mim [Comunhão com Deus], para que eles sejam perfeitos em unidade [Comunhão uns com os outros], e para que o mundo conheça que Tu Me enviaste a Mim [Evangelização], e que os tens amado a eles como Me tens amado a Mim [O Motivo da Evangelização]. Uma igreja que não adora a Deus e onde não se exercita a comunhão uns com os outros não terá o brilho da verdadeira luz que atrai os pecadores (Mt 5.14-16). Antes de sair ao mundo para pregar a Igreja precisa desenvolver o seu relacionamento com Deus e a comunhão entre os membros que a compõem. Isto, por si só, bastará para que ela seja afogueada em seu desejo de ganhar as almas.

2. A ordenança da evangelização.
A evangelização é uma ordenação bíblica dada por Jesus à Sua Igreja (Mc 15.16; Mt 28.19; At 1.8). Deixar de evangelizar é desobedecer a uma ordem clara do Senhor Jesus. É não entender a obra do Calvário. É não concatenar com o Plano de Deus. É ser desobediente a visão celeste.

3. O imperativo da evangelização.
A evangelização é um imperativo porque este é o meio pelo quais os pecadores podem arrepender-se e chegar ao conhecimento da verdade.

4. A evangelização e a Grande Comissão.
Qual é a Grande Comissão dada por Cristo à Igreja?
Antes de deixar a terra na Sua Ascensão final, Cristo comissionou a Igreja para levar avante o ministério que ele começara. Em si mesma, era uma comissão impossível. Com a comissão, todavia, Jesus prometeu enviar um revestimento de poder do alto, que capacitaria aqueles homens a cumprir a Comissão. Mateus e Marcos registram a comissão dada aos discípulos. Será bom examinarmos cada frase desta comissão, para ver tudo o que ela inclui.
A Grande Comissão – Mt 28.18-20 e Mc 16.15-20.
a) Jesus disse:
Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra (Mt 28.18).
Quando Cristo comissionou os seus falhos e claudicantes seguidores fê-lo baseado na absoluta autoridade disponível para desempenhar aquela tarefa sobre-humana. Ninguém pode começar a suprir as necessidades, nem entender os problemas, enquanto não entender essa base e recurso no Senhor exaltado. Marcos dá uma definição muito prática das frases e aspectos deste poder e destes recursos que estão em Cristo.
Cristo deu poder referente ao:
1) Reino Espiritual, pois "Quem crer e for batizado será salvo" (Mc 16.16).
2) Reino Eterno, pois "quem, porém, não crer será condenado" (Mc 16.16).
3) Reino Satânico, pois "expelirão demônios" (Mc 16.17).
4) Reino Universal, pois "falarão novas línguas" (Mc 16.17).
5) Reino Animal, pois "pegarão em serpentes" (Mc 16.18).
6) Reino Mineral, pois "se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal" (Mc 16.18).
7) Reino Humano, pois "se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados" (Mc 16.18).
Marcos nos dá um quadro vivo explicando o que é "toda a autoridade" mencionada no Evangelho de Mateus. Isto nos mostra a autoridade que foi dada a Cristo, e que Ele deu à Igreja, para desempenhar o Seu ministério na terra. Que riqueza de poder o Senhor colocou nas mãos do Seu povo! Algumas pessoas nos querem roubar o poder de Deus, dizendo que esta parte de Marcos não consta nos melhores manuscritos originais, mas o que uma pessoa precisa fazer é só abrir no Livro de Atos, para ver uma dramática demonstração prática de tudo o que é sugerido nesta passagem de Marcos.
b) Jesus disse: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações" (Mt 28.19). O texto grego enfatiza melhor: poreuthéntes oun mathêteúsate pánta ta éthnê – Tendo ido, portanto, discipulai todas as gentes {NTI}.
Esta é a primeira ordem dada à Igreja. Marcos diz que devemos ir "por todo o mundo e pregar o evangelho a toda criatura" (Mc 16.15). Os pensamentos contidos neste versículo indicam que devemos pregar o Evangelho com o intento de fazer discípulos. A nossa função, como Igreja, não é apenas fazer com que as pessoas sejam salvas. Deus não está interessado em um grupo de fracos bebês espirituais, embora todos devam começar como tal. Ele não está interessado em um Corpo de Crentes que passe a maior parte da sua vida cristã desviando-se, e rededicando-se. Ele quer discípulos que estejam dispostos a entregar tudo, tomar a sua cruz a cada dia e segui-Lo. Para que isto aconteça, não podemos esconder o custo do discipulado, ao ensinar e pregar o Evangelho, mas precisamos dar a todas as pessoas a oportunidade de pesar os custos antes de começar a edificar.
c) Jesus nos mandou batizá-los "em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28.19).
É desta forma que uma Igreja Local é fundada. As pessoas em uma dada região, que receberam a Cristo e estão identificadas com o Seu Nome (Senhor Jesus Cristo) no batismo, unem-se por interesse comum. Este ato inicial de obediência a Cristo e identificação com Ele, é o alicerce da Igreja Local. Notamos que o batismo é uma ordem; não é apresentado como uma opção. Todos os que realmente entregaram a sua vida a Cristo, desejarão ser obedientes a todas as ordens do Evangelho.
d) Jesus nos mandou ensinar (Ensinando-os do grego– didáskontes: Instrução, Doutrina, Ensino) os novos convertidos "a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado" (Mt 28.20).
Deus não está interessado em apenas salvar pessoas. Se tudo o que fizermos for evangelizar o mundo, não cumprimos a Grande Comissão. Deus quer que ensinemos e instruamos na doutrina, todas as nações. Por quê? Porque Ele quer uma Igreja gloriosa, sem mancha nem ruga (Ef 5.26-27). Ele quer que todos cheguem à unidade da fé. Não podemos cumprir esta ordem através de uma "missão", um folheto ou um programa de rádio. Para que esta comissão seja cumprida, há necessidade do estabelecimento de uma Igreja Local que em cada localidade encare seriamente a ordem de Cristo. É necessário que haja um lugar em que as plantinhas novas possam ser nutridas e regadas. Bebês recém-nascidos em Cristo precisam ter um lar em que possam ser alimentados e estabelecidos na fé (Sl 68.6).
Da mesma forma como a sinagoga local era um lugar de ensino e instrução para os judeus, a Igreja Local deve ser um lugar de instrução disciplinada na Palavra de Deus. A Igreja deve ensinar todas as coisas ordenadas por Cristo. A missão da igreja vai muito além da evangelização. A Igreja deve ensinar as ordens e as doutrinas de Cristo. A Igreja deve integrar e discipular o novo crente.
e) Jesus disse: "E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século" (Mt 28.20).
Sem isto, não teríamos chance de cumprir o que Jesus ordenou. Quando permanecemos em Cristo, somos capazes de dizer ousadamente "O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem?" (Hb 13.6). É a presença de Cristo “no meio que torna a Igreja um lugar de poder e autoridade (Mt 18.20)”. Ele prometeu estar presente com poder no meio de um povo que louva (Sl 22.3) para assistir à ministração, e para manifestar confirmação sobrenatural do Evangelho (Mc 16.20). É a presença do Senhor que dá poder ao Evangelho. O poder da Sua Presença é prometido até “a consumação do século”! Isto significa que esse poder é para nós tanto quanto foi para a Igreja Primitiva. Que efeito pode ter a Igreja de hoje, se não for fortificada pela Presença de Seu Senhor? Precisamos andar como os discípulos andaram, ou então não poderemos absolutamente andar. Quando os discípulos receberam a ordem e saíram, o Senhor estava operando neles, "confirmando a Palavra por meio de sinais, que se seguiam" (Mc 16.20).
f) Jesus foi "recebido no céu, e assentou-se à destra de Deus” (Mc 16.19).
Jesus tomou o Seu Lugar como Cabeça Levantada da Igreja, que é o Seu Corpo. Quando Ele ascendeu e foi exaltado, tornou-se capaz de enviar a promessa do Pai, o Espírito Santo, para dirigir e administrar as igrejas que foram criadas pela proclamação da Grande Comissão. Cristo é a Cabeça e a autoridade final no Corpo de Cristo. Em nenhuma hipótese esta autoridade é dada a algum homem, conselho ou qualquer organização de homens. A autoridade é dada ao lugar onde Cristo está presente. (Mt 18.20). Ela é dada à igreja local, e é entregue aos homens fiéis em congregações locais, que mantém um contato direto com o Espírito Santo, e preste contas diretamente ao Senhor Jesus, e não apenas a alguma autoridade eclesiástica.
A comissão que Cristo deu à Igreja deve ser encarada em relação a cada crente, individualmente. É plenamente estabelecido pelo padrão da prática neo-testamentária, que esta comissão não foi limitada aos apóstolos e ministros ordenados ou qualquer grupo de cristãos, mas estende-se a todo o crente em Jesus Cristo. A Grande Comissão é a ordem do Senhor ressurreto aos Seus discípulos, onde quer que eles se encontrem. Toda pessoa que professa fé em Cristo precisará responder diante de Deus por sua obediência à ordem de Cristo.
A Igreja Primitiva demonstrou ou cumpriu a Comissão de Cristo?
O Livro de Atos demonstra que a Igreja Primitiva testificou do Senhor com grande poder, e Deus confirmou a sua palavra com os sinais que se seguiram. Eles demonstraram o seu poder sobre:
a) O Reino Espiritual, pois através do seu ministério muitos vieram a conhecer o Senhor como seu Salvador (At 2.40-41).
b) O Reino Eterno, pois os que não receberam os Apóstolos estavam rejeitando o próprio Cristo (Mt 10.40).
c) O Reino Satânico, pois os demônios precisavam fugir, às suas ordens (At 8.7, 19.12-13).
d) O Reino Universal, pois eles falaram em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem (At 2.4; 10.46; 19.6).
e) O Reino Animal, pois a víbora venenosa não pôde ferir o homem de Deus (At 28.3-5).
f) O Reino Mineral, pois o veneno injetado no corpo de Paulo não fez efeito (At 28.3-5).
g) O Reino Humano, pois eles impuseram as mãos sobre os doentes, e eles sararam (At 28.8).

A Igreja do Livro de Atos tinha a verdade toda operando em certa medida. Eles experimentaram:
a) Salvação pela fé (At 16.30-31).
b) Batismo nas águas por imersão (At 8.38-39).
c) Santidade e separação, como Paulo pregou aos coríntios (II Co 6.17).
d) Cura praticada em toda a Igreja do Novo Testamento (At 5.16).
e) Batismo com o Espírito Santo (At 2.4).
f) Imposição de mãos e profecia (At 13.3).
g) Ressurreição dos mortos (At 9.36-40).
h) Juízo eterno (At 5.1-11).
i) Louvor (At 16.25).
j) Alegria (At 13.52 e Rm 14.17).
Porque a Igreja Primitiva cria, pregava e praticava literalmente todo o Conselho e Palavra de Deus, enfrentou grande oposição e perseguição do reino das trevas. A perseguição sempre teve, pelo menos, três efeitos sobre a verdadeira Igreja de Deus. a) A perseguição conseguiu dispersar a Igreja (At 8.4); b) fazê-la aumentar (At 5.14) e c) aumentar a sua alegria (At 5.41).

5. A evangelização e os seus desdobramentos.
Finalmente, a evangelização não se esgota no ato de falar de Cristo a alguém. Ali apenas inicia-se o trabalho. A ordem do Mestre é clara: Fazei discípulos. É algo que começa com o anúncio das Boas Novas e continua até que Cristo seja formado em cada novo convertido. Tem os seguintes desdobramentos:
A INTEGRAÇÃO. O ato de tornar o novo crente parte natural do Corpo de Cristo.
O DISCIPULADO. O processo de formação espiritual do novo crente através do ensino bíblico adaptado para esta fase.
A integração e o discipulado são, portanto, prioridades da Igreja do Senhor Jesus em sua tarefa de trazer os pecadores a Cristo. Depois de detalharmos mais sobre evangelismo estaremos falando detalhadamente sobre estes dois importantes assuntos.

Extraido da minha Apostila: Evangelismo, Integração e Discipulado.

Sola Scriptura!

Páscoa e Pentecoste

Ev. Ivan Teixeira
Pregando em Macapá - Amapá.
Ministro do Evangelho: CGADB: 32118.
Residência em Juiz de Fora - MG.
Fones: (32) 3216-5566 e 8819-1352.
Sola Gratia.


Leitura Seleta: Ex 12.26-27 e At 2.01.

Comentário: Iremos falar na dissertação deste sermão, sobre as duas principais bases do cristianismo, as duas bênçãos decorrentes da Salvação em Jesus Cristo – Sangue e Fogo.
Estudando a Escritura, observamos que Sangue e Fogo são como dois trilhos, sobre os quais corre o trem da Salvação.

Ex Cap. 12:

01. Deus ordenara um cordeiro para cada família para o livramento – v.02.
02. O cordeiro era assado no fogo. Implica Jesus o Cordeiro de Deus no fogo do sofrimento pela humanidade – v.9.
03. Salvação é para ser aceita hoje. Não poderia deixar o cordeiro para o dia seguinte – v.10.
04. A Páscoa é à noite e o Pentecoste é pela manhã. O clamor da Páscoa e o clamor do Pentecoste.
05. Páscoa tem sangue e o Pentecoste tem azeite – Lv 14 – A lei da purificação do leproso. Contonete um lado tem sangue e o outro tem azeite. O sangue purifica da sujeira da cerrinha da surdez espiritual. O azeite ungi par ouvir as ordenanças divinas.
06. Páscoa tem cordeiro e o Pentecoste línguas de fogo.
07. Páscoa tem libertação e o Pentecoste tem unção. Páscoa tem proteção e o Pentecoste tem revestimento.
08. Na Páscoa a partir da meia-noite há clamor de morte, de desespero, de perca dos primogênitos, dos queridos dos herdeiros.
No Pentecoste a partir da manhã há clamor de vida, de línguas, de som como de um vento. Ganha dos queridos e herdeiros da promessa.
09. Páscoa é pela noite e Pentecoste é pela manhã – At 2.15.
10. Páscoa há carne assada no fogo, pães ázimos e ervas amargas.
Pentecoste som como de vento, línguas como que de fogo e o Espírito Santo que é doce (símbolo do Espírito Santo - pomba).
11. Páscoa, todos estavam em suas casas.
Pentecoste, todos estava no mesmo lugar – cenáculo – templo.
12. Na Páscoa, não estavam todos reunidos, somente em famílias.
No Pentecoste, estavam todos reunidos, independentes de serem parentes.
13. Na Páscoa tem o cordeiro assado no fogo.
No Pentecoste a Igreja assada no batismo de fogo.
14. Na Páscoa, o sangue estava somente nos umbrais e na verga da porta, nas casas em que o comerem – Ex 22.7.
No Pentecoste, o Espírito Santo encheu toda a casa onde estavam sentados – At 2.2.
15. Na Páscoa, Deus passa por cima para não destruir as casas marcadas com sangue – Ex 12.13.
No Pentecoste o Espírito Santo entrou na casa ou templo para construí e edificar a Igreja – At 2.2.
16. Na Páscoa, não há visão do destruidor, porque eles estavam dentro das casas com as portas fechadas – Ex 12.23.
No Pentecoste, há visão de línguas como de fogo, porque eles estavam dentro da casa com a porta aberta – At 2.3.
17. Na Páscoa porta com sangue e no Pentecoste porta com fogo. Ninguém sairia da porta da Páscoa enquanto a porta do Pentecoste não se abrir – Ex 12.22.
18. Na Páscoa, Deus ver o sangue – Ex 12.23. E no Pentecoste Deus ver a obediência e perseverança dos santos – Lc 24.49, At 1.8.
19. Na Páscoa, sai um povo para a liberdade.
No Pentecoste sai um povo para proclamar a liberdade.


Ev. Ivan Teixeira

Soli Deo Gloria!


Sete Grandes Verdades Conhecidas Pelos Crentes

Leitura Seleta: Jo 8.32.
1. A VERDADE DE UM REDENTOR VIVO (Jó 19.25).

2. A VERDADE DE UM SALVADOR DO MUNDO (Jo 4.41-42).

3. A VERDADE DE QUE TODAS AS COISAS COOPERAM PARA O NOSSO BEM (Rm 8.28).

4. A VERDADE DE QUE TEMOS DE DEUS UM EDIFÍCIO (II Co 5.1).

5. A VERDADE DE QUE JESUS É PODEROSO PARA GUARDAR O NOSSSO DEPÓSITO (II Tm 1.12).

6. A VERDADE DE QUE POR OCASIÃO DO ARREBATAMENTO SEREMOS SEMELHANTES A JESUS (I Jo 3.2).

7. A VERDADE DE QUE PASSAMOS DA MORTE PARA A VIDA (I Jo 3.14).

Pr. Ivan Teixeira

Soli Deo Gloria!

Os Cinco Solas da Reforma

Sola Scriptura, Sola Christus, Sola Gratia, Sola Fide, Soli Deo Gloria
por
Declaração de Cambridge

SOLA SCRIPTURA: A Erosão da Autoridade
Só a Escritura é a regra inerrante da vida da igreja, mas a igreja evangélica atual fez separação entre a Escritura e sua função oficial. Na prática, a igreja é guiada, por vezes demais, pela cultura. Técnicas terapêuticas, estratégias de marketing, e o ritmo do mundo de entretenimento muitas vezes tem mais voz naquilo que a igreja quer, em como funciona, e no que oferece, do que a Palavra de Deus. Os pastores negligenciam a supervisão do culto, que lhes compete, inclusive o conteúdo doutrinário da música. À medida que a autoridade bíblica foi abandonada na prática, que suas verdades se enfraqueceram na consciência cristã, e que suas doutrinas perderam sua proeminência, a igreja foi cada vez mais esvaziada de sua integridade, autoridade moral e discernimento.
Em lugar de adaptar a fé cristã para satisfazer as necessidades sentidas dos consumidores, devemos proclamar a Lei como medida única da justiça verdadeira, e o evangelho como a única proclamação da verdade salvadora. A verdade bíblica é indispensável para a compreensão, o desvelo e a disciplina da igreja.
A Escritura deve nos levar além de nossas necessidades percebidas para nossas necessidades reais, e libertar-nos do hábito de nos enxergar por meio das imagens sedutoras, clichês, promessas e prioridades da cultura massificada. É só à luz da verdade de Deus que nós nos entendemos corretamente e abrimos os olhos para a provisão de Deus para a nossa sociedade. A Bíblia, portanto, precisa ser ensinada e pregada na igreja. Os sermões precisam ser exposições da Bíblia e de seus ensino, não a expressão de opinião ou de idéias da época. Não devemos aceitar menos do que aquilo que Deus nos tem dado.
A obra do Espírito Santo na experiência pessoal não pode ser desvinculada da Escritura. O Espírito não fala em formas que independem da Escritura. À parte da Escritura nunca teríamos conhecido a graça de Deus em Cristo. A Palavra bíblica, e não a experiência espiritual, é o teste da verdade.

Tese 1: Sola Scriptura
Reafirmamos a Escritura inerrante como fonte única de revelação divina escrita, única para constranger a consciência. A Bíblia sozinha ensina tudo o que é necessário para nossa salvação do pecado, e é o padrão pelo qual todo comportamento cristão deve ser avaliado.
Negamos que qualquer credo, concílio ou indivíduo possa constranger a consciência de um crente, que o Espírito Santo fale independentemente de, ou contrariando, o que está exposto na Bíblia, ou que a experiência pessoal possa ser veículo de revelação.
SOLO CHRISTUS: A Erosão da Fé Centrada em Cristo À medida que a fé evangélica se secularizou, seus interesses se confundiram com os da cultura. O resultado é uma perda de valores absolutos, um individualismo permissivo, a substituição da santidade pela integridade, do arrependimento pela recuperação, da verdade pela intuição, da fé pelo sentimento, da providência pelo acaso e da esperança duradoura pela gratificação imediata. Cristo e sua cruz se deslocaram do centro de nossa visão.

Tese 2: Solus Christus
Reafirmamos que nossa salvação é realizada unicamente pela obra mediatória do Cristo histórico. Sua vida sem pecado e sua expiação por si só são suficientes para nossa justificação e reconciliação com o Pai.
Negamos que o evangelho esteja sendo pregado se a obra substitutiva de Cristo não estiver sendo declarada e a fé em Cristo e sua obra não estiver sendo invocada.
SOLA GRATIA: A Erosão do Evangelho A Confiança desmerecida na capacidade humana é um produto da natureza humana decaída. Esta falsa confiança enche hoje o mundo evangélico – desde o evangelho da auto-estima até o evangelho da saúde e da prosperidade, desde aqueles que já transformaram o evangelho num produto vendável e os pecadores em consumidores e aqueles que tratam a fé cristã como verdadeira simplesmente porque funciona. Isso faz calar a doutrina da justificação, a despeito dos compromissos oficiais de nossas igrejas.
A graça de Deus em Cristo não só é necessária como é a única causa eficaz da salvação. Confessamos que os seres humanos nascem espiritualmente mortos e nem mesmo são capazes de cooperar com a graça regeneradora.

Tese 3: Sola Gratia
Reafirmamos que na salvação somos resgatados da ira de Deus unicamente pela sua graça. A obra sobrenatural do Espírito Santo é que nos leva a Cristo, soltando-nos de nossa servidão ao pecado e erguendo-nos da morte espiritual à vida espiritual.
Negamos que a salvação seja em qualquer sentido obra humana. Os métodos, técnicas ou estratégias humanas por si só não podem realizar essa transformação. A fé não é produzida pela nossa natureza não-regenerada.
SOLA FIDE: A Erosão do Artigo Primordial A justificação é somente pela graça, somente por intermédio da fé, somente por causa de Cristo. Este é o artigo pelo qual a igreja se sustenta ou cai. É um artigo muitas vezes ignorado, distorcido, ou por vezes até negado por líderes, estudiosos e pastores que professam ser evangélicos. Embora a natureza humana decaída sempre tenha recuado de professar sua necessidade da justiça imputada de Cristo, a modernidade alimenta as chamas desse descontentamento com o Evangelho bíblico. Já permitimos que esse descontentamento dite a natureza de nosso ministério e o conteúdo de nossa pregação.
Muitas pessoas ligadas ao movimento do crescimento da igreja acreditam que um entendimento sociológico daqueles que vêm assistir aos cultos é tão importante para o êxito do evangelho como o é a verdade bíblica proclamada. Como resultado, as convicções teológicas freqüentemente desaparecem, divorciadas do trabalho do ministério. A orientação publicitária de marketing em muitas igrejas leva isso mais adiante, apegando a distinção entre a Palavra bíblica e o mundo, roubando da cruz de Cristo a sua ofensa e reduzindo a fé cristã aos princípios e métodos que oferecem sucesso às empresas seculares.
Embora possam crer na teologia da cruz, esses movimentos a verdade estão esvaziando-a de seu conteúdo. Não existe evangelho a não ser o da substituição de Cristo em nosso lugar, pela qual Deus lhe imputou o nosso pecado e nos imputou a sua justiça. Por ele Ter levado sobre si a punição de nossa culpa, nós agora andamos na sua graça como aqueles que são para sempre perdoados, aceitos e adotados como filhos de Deus. Não há base para nossa aceitação diante de Deus a não ser na obra salvífica de Cristo; a base não é nosso patriotismo, devoção à igreja, ou probidade moral. O evangelho declara o que Deus fez por nós em Cristo. Não é sobre o que nós podemos fazer para alcançar Deus.

Tese 4: Sola Fide
Reafirmamos que a justificação é somente pela graça somente por intermédio da fé somente por causa de Cristo. Na justificação a retidão de Cristo nos é imputada como o único meio possível de satisfazer a perfeita justiça de Deus.
Negamos que a justificação se baseie em qualquer mérito que em nós possa ser achado, ou com base numa infusão da justiça de Cristo em nós; ou que uma instituição que reivindique ser igreja mas negue ou condene sola fide possa ser reconhecida como igreja legítima.
SOLI DEO GLORIA: A Erosão do Culto Centrado em Deus Onde quer que, na igreja, se tenha perdido a autoridade da Bíblia, onde Cristo tenha sido colocado de lado, o evangelho tenha sido distorcido ou a fé pervertida, sempre foi por uma mesma razão. Nossos interesses substituíram os de Deus e nós estamos fazendo o trabalho dele a nosso modo. A perda da centralidade de Deus na vida da igreja de hoje é comum e lamentável. É essa perda que nos permite transformar o culto em entretenimento, a pregação do evangelho em marketing, o crer em técnica, o ser bom em sentir-nos bem e a fidelidade em ser bem-sucedido. Como resultado, Deus, Cristo e a Bíblia vêm significando muito pouco para nós e têm um peso irrelevante sobre nós.
Deus não existe para satisfazer as ambições humanas, os desejos, os apetites de consumo, ou nossos interesses espirituais particulares. Precisamos nos focalizar em Deus em nossa adoração, e não em satisfazer nossas próprias necessidades. Deus é soberano no culto, não nós. Nossa preocupação precisa estar no reino de Deus, não em nossos próprios impérios, popularidade ou êxito.

Tese 5: Soli Deo Gloria
Reafirmamos que, como a salvação é de Deus e realizada por Deus, ela é para a glória de Deus e devemos glorificá-lo sempre. Devemos viver nossa vida inteira perante a face de Deus, sob a autoridade de Deus, e para sua glória somente.
Negamos que possamos apropriadamente glorificar a Deus se nosso culto for confundido com entretenimento, se negligenciarmos ou a Lei ou o Evangelho em nossa pregação, ou se permitirmos que o afeiçoamento próprio, a auto-estima e a auto-realização se tornem opções alternativas ao evangelho.


Fonte: Declaração de Cambridge

Conforme Tuas Forças

"Tudo o que te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças" (Eclesiastes 9:10).
Tudo o que te vier à mão para fazer, refere-se a trabalhos que são possíveis. Há muitas coisas que nosso coração encontra para fazer que nunca faremos. É bom estarem em nossos corações; mas, se formos eminentemente úteis, não devemos estar contentes apenas em preparar planos em nossos corações e falar deles; devemos executar praticamente “tudo o que vier à nossa mão para fazer”. Uma boa ação é mais valiosa do que mil teorias brilhantes. Não esperemos por grandes oportunidades, ou por uma espécie diferente de trabalho, mas façamos exatamente as coisas que "acharemos para fazer" dia após dia. Não temos outro tempo no qual viver. O passado se foi; o futuro ainda não chegou; nunca teremos tempo algum que não seja o presente. Portanto, não esperemos até que nossa experiência amadureça antes de tentarmos servir a Deus. Esforcemo-nos agora para produzir frutos. Sirvamos a Deus agora, mas tomemos cuidado com a forma como estamos realizando o que encontramos para fazer - "façamo-lo conforme as nossas forças". Façamo-lo prontamente; não desperdicemos nossa vida pensando que no que pretendemos fazer amanhã, como se isso pudesse compesar a inatividade de hoje. Qualquer coisa que fizermos para Cristo, dediquemo-nos a ela com toda a nossa alma. Não demos a Cristo um pequeno trabalho depreciável, feito de maneira natural de vez em quando; mas, quando o servirmos, façamo-lo com todo o coração, com toda a alma e com todas as forças.
Mas onde está a força do cristão? Não está em si mesmo, pois ele é uma fraqueza total. Sua força repousa no Senhor dos Exércitos. Então procuremos sua ajuda; continuemos com oração e fé, e, quando tivermos feito o que nossa mão tem para fazer, esperemos no Senhor por Sua bênção. O que fizemos assim será bem-feito, e não falhará em seus resultados.


Charles Haddon Spurgeon

A imagem de Deus no homem Originalmente.

Esse estudo faz parte de uma apostila que trata sobre a Antropologia Bíblica. Trato aqui da Imagem de Deus no Homem Originalmente. Sendo a primeira parte de um tratado sobre a Imagem de Deus no homem que, abrangerá assuntos tais como: A Imagem Desfigurada; A Imagem Renovada e A Imagem Aperfeiçoada. Estudos estes que publicarei posteriormente. Que Deus os Abençoe.

No Velho Testamento encontramos apenas três passagens que tratam de forma específica à questão da imagem de Deus. (Gn 1.26-28; 5.1-3; 9:6).
“Façamos o homem à nossa imagem e semelhança”. Sobre o significado das palavras "Imagem e Semelhança" entendemos que elas não se referem a coisas diferentes, embora alguns defensores da fé do passado tivessem crido diferente[1].
Veja as razões porque entendemos que estes dois termos querem significar a mesma coisa:
Em Gn 1.26, aparecem as duas palavras "imagem e semelhança"; em 1.27 o autor usou apenas o termo "imagem"; em 5:1 ele resolve substituir o termo por outro - "semelhança", e, em 5:3, o autor novamente volta a usar as duas palavras, contudo em ordem diferente daquela usada em 1.26 - "semelhança e imagem" e em 9.6 ele volta a usar apenas um dos termos, optando agora pelo termo "imagem". Isto deixa suficientemente claro para nós que "imagem e semelhança" são termos sinônimos, e que querem dizer a mesma coisa. Caso não fosse assim, o autor não faria estas mudanças alternando os termos.
A palavra traduzida como imagem é tselem; a palavra traduzida como semelhança é demuth. No hebraico, não existe qualquer conjunção entre essas duas palavras. O texto simplesmente diz: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”. Tanto a Septuaginta como a Vulgata inserem um e entre as duas expressões, dando a impressão de que “imagem” e “semelhança” se referem a coisas diferentes. O texto hebraico, contudo, deixa claro que, essencialmente, não há diferença entre ambas: “conforme a nossa semelhança” é apenas uma maneira diferente de dizer: “à nossa imagem”. E isto é confirmado pela análise acima, onde os termos aparecem.
Embora essas palavras sejam sinônimas, deve-se reconhecer uma pequena diferença entre elas. A palavra hebraica para imagem, tselem, é derivada de uma raiz que significa “esculpir” ou “cortar” [2]. Poderia, portanto, ser usada para descrever a figura esculpida de um animal ou pessoa. Aplicada à criação do homem em Gênesis Um, a palavra tselem indica que o homem reflete a imagem de Deus, ou seja, ele é uma representação de Deus. A palavra hebraica para semelhança, demuth, vem de uma raiz que significa “ser igual” [3]. Poderia se dizer, então, que a palavra demuth em Gênesis Um indica que a imagem é também uma semelhança, “uma imagem que é semelhante a nós” [4]. As duas palavras juntas nos dizem que o homem é uma representação de Deus que é semelhante a Deus em certos aspectos.
O Que Significa ser Criado á Imagem e Semelhança?
Mas o que entendemos por Imagem e Semelhança? Por estes dois termos queremos dizer que o homem foi criado para refletir, espelhar e representar Deus. Nossos primeiros pais foram criados para refletir as qualidades que havia em Deus, e isto em perfeita obediência, sem pecado. Agostinho diz que o homem foi criado "capaz de não pecar” [5]. O homem podia agir perfeitamente e obedientemente na adoração, no serviço a Deus, no domínio e cuidado da criação e no amor e companheirismo uns com os outros.
Berkhof[6] diz que na concepção reformada, a Imagem de Deus consiste na integridade original da natureza do homem, integridade esta expressa:
A. No Conhecimento Verdadeiro - Cl 3.10: “E vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou”.
B. Na Justiça - Ef. 4.24: “E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado, em verdadeira justiça e santidade”.
C. Na Santidade - Ef 4.24: “E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado, em verdadeira justiça e santidade”.
Van Groningen[7] assevera que:
Ao criar a humanidade á sua própria imagem, Deus estabeleceu uma relação na qual a humanidade poderia refletir de modo finito, certos aspectos do infinito Rei-Criador. A humanidade deveria refletir as qualidades éticas de Deus, tais como "retidão e verdadeira santidade"... e seu "conhecimento" (Cl 3.10). A humanidade deveria dar expressão ás funções divinas em ralação ao cosmos e atividades tais como encher a terra, cultivá-la e governar sobre o mundo criado. A humanidade em uma forma física, também refletiria as próprias capacidades do Criador: apreender, conhecer, exercer amor, produzir, controlar e interagir.
Percebemos nas palavras do Dr. Van Groningen que ele apresenta a imagem de Deus como tendo uma tríplice relação:
Relação com Deus,
Relação com o próximo,
Relação com a criação.
Iremos verificar em nosso estudo que em seu estado glorificado, os santos refletirão esta imagem e semelhança restaurando no estado final, esta tríplice relação em sua perfeição.
Antes de o homem cair em pecado, ele refletia perfeitamente a imagem de Deus. Tudo estava em perfeita harmonia. Mas em que consistia este refletir a imagem de Deus?[8]

1 - O homem reflete a imagem de Deus como um ser que é relacional. Ele não é um ser que vive isolado, assim como Deus não vive só. Deus é Tripessoal, e se relaciona entre as pessoas da Trindade (Gn 1.26 - "Façamos o homem...”).
O homem é uma pessoa, e como tal ele se relaciona. Foi por isto que Deus lhe fez uma companheira.
Ainda do verso 27, podemos inferir este aspecto relacional, pelo fato, do ser humano ter sido criado homem e mulher. Visto que Deus é espírito (Jo 4.24), não podemos concluir que a semelhança a Deus, neste caso, esteja na diferença física entre homens e mulheres. Ao contrário, a semelhança deve ser encontrada no fato de que o homem necessita do companheirismo da mulher, de que a pessoa humana é um ser social, de que a mulher complementa o homem, acabando a sua solidão, e o homem complementa a mulher. Dessa forma, os seres humanos refletem Deus, que não existe como um Ser solitário, mas como um Ser em comunhão – uma comunhão que é descrita, em um estágio posterior da Revelação divina, como aquela existente entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. E o humanismo, o antropocentrismo e outros milhares de ismos, são contrários a esta verdade da imagem de Deus no homem. A comunhão é uma grande arma contra o egocentrismo. Contra o culto ao “eu”. O pecado lança um golpe contra está faceta da imagem de Deus no homem.

2 - O homem reflete a imagem de Deus pela sua capacidade de dominar sobre as outras coisas criadas.
O homem foi colocado como "senhor" da terra, para governá-la e cuidar dela. (Gn 1.26-28). O domínio do homem sobre as coisas criadas é parte essencial de sua natureza. Nesse sentido, o homem imita o Seu Criador, pois Deus é o Senhor soberano e absoluto exercendo domínio sobre toda a terra.
Com Ele estão o domínio e o temor; Ele faz paz nas Suas alturas (Jó 25.2).
O Teu Reino é um Reino eterno; o Teu domínio dura em todas as gerações (Sl 145.13).
Dn 4.3, 25, 34: Quão grandes são os Seus sinais, e quão poderosas as Suas maravilhas! O Seu Reino é Reino sempiterno, e o Seu domínio, de geração em geração.
Serás tirado dentre os homens, e a tua morada será com os animais do campo, e te farão comer erva como os bois, e serás molhado do orvalho do céu; e passar-se-ão sete tempos por cima de ti, até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer.
Mas ao fim daqueles dias, eu, Nabucodonosor, levantei meus olhos ao céu, tornou-me a vir o entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é um domínio sempiterno, e cujo Reino é de geração em geração.
Se alguém falar, fale segundo as Palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o Poder de Deus dá; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém! (I Pe 4.11).
Dominará de mar a mar, e desde o rio até às extremidades da terra (Sl 72.8).

3 - O homem reflete a imagem de Deus por ter atributo que chamamos "essenciais" nele; sem os quais ele não poderia continuar sendo o que é:
a) Poder intelectual: É a faculdade de raciocinar, inteligência e outras capacidades intelectivas em geral, que refletem aquilo que Deus tem.
b) Afeições naturais: É a capacidade que o homem tem de ligar-se emocionalmente e afetivamente a outros seres e coisas. Deus tem esta capacidade.
c) Liberdade moral: Capacidade que o homem tem de fazer as coisas obedecendo a princípios morais.
d) Espiritualidade: A Escritura diz que o homem foi criado "alma vivente" (Gn 2.7). É a natureza imaterial do homem. Deus é espírito, e num certo sentido, o homem tem traços desta espiritualidade.
e) Imortalidade: Depois de criado, o homem não deixa mais de existir. A morte não é para o corpo, mas para o homem. Morte é separação e não cessação de existência. A imortalidade é essencial para Deus (I Tm 6.16). O homem, num caráter secundário derivado, passa a ter a imortalidade.


[1] Tertuliano (160-225); Orígenes e Clemente de Alexandria (Ver Hoekema: Criados á Imagem de Deus (São Paulo, Ed. Cultura Cristã, 1999), 46-8).
[2] Francis Brown, S. R. Driver e Charles Briggs, Hebrew and English Lexicom of the Old Testament (New York: Houghton Mifflin, 1907), p. 853.
[3] Ibid., pp. 197-98.
[4] Atribuído a Lutero em Biblical Commentary on the Old Testament, de Keil e Delitzsch, vol. 1, The Pentateuch, traduzido por James Martin (Edinburgh: T. & T. Clark, 1861), p. 63.
[5] Santo Agostinho, citado por Hoekema, op cit, p. 98.
[6] L. Berkhof, Teologia Sistemática (São Paulo: Editora Cultura Cristã, 6º Tiragem 2001), p. 191.
[7] Gerard Van Groningen, Revelação Messiânica no Velho testamento (Luz para o caminho: Campinas) 1995.
[8] Extraído adaptado de Apostila do Dr. Héber C. de Campos.



Pr. Ivan Teixeira

Soli Deo Gloria!

quinta-feira, novembro 03, 2005

Pequenas Coisas e Grandes Resultados

Leitura Seleta: Tg 3.5b

Comentário: O homem usa pequenos projetos e obtém pequenos resultados. Para o homem obter grandes resultados ele se empenha em grandes projetos. No âmbito celestial é diferente! Deus com pequenas coisas obtém grandes resultados. Deus para obter grandes resultados não precisa de coisas ou projetos grandes, porque Ele próprio é Grande.
Existe um contraste:
O homem sendo pequeno necessita de coisas grandes para resultados grandes.
Deus que é Grande usa pequenas coisas e obtém grandes resultados.
O homem pequeno serve ao Deus Grande. E o Deus Grande usa o homem pequeno para grandes projetos. Paulo falou que Deus escolhe os pequenos (I Co 1.27-29).
A Bíblia nunca chama Deus o “Deus dos grandes”, mas sim o “Deus dos pequenos” (Mt 11.25; Mc 9.22). Assim acontece porque só existe um que é grande (Ne 8.6). O nosso Deus é Grande. E quando os que se dizem grandes, vêm para o Deus Grande tornam-se pequenos. E os pequenos tornam-se grandes. Deus torna os grandes em pequenos e os pequenos em grandes (I 60.22). Quando os pequenos estão com Deus eles fazem grandes obras. Deus abençoa a todos – pequenos e grandes que o temem (Sl 115.13).

I. Com Um Pequeno Número De Trezentos, Deus Destroí Inumeráveis Inimigos (Jz 7.7, 12).

II. Com Uma Pequena Vara Deus Abre Um Grande Mar (Ex 14.16).
A área do mar vermelho é de 440.000km2 e 2.600m de profundidade máxima.

III. Com Pequeno Vaso Deus Enche Várias Vasilhas (II Rs 4.5).

IV. Com Uma Pequena Funda E Uma Pequenina Pedra E Pequeno Moço, Deus Derrubou O Que Se Dizia Grande (I Sm 17.49).

V. Com Um Pequeno Fogo Incendeia-Se Um Grande Bosque (Tg 3.5).
Nota: Assim também Deus com uma pequena brasa incendeia uma grande Igreja. Deus não precisa de uma grande fogueira para incendiar uma grande Igreja, somente uma pequena brasa. Dêem-No esta brasa nesta hora!
Ez 10.2 – Com as mão cheias de brasas incendiamos uma grande cidade.
Fogo produz fogo. Fogo não produz gelo. Fogo gera fogo, fogo produz línguas, fogo produz avivamento, glória, unção, autoridade, poder, batismo, visão, sonhos proféticos.
Com uma só vela podemos acender dez mil velas, com um só palito de fósforo podemos acender várias lamparinas. Com um único interruptor podemos acender várias lâmpadas.
Para Deus promover um avivamento Ele não precisa de três mil pessoas, mas apenas com um pregador afogueado três mil pessoas aceitam o Evangelho de poder (At 2.41).
Todos os avivamentos foram começados não com uma multidão, mas com um pequeno número de pessoas sedentas por Deus.
William J. Seymour, conhecido como “pregador de santidade” pregando na Rua Noth Brae nº 214 em Los Angeles EUA, no lar de alguns batistas. Foi usado poderosamente por Deus par promover um dos maiores avivamentos; ali em 09 de abril de 1906 começou um reavivamento pentecostal. O grupo aumentou e foram para uma ex-Igreja metodista na Rua Azuza nº 12. Nas reuniões da Rua Azuza, o movimento pentecostal pegou fogo. Seus fogos eram aparentemente tão intensos que, dentro de pouco tempo, foram sentidos em derredor do mundo.

Pr. Ivan Teixeira

Soli Deo Gloria!

quarta-feira, novembro 02, 2005

Algumas Obras de Deus o Pai

Leitura Seleta Ef 1.3-14

01. ABENÇOOU-NOS – V.03.
Por quem fomos abençoados: Deus o Pai. O Deus bendito nos abençoou. Com o que fomos abençoados: Com todas as bênçãos. Categoria das bênçãos: Espirituais. Lugar das bênçãos: Lugares Celestiais. Em quem fomos abençoados:Em Cristo. Referências: Pv 10.6; Ml 2.2.

02. ELEGEU-NOS – V.04.
O Deus bendito, também, nos elegeu. A doutrina da eleição é uma verdade clarividente nas Escrituras sagradas. Não é porque existem controvérsias a respeito de uma doutrina que deixaremos de falar sobre ela. Creio que não há nenhuma doutrina das Escrituras que não recebam ataques ou más compreensões. O que temos que fazer é quedar-nos humildes diante destas verdades, que não podemos conhecê-las por completo.
A eleição é uma doutrina bíblica, e por sê-la devemos ensiná-la; Evitando, é claro, os extremos e os pressupostos de mentes fechadas para as conciliações e paradoxos das Escrituras.
Quem nos Elegeu? Deus o Pai – Creio que existem, pelo menos, duas razões por que as pessoas não querem falar sobre a doutrina da eleição: Primeiro, porque estão despreparadas bíblica e teologicamente. E Segundo, porque não querem dar glória a Deus. Da primeira podemos afirmar que se Deus nos escolheu a salvação não é obra humana e nem por méritos, e nem escolhas humanas, mas uma obra exclusiva de Deus Pai (Ef 2.1-10).
A ELEIÇÃO É OBRA EXCLUSIVA DE DEUS PAI. NOTEMOS ALGUMAS VERDADES:
Ø Deus nos amou – Jo 3.16.
Ø Deus deu Seu Único Filho – Jo 3.16.
Ø O Filho foi para cruz pela Vontade do Pai – Mt 26.39 e 42.
Ø Deus nos reconciliou consigo mesmo – II Co 5.18.
Ø Deus ressuscitou o Seu Filho para recebermos a Sua Graça para obediência da fé – At 2.32; Rm 1.4-5.
Ø Somos justificados quando cremos naquilo que Deus fez por nós em Jesus – Rm 5.12; II Co 5.18-21.
Ø A salvação vem de Deus – Ef 2.8-9.
Ø O Rev. Hernandes Dias Lopes afirma: “A escolha de Deus foi soberana, livre e graciosa. Não fomos nós que escolhemos a Deus, Ele nos escolheu a nós (Jo 16.15). A eleição de Deus é incondicional. Ele não nos escolheu por prever a nossa fé. Não fomos eleitos por causa da nossa fé, mas para a fé (At 12.48). Não fomos eleitos por causa das nossas boas obras, mas para as boas obras (Ef 2.10). Não fomos eleitos por causa da nossa santidade, mas para a santidade (Ef 1.4). Não fomos eleitos por causa da nossa obediência, mas para a obediência (I Pe 1.2). Não fomos eleitos porque Deus na Sua pré-ciência previu que iríamos crer, mas cremos porque Ele nos elegeu para a salvação (At 12.48). A fé não é a causa da eleição divina, mas conseqüência (II Ts 2.13). A eleição é mãe da fé. As nossas obras não são o motivo da nossa eleição, mas o resultado dela. Fomos criados em Cristo Jesus para as boas obras (Ef 2.10). O ensino bíblico é que todos os que são destinados para a salvação crêem (At 12.48)... Não fomos nós que achamos a Deus, foi Ele quem nos encontrou (Lc 19.10)... Foi Deus quem nos reconciliou consigo mesmo por meio de Jesus (II Co 5.18-21). Nós só amamos a Deus porque Ele nos amou primeiro (I Jo 4.10, 19)”.
Eis a razão porque muitos não aceitam esta magna doutrina. Ela descarta completamente os méritos humanos de qualquer tipo. Destacando, é claro, a Soberania de Deus na salvação.
Quando fomos Eleitos? Antes da fundação do mundo, diz o texto em pauta. II Ts 2.13 – Nos diz que foi desde o princípio.
Muito antes de haver o mundo habitado. Muito antes de Adão ser formado. Deus prescientemente nos escolheu. Como diz Rm 9.11, falando de Jacó e Esaú em termos de Eleição, Porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquEle que chama) sim, antes de nosso nascimento e feitos, Deus nos elegeu para a salvação.
Propósito da Eleição: É fútil a compreensão de muitas pessoas, que se dizendo eleitas, vivem uma vida no pecado. Baseadas na falsa pressuposição de “salvas uma vez, salvas para sempre”. Creio que esta máxima, pela falsa pressuposição, poderia ser “salvas uma vez, podemos fazer o que quiser”. É isto que estas pessoas querem dizer. Estas pessoas, para justificarem suas vidas de pecado, mantêm esta falsa ideologia da eleição. É como que dissessem: “já que estamos, ou somos eleitos, podemos pecar”.
Quando examinamos as Escrituras esta falsa teoria cai por terra.
O propósito da eleição, diz o texto, é para que fôssemos santos e irrepreensíveis.
O ensino geral para aqueles que são chamados eleitos por Deus é a santificação (II Ts 2.13; 4.3-4 e 7-8; Hb 12.14; I Ts 3.13; (Jo 15.16, outro propósito)).
Ouçamos o que diz o príncipe dos pregadores, ou o último dos puritanos, Charles Haddon Spurgeon: Afianço a vocês que tem havido milhares e milhares de pessoas que têm se arruinado, por haverem compreendido errônea e distorcidamente a doutrina da eleição. Essas pessoas têm dito: “Deus me escolheu para ir para o céu e para receber a vida eterna!” E, no entanto, elas têm se esquecido de que está escrito que Deus escolheu pela santificação do Espírito e fé na verdade. Essa é a autêntica eleição divina – a eleição para a santificação e para a fé. Deus escolheu o Seu povo para que seja crente e santo.
O Rev. Hernandes Dias Lopes afirma: A eleição, longe de promover o relaxamento moral, conduz à santidade. Sem santidade não há evidência de eleição. Todos os eleitos são santificados em Cristo Jesus.
Baseado em Quem Deus nos Elegeu? A princípio podemos dizer nEle próprio. Mas, quero ser mais preciso. O texto diz: nos elegeu nEle e diante dEle em amor. Somos eleitos por Deus em Jesus Cristo.
Somos eleitos baseados nos méritos e justiça de Jesus (Rm 5.1; II Co 5.18-21). Como diz Jo 15.4-5; Rm 8.33; Jo 15.16.

03. PREDESTINOU-NOS – V.05.
O Deus que nos abençoou, que nos elegeu, também nos predestinou.
Não somos predestinados para sermos eleitos. Mas somos eleitos para sermos predestinados, ou, em outras palavras, sendo eleitos, Deus nos predestinou.
Com isso, quero dizer que só os eleitos são predestinados. Creio que não existe tal coisa, predestinados para o céu e para o inferno. Com isso quero dizer que uma pessoa eleita por Deus para a salvação (II Ts 2.13), torna-se, com base na eleição em Jesus, predestinada para o céu. A lógica é clara, em Jesus salvo para sempre. Fora de Jesus perdido para sempre (At 4.12; Jo 15.4-5).
Agora façamos a pergunta: Para que somos predestinados? A nossa resposta está nas Escrituras!
. Em Ef 1.5 – Nos predestinou para filhos de adoção (veja: Rm 8.14-16).
. Em Rm 8.29 – Para sermos conformes à imagem de Jesus – parecidos com Ele. Porque Deus nos amou, Ele nos predestinou. E predestinou-nos não somente para a salvação, mas para sermos conformes à imagem do Seu Filho. A evidencia da escolha divina é uma vida transformada, ou seja, moldada conforme o caráter de Cristo Jesus. Deus nos predestinou não para vivermos ao nosso bel-prazer, mas para sermos conformes à imagem de Jesus. O Espírito Santo está trabalhando em nós, para transformar-nos à imagem de Cristo, transformação esta de glória em glória, e na mesma imagem (II Co 3.18).
. Em I Ts 5.9 – Para a aquisição da salvação. Somos eleitos para a salvação, e somos predestinados para nos apossar da salvação.
. Em Ef 2.10 – Para as boas obras (inferência).
Por intermédio de quem Deus nos predestinou? Diz o texto em questão: Por Jesus Cristo. Jesus é a Porta de todas as riquezas de Deus para os eleitos. O ensino da Escritura é: sofrendo, crucificado, morrendo; ressuscitado e glorificado em Cristo (Rm 6.3-9).
Tudo isto que acontece com um eleito-predestinado em Cristo, é segundo o beneplácito de Sua Vontade. Tendo o objetivo de ser para louvor e glória da Sua Graça.

04. FEZ-NOS AGRADÁVEIS – V.06.
Antes éramos inimigos, sem Cristo, separados da comunidade; estranhos às promessas, não tínhamos esperança e sem Deus no mundo, mas agora em Cristo Jesus fomos reconciliados e feitos agradáveis ao Pai (Ef 2.12-16).
Baseado em que? Em Sua Graça e no Amado.

05. REMIU-NOS – V.7.
Deus o Pai, por Jesus Cristo, Seu Filho, nos remiu.
Qual a base da nossa Redenção? Diz o texto: Pelo Seu Sangue (Hb 9.22; I Pe 1.18-19; Cl 1.14).


Pr. Ivan Teixeira

Sola Gratia!

Quais São os Sinais do Fim da Era da Igreja?

Salvo algumas exceções, a era da Igreja não é um período de cumprimento profético. Pelo contrário, a profecia será cumprida depois do Arrebatamento, em relação à ação de Deus com a nação de Israel nos sete anos da Tribulação. A atual Era da Igreja, em que os crentes vivem hoje, não tem uma cronologia profética específica, como Israel e sua profecia das Setenta Semanas de anos (Dn 9:14-27). No entanto, o Novo Testamento dá características gerais que descrevem a Era da Igreja.
Até mesmo profecias específicas cumpridas durante a Era da Igreja estão relacionadas ao plano profético de Deus para Israel e não diretamente para a Igreja. Por exemplo, a destruição profetizada de Jerusalém e seu Templo em 70 d.C., é relativa a Israel (Mt 23.28; Lc 19.43-44; 21.20-24). Portanto, não é contraditório que as preparações proféticas relacionadas a Israel já estejam acontecendo com o restabelecimento de Israel como nação em 1948, apesar de ainda estarmos vivendo na Era da Igreja.
A Era da Igreja não é caracterizada por eventos proféticos historicamente verificáveis, exceto seu início no Dia de Pentecostes e seu fim com o Arrebatamento. Mas o rumo geral desta Era foi profetizado e pode oferecer uma visão panorâmica do que se pode esperar durante esta Era.
Existem sinais relacionados ao plano divino do fim dos tempos para Israel?
Sim, existem muitos sinais relacionados ao programa divino do fim dos tempos para Israel. No entanto, devemos ter cuidado com a maneira como os relacionamos a nós hoje durante a Era da Igreja. Já que os crentes de hoje vivem na Era da Igreja, que terminará com o Arrebatamento da Igreja, sinais proféticos relacionados a Israel não são cumpridos nos nossos dias. Ao invés disto, o que Deus está fazendo profeticamente nos nossos dias é preparando o mundo ou "montando o cenário" para a hora em que Ele começará Seu plano relacionado a Israel, que envolverá o cumprimento dos sinais e dos tempos. Um indicador importante de que provavelmente estamos próximos do começo da Tribulação é o fato evidente de que a nação de Israel foi reconstituída depois de quase 2000 anos.
O que significa "montar o cenário?”.
A atual Era da Igreja não é uma época em que a profecia bíblica está sendo cumprida. A profecia bíblica está relacionada com um período depois do Arrebatamento (o período de sete anos da Tribulação). Porém, isto não quer dizer que durante a atual Era da Igreja, Deus não esteja preparando o mundo para esse período futuro – na verdade, Ele está. Mas isto não é "cumprimento" específico de profecia bíblica. Portanto, mesmo que a profecia não esteja se cumprindo na nossa época, isto não quer dizer que não podemos identificar "tendências gerais" na atual preparação para a Tribulação vindoura, principalmente porque ela acontecerá logo depois do Arrebatamento. Chamamos esta abordagem de "montagem de cenário”. Assim como muitas pessoas separam a roupa na noite anterior para usá-la no dia seguinte, Deus está preparando o mundo para o cumprimento certo da profecia no futuro.
O Dr. John Walvoord explica:
Mas se não há sinais para o Arrebatamento em si, quais são as fontes legítimas que levem a crer que o Arrebatamento esteja próximo desta geração?
A resposta não é encontrada em nenhum dos eventos proféticos previstos antes do Arrebatamento, mas no entendimento dos eventos que seguem ao Arrebatamento. Assim como a história foi preparada para a primeira Vinda de Cristo, ela está sendo preparada para os eventos que levam à Sua Segunda Vinda... Sendo assim, isto leva à conclusão inevitável de que o Arrebatamento pode estar inevitavelmente próximo[1].
A Bíblia fornece profecias detalhadas sobre os sete anos da Tribulação. Na verdade, Apocalipse 4-19 oferece um esboço detalhado e ordenado dos participantes e eventos principais. Com base em Apocalipse, o estudante da Bíblia pode harmonizar as centenas de outras passagens bíblicas que falam da Tribulação num modelo claro do que será o próximo período de tempo no planeta Terra. Com esse modelo para nos guiar, podemos ver que Deus já está preparando ou montando o cenário para o mundo, no qual o grande drama da Tribulação se desdobrará. Assim, esse período futuro lança sobre a nossa época uma sombra de expectativa, de tal forma que os eventos atuais oferecem sinais discerníveis dos tempos[2].
[1] John F. Walvoord, Armageddon, Oil and the Middle East Crisis, revised (Grand Rapids: Zondervan Publishing House, 1990), p. 217.
[2] Thomas Ice e Timothy Demy - http://www.chamada.com.br.



Pr. Ivan Teixeira


Soli Deo Gloria!

Santidade de Deus

A Santidade é a excelência propriamente dita da Natureza Divina: O Grande Deus é “...glorificado em Santidade”. Em Hc 1.13ª nos diz: Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal, e a opressão não podes contemplar.
Deus é louvado na memória da Sua Santidade: Alegrai-vos, ó justos, no SENHOR, e daí louvores à memória da Sua Santidade (Sl 97.12). Cantai ao SENHOR, vós que sois Seus santos, e celebrai a memória da Sua Santidade (Sl 30.4).
Deus é louvado no esplendor de Sua Santidade: Depois de consultar o povo, Josafá nomeou alguns homens para cantarem ao SENHOR e o louvarem pelo Esplendor de Sua Santidade, indo à frente do exército, cantando (II Cr 20.21 - NVI).
Deus é adorado na beleza de Sua Santidade (Sl 96.9).
Deus fala na Sua Santidade: Deus falou na Sua Santidade; eu me regozijarei, repartirei a Siquém e medirei o vale de Sucote (Sl 60.6).
O Caminho de Deus é de Santidade: O Teu Caminho, ó Deus, é de Santidade. Que deus é tão Grande como o nosso Deus? (Sl 77.13 - ARA).
Deus jura pela Sua Santidade: Uma vez jurei pela minha Santidade que não mentirei a Davi (Sl 89.35).
O povo de Deus, ornamentado de Santidade, tornar-se-á voluntário no dia do poder do SENHOR (Sl 110.3).
Deus mesmo coloca em distinção esta perfeição (Sl 89.35). Deus jura pela Sua Santidade porque esta é uma expressão do Seu Ser, expressão mais completa que qualquer outra coisa.
Pode-se dizer que este atributo é transcendental e que, por assim dizer, permeia os demais e lhes dá brilho. É o Atributo dos Atributos.
Deus é com mais freqüência intitulado Santo do que Onipotente, e é mais exposto por esta parte da Sua Dignidade do que por qualquer outra.
Visto que esta excelência parece se colocar acima de todas as outras Perfeições de Deus, assim ela constitui a Glória destas Perfeições; como é a Glória da Deidade, assim é a Glória de cada uma das Perfeições da Deidade; como o Poder de Deus é a energia das Suas Perfeições, a Sua Santidade é a Beleza delas; como todas seriam fracas sem a Onipotência Divina para sustentá-Las, seriam todas desgraciosas sem a Santidade para adorná-Las. Se esta se maculasse, todas as demais perderiam a Sua honra; seriam como se o sol perdesse a sua luz – no mesmo instante perderia seu calor, seu poder, sua virtude geradora e vivificante.
Com isso não estou afirmando que, o Atributo Santidade de Deus é maior do que os outros, mas que é o atributo que adorna todos os demais.

Tirado da Apostila: Santidade: A Estética de Deus (no prelo). Pr. Ivan Teixeira

Soli Deo Gloria!

Fé Na Fé.

Este ídolo é sutil e, podemos chamá-lo de apostasia 1 Tm 4.1-2. É o apostata-se da verdadeira fé.
Robert Schuller declara: “Agora – Creia e Receberá”.
Paul Meyer fala: “Imagine vividamente, Creia sinceramente, Deseje ardentemente, Aja entusiasticamente, e isso tem que acontecer, inevitavelmente”.
Paul Yonggi Cho declara: “Por meio da visualização e do sonho, você pode incubar seu futuro e colher os resultados”.
Esse tipo de ensino vem confundindo crentes sinceros para que pensem que a “Fé” é uma força que faz as coisas acontecerem porque eles creram. Assim, a fé não é posta em Deus [Mc 11.22], mas é um poder dirigido a Deus, um poder que O força a fazer por nós aquilo que cremos que Ele fará.
Quando Jesus disse em várias ocasiões: “a tua fé te salvou”, não estava querendo dizer que algum poder mágico é disparado pelo ato de crer, mas que a fé abrira a porta para que Ele curasse tais pessoas. Que a pessoa acreditou, sem duvidar, que o Senhor Jesus faria o que ela desejava. É claro que o nosso Deus, responde as nossas orações em consonância com Sua Vontade [1 Jo 5.14-15].

Artigo Extraído de minha Apostila: "Nenhum Outro Deus". Um futuro livro.

Pr. Ivan Teixeira


Soli Deo Gloria!

Ficarei em Éfeso Até o Pentecostes

Leitura Seleta: I Co 16.8-9.

Comentário: O Grande segredo do pentecostes não está na palavra sair, mas na palavra ficar. Dizia Paulo: ficarei em Éfeso até o pentecostes. O motivo da permanência de Paulo era que uma grande e eficaz porta havia se aberto. Paulo estava disposto, independente das circunstâncias, a permanecer em Éfeso. Ele estava ciente dos perigos e inimigos que tentariam estorvar sua permaneça (e há muitos adversários). Sabemos que Paulo não esperava um pentecostes, como o que ocorrera em Atos dois, porque no sentido histórico não pode ser repetido. No sentido histórico fala da Inauguração da Dispensação da Graça. Da Vinda do Espírito Santo para ficar com a Igreja, até o arrebatamento. Mas Paulo estava esperando, realmente a festa judaica do pentecostes, este é o sentido denotativo, ou seja, o sentido do texto no seu contexto, ou ainda, o sentido literal. Mas queremos destacar o sentido conotativo, ou seja, figurado, ou ainda, um sentido aplicativo o qual aponta para a conclusão de que pentecostes veio a significar o derramamento do Espírito Santo na Igreja. Por isso somos chamados de pentecostais, porque cremos que a experiência de Atos dois não ficou confinada apenas para os discípulos, mas para todos aqueles que crerem. A Vinda do Espírito Santo mudou o significado deste dia festivo, ou melhor, lhe trouxe um sentido novo. Só o derramamento do Espírito Santo em nossas vidas trará um novo sentido!

01. FICAREI – Isto fala de sua resolução. Ele estava disposto, voluntariamente, a ficar. Ninguém detém um homem que está convicto de está realizando a vontade de Deus para sua vida.
No jardim do Getsêmane Jesus disse: Ficai aqui,e velai comigo (Mt 26.38). O segredo é ficar. Quem fica hoje amanhã poderá sair (Mc 16.15).

02. EM ÉFESO – Centro das atividades de Paulo na Ásia Menor. Uma igreja que durante três anos Paulo trabalhou arduamente para propagar o evangelho (At 20.17-38). Foi nesta cidade que Paulo anunciou todo o conselho de Deus. Como diz John Calvino falando da Escritura: a Escritura é a escola do Espírito Santo, na qual nada se omitiu que não fosse necessário e útil de se conhecer; tampouco nada se ensina senão o que convenha saber. Assim também podemos dizer de Paulo, que ele ensinou nada que não fosse necessário e útil de se conhecer e só ensinou o que convinha saber.
Não podemos deixar a nossa Éfeso enquanto não cumprirmos o nosso ministério.

03. ATÉ – Ele não poderia sair enquanto o tão esperado pentecostes acontecesse. Até, fala de paciência e perseverança. Não podemos sair, temos que ficar até o pentecostes acontecer. Existem pessoas que perdem as bênçãos de Deus porque não perseveram. Existem pessoas que não usufruem os cumprimentos das promessas divinas porque não permanecem até ao fim. Para Daniel o mensageiro disse: Tu, porém, vai até o fim! (Dn 12.13). Não obstante os ímpios procederem impiamente (Dn 12.10), apesar das palavras estarem seladas e fechadas (Dn 12.9), o mensageiro ordenou que Daniel fosse até ao fim. Ou seja, persevere. Não desista! Persista! Continue! Vá! Levante-se e prossiga!

04. PENTECOSTES – Como observamos na introdução Paulo falava realmente da festa de pentecostes (festa esta que era comemorada 50 dias após a Páscoa. O termo pentecostes deriva do grego e significa “qüinquagésimo” e no hebraico é festa das Semanas, ou seja, sete semanas depois do domingo da Páscoa). Mas aqui usamos o termo pentecostes no sentido conotativo e não denotativo. Quando falo de pentecoste estou falando de poder, cumprimento da promessa do Pai; estou falando do derramamento do Espírito Santo, de línguas repartidas como de fogo; estou falando do revestimento de poder, da capacitação para realizarmos a obra missionária. Quando falo de pentecostes refiro-me as verdades aurifulgentes do revestimento do Alto, da promessa que nos diz respeito; e não somente a nós, mas também a nossos filhos e todos quantos o SENHOR nosso Deus chama! Ficarei em Éfeso até ao pentecostes!

05. PORQUE – Com esta palavra Paulo estava dizendo: Eu tenho uma causa de ficar em Éfeso. Tenho um motivo! Tenho uma razão! Tenho um incentivo! Tenho um porque! Algo me motiva a permanecer! Não estou ficando para tirar férias, se bem que eu poderia, mas estou ficando por motivos sublimes. Estou ficando porque está na agenda de Deus eu ficar; dizia o grande apóstolo dos gentios. Paulo estava determinado obedecer ao calendário de Deus. Ele estava disposto a cumprir a agenda de Deus. Estava disposto a sofrer qualquer que fossem as intempéries (Cf. At 20.22-24; 21.10-14).

06. UMA – Existem oportunidades que são únicas. Muitas pessoas ficam lamentando a perda de oportunidades. Quantos dentre nós estamos cantando enfadonhamente: Há, eu perdi aquela oportunidade! Como poderia ter testemunhado naquela ocasião! Se eu pudesse voltar! Como fui tolo em deixar passar aquela única oportunidade. E a lista prossegue. Paulo era diferente. Quando uma oportunidade surgiu, creio, ele disse: não posso perdê-la. Não vou deixá-la passar! Tenho que abraçá-la com todas as minhas forças! Talvez não terei outra oportunidade. Já sei o que farei, vou ficar até o pentecostes porque não quero perder esta oportunidade que Deus criou para eu realizar a Sua Obra. Amados irmãos, quantos de nós têm perdido oportunidades! Quantos de nós passamos o tempo a passar o tempo. Revistamos, agora, de coragem e poder do Alto para estar disposto a aproveita as oportunidades. Feliz é o homem e a mulher que tem outra oportunidade. Mas existem oportunidades que são únicas. E amargo é o remorso por tê-las perdidas. Paulo disse: uma... ou seja, não posso deixá-la passar.
Neemias afirmou: Estou fazendo uma grande obra, de modo que não poderei descer (Ne 6.3). Paulo estava, como Neemias, disposto a não descer, mas a ficar por causa da grande obra que vislumbrava a sua frente. Muitos nos mandarão recados para deixarmos de realizar a obra de Deus aproveitando cada oportunidade. E outros, nos entreterão para impedir o progresso da obra. Mas como Paulo e Neemias devemos ficar até a obra ser concluída e a oportunidade aproveita e, mormente o Nome Soberano de Deus glorificado.

07. PORTA GRANDE E EFICAZ SE ME ABRIU – A porta da palavra estava aberta. A porta do evangelismo. A porta das provisões divinas.
Paulo descrever esta porta como grande e eficaz. Isto fala-nos da característica da porta. Paulo nos informa que a porta esta aberta. Isto fala da condição da porta.
Não foi Paulo que abriu, mas, com certeza, foi o Senhor Jesus. O Senhor Jesus é especialista em abrir portas (Ap 3.8).

08. E HÁ MUITOS ADVERSÁRIOS – Vários são os adversários do pentecostes. Não havia nada de positividade nisto, e muito menos de animador. Mas, Paulo não era semelhante a muitos “crentes” que só realizam a obra de Deus se não houver dificuldades.
Pessoas que só fazem se tudo estiver favorável para ele. São pessoas que querem guerreia sem inimigos. Querem lutar sem adversários. Querem correr sem concorrentes.


Pr. Ivan Teixeira
Soli Deo Gloria!

Aproveitando a Oportunidade

Comentário: Podemos aprender, nesta passagem, a sabedoria que existe em se aproveitar cada oportunidade para o bem de nossa alma.

1. POR QUE JESUS NOS FAZ UMA PERGUNTA.
a) Para confessarmos os nossos pecados (Gn 3.9).
b) Para revelar o nosso caráter (Gn 32.27).
c) Para saber qual o nosso desejo (Mc 10.36-37).
Ex. Salomão – I Rs 3.5. veja ainda Tg 4.3.
d) Para nos conceder uma oportunidade.
Ex. Bartimeu – este não era o nome do cego. A expressão quer dizer filho de Timeu.
Ele teve a oportunidade de mudar sua vida. Jesus falou “Que queres que te faça?”.
Jesus dar ao filho de Timeu a oportunidade de expressar seus desejos e de pedir (Mt 7.7; Tg 4.2).
Não devemos negligenciar os meios de obtermos a vitória. O cego não negligenciou, mas pediu.
O cego não era tíbio (adj. Frouxo; indolente); não queria abrir mão da oportunidade.
Ele teve oportunidade de:
* Clamar
* Perseverar
* Ver
* Deixar de ser mendigo
* Pedir
* De ver a Jesus
* De segui-lo
O filho de Timeu, sabia o que queria, e sabia o que fazer com isso quando o conseguiu.
Aproveite as oportunidades que surgem no seu dia a dia.
Três coisas que não voltar atrás: 1. A palavra falada; 2. A pedra lançada e 3. A oportunidade passada.
Por isso: ...Se ouvirdes hoje a Sua voz, não endureçais os vossos corações, como na provocação, no dia da tentação no deserto (Hb 3.7-8).

Pr. Ivan Teixeira

Soli Deo Gloria!
privanteixeira@hotmail.com